Eight Zombie

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Era o dia seguinte e nada do meu pai voltar

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Era o dia seguinte e nada do meu pai voltar. Mayu e eu tínhamos duas opções na mente, que não queríamos admitir de forma alguma...

Ou meu pai estava morto, ou... Nos abandonou. Todas as opções a partir dessas eram desesperadoras, não sabíamos o que fazer, para onde ir ou a quem pedir ajuda.

Olhei pela janela, e meu coração se agitou, vendo tantas daquelas coisas andando pela floresta, a cada dia que se passava, mais deles saiam da cidade... Era só questão de tempo até a floresta se tornar uma prisão perigosa e mortal da qual nunca sairíamos vivas.

E se meu pai estivesse ali, sozinho... Também nunca iria voltar para nós, esse era o meu pensamento, e o de Mayu. Como irmã mais velha e a pessoa responsável por mim naquele momento, ela evitou dizer essas coisas para mim.

E eu, irmã mais nova, conhecendo a irmã mais velha que eu tinha, também evitei dizer aquilo a Mayu... Talvez tenha sido imprudente da minha parte, eu não sei! Mas eu... Não queria dizer aquelas coisas, não queria que saíssem do meu pensamento e passassem para a minha garganta, aquelas palavras, que passassem dos meus lábios.

— Não tem jeito, vamos ter que sair e procurar ele... Tô muito ansiosa, não sei se aguento esperar por ele...

Me levantei do sofá e segurei a mão dela.

— Tudo bem, vamos novamente...

Ela me olhou com uma feição triste e preocupada. Pegamos as nossas lanças e saímos da cabana mais uma vez.

Olhei para todos os lados, na esperança de que fosse ver ele vindo, caminhando na nossa direção com alguma bolsa cheia de mantimentos ou algo do tipo, mas vi apenas cadáveres secos cambaleando, tentando nos devorar.

Mayu espetou a cabeça deles, ela não parecia estar com tanto medo quanto antes, precisávamos tomar cuidado apenas para não sermos cercadas, ou separadas.

Espetei a cabeça de uma mulher e senti o estômago embrulhar, contive a vontade de vomitar, eu não podia me dar o luxo de fazer uma coisa dessas. Muito menos Mayu.

Dessa vez adentramos mais a fundo na floresta.

— E se a gente não conseguir voltar? O que faremos? - Olhei para trás enquanto caminhava.

— Vamos ficar bem, é só a gente caminhar naquela direção outra vez.

Continuamos em frente por algum tempo, talvez dez minutos de caminhada, havia muitos cadáveres, alguns já estavam no chão, deduzimos que foi o nosso pai quem fez aquilo tudo, então a esperança surgiu.

— Mayu! Ele deve estar por aqui, deve estar em apuros... Olha! Tem mais por ali. - Puxei Mayu mostrando os cadáveres no chão, com a cabeça perfurada.

T.W.D - 𝙎𝙩𝙖𝙮 𝘼𝙡𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora