Thirty-five Zombie

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Conforme me aproximava da porta, senti meu coração acelerar

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Conforme me aproximava da porta, senti meu coração acelerar. O silêncio era cortado apenas pelo som dos nossos passos. Um guarda que estava na frente da porta, destrancou para entrarmos.

— Vamos entrar — Kevin disse e entrou primeiro.

A janela com grades estava aberta, por onde entrava a claridade. Vi um homem algemado a uma cadeira no centro do cômodo. Suas roupas estavam sujas e rasgadas, e ele tinha uma expressão selvagem no rosto. Meu estômago revirou ao reconhecer Jacks naquela situação.

— Dora! — Ele exclamou ao me ver, um sorriso se formando em seus lábios sujos de sangue. — Que bom te ver...

Fiquei parada, sem saber o que dizer ou fazer. Kevin me empurrou levemente para frente.

— Fale com ele — sussurrou. — Precisamos que ele coopere.

Engoli seco e dei um passo hesitante em direção a Jacks.

— Oi, Jacks... - minha voz saiu fraca. - Quanto tempo... - coloquei a mão no meu braço.

— Kevin me disse que estava bem ocupada ajudando numa plantação.

— Estava... - Olhei sem jeito para Kevin, que me indicou com o seu olhar, sobre o que eu deveria pedir. - Jacks, precisamos da sua ajuda... Precisamos que você faça uma coisa muito perigosa...

Ele ergueu uma sobrancelha, interessado.

— Perigoso, hein? O que você quer que eu faça?

Kevin se adiantou e explicou a situação. Falou sobre a ala oeste, infestada de mortos-vivos e como precisavam de alguém para limpar a área. Jacks ouviu com atenção, seus olhos brilhando com um interesse doentio.

— E por que eu deveria ajudar? — perguntou ele, um sorriso cruel brincando em seus lábios.

Olhei para Kevin.

— Porque se você fizer isso, poderá ganhar a confiança das pessoas aqui... — respondeu Kevin,  tentando soar convincente. — Poderá ter uma chance de viver de forma mais livre, talvez até fazer parte dessa comunidade. Será vigiado, mas é uma boa oportunidade para sair daqui.

Jacks pareceu considerar suas palavras.

Ele olhou para mim profundamente, depois para Kevin e Amaral, que observava tudo em silêncio.

— Tudo bem — disse ele finalmente. — Eu farei isso. Mas só porque você pediu, Dora.

Kevin assentiu, satisfeito.

— Ótimo. Vamos levar ele e dar o equipamento necessário.

Olhei para Amaral que ainda parecia cético, mas não contestou.

(...)

Olhei as costas de Jacks que estava caminhando a alguns metros na minha frente, alguns homens nos acompanhavam até o andar que estava infestado de carniceiros.

T.W.D - 𝙎𝙩𝙖𝙮 𝘼𝙡𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora