[Obra Ativa] CAPÍTULO NOVO TODA SEMANA
Light Novel
Stay Alive conta a História de uma pequena sobrevivente, Maggie Charles de 10 anos. No mundo pós-apocalíptico tomado pelos mortos-vivos, e sobreviventes crué...
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Três semanas depois, terminei as flexões, os agachamentos e os abdominais junto dos outros. Fiz o treinamento com a lança, a faca, o arco e flecha e a defesa pessoal. O treinamento básico, junto deles. Não sou a melhor entre eles, mas estou me saindo bem melhor do que antes. Infelizmente a minha mira com o arco e flecha ainda não são bons o bastante.
Mas quando se trata da luta corpo a corpo...
— Ayumu, sua vez. - Alan disse assim que a dupla anterior terminou de lutar.
Me levantei, fui para o meio da roda e vi meu adversário ser escolhido a dedo por Alan. Bernad.
— Comecem!
Desviei de um soco, me defendi de um chute, com os braços. E me abaixei derrubando meu adversário com um chute no queixo.
Sou excelente na capoeira.
— Muito bem... - Meu adversário se levantou e cuspiu um pouco de sangue no chão. - Eu desisto...
A verdade é que estou sendo treinada em segredo por Lincon. Tudo graças a Alonso, que conseguiu convencer ele a isso. Prometemos uma garrafa de Whisky para ele e duas caixinhas de cigarro, em troca das aulas.
Sorri contente por ele ter desistido e apertei sua mão.
— Daqui a três dias, vamos fazer o teste final. Apenas os que vencerem, vão fazer parte desse pelotão. - Alan disse. - Os outros vão fazer parte da segurança aqui do abrigo, como guardas.
Os homens se olharam tensos, todo mundo queria fazer parte do pelotão. Já que é um trabalho que paga estupidamente bem. Eu não me importo tanto, se vou ficar como alguém da segurança, ou se vou fazer parte do pelotão.
Apenas sei que preciso de pontos o suficiente para comprar sapatos para Ligia e os ingressos para o evento que todos estão falando, e que ainda não tive condições de assistir.
(...)
De tarde, treinei sozinha até dar o horário do banho. Fui para a plantação e ajudei na colheita. Enquanto jantava no refeitório, escutei a conversa de um pelotão que havia acabado de chegar e que se sentou a mesa ao lado.
— Temos que pegar esse cara logo... O maldito é muito bom de tiro.
Olhei Lígia pegar sua bandeja e se sentar na minha frente.
— Eu quase consegui chegar a tempo no prédio que ele estava, mas ele é rápido demais. - Outro cara disse.
— Na próxima vamos fazer uma emboscada, ele sempre fica nos prédios mais altos. Onde a visão é limpa e perfeita.
— O que mais me assusta, é ele ter atirado exatamente no dedo que estava no gatilho da arma do capitão.
— Bizarro... É uma visão de Águia.
— Eu ainda duvido que ele seja tudo isso. Pra mim, deve ser apenas um cara muito sortudo.
— Eu duvido, ele não poderia ser capaz de acertar tantos tiros assim. Não errou nenhuma vez. - Ouvi ele cochichar.
Virei meu rosto para Lígia.
— O que tá acontecendo? - Perguntei. - Do que estão falando?
— Esses são o pelotão B, o capitão deles tá na enfermaria porque perdeu o dedo, quatro pessoas morreram... - Ela respondeu baixinho.
— Como sabe disso?
— Tá todo mundo comentando, você não tá sabendo?
— Não, eu não sabia...
— Aparentemente tem um atirador fora do abrigo, alguém solitário que tá roubando cargas dos coletores e matando a nossa gente.
— Mas que merda...
— O senhor Kevin tá oferecendo dois mil pontos a qualquer um que traga esse atirador vivo.
— Dois mil?!
As pessoas olharam para mim.
— É bastante coisa até... Mas precisa mesmo ser vivo? - Abaixei a minha voz.
— Ele quer fazer perguntas, saber os motivos pra essa pessoa matar a nossa gente.
— Entendi...
Se o meu pelotão for oficialmente formado, então vão nos colocar para ir atrás dessa pessoa? Não sei se a ideia de levar um tiro de repente, me agrada...
Também não sei como eu iria me sentir, se visse os meus amigos morrendo e se apenas eu restasse...
— Mas Ayumu... - Lígia chamou a minha atenção outra vez. - Você conseguiu se sair bem hoje?
— Ah... Sim, eu derrubei meu adversário com um chute no queixo. Você precisava ver.
— Caramba, você tá cada vez melhor nisso! - Ela sorriu.
— Vou continuar praticando, se eu não melhorar a minha mira, não vou conseguir passar e me tornar parte do pelotão.
— Você ainda não consegue atirar bem?
— Não... Sempre acabo errando meus alvos e deixo Alan irritado. Ele diz que sou um desperdício de munição.
— E com razão... - Ela suspira. - Agora com esse cara lá fora, só estão gastando mais balas.
— Espero que alguém consiga pegá-lo logo.
(...)
Durante a madrugada, me revirei na cama, meu corpo suou bastante. Não consegui dormir, ansiosa para o dia seguinte chegar e eu finalmente puder praticar minha mira.
Sai da minha barraca para caminhar um pouco, fui até a janela e vi tudo escuro. As cidades costumavam ser tão brilhantes, muita poluição visual... Agora é como no meio das florestas, apenas o som dos grilos, uma brisa gelada, e a única e melhor parte... O céu repleto de estrelas brancas e azuis.
Me apoiei na janela e respirei fundo, pensando em como a vegetação começou a se espalhar rápido desde que tudo acabou.
As calçadas estão cheias de musgos e gramas, as paredes, anteriormente sujas de preto e com marcas de explosões, agora são decoradas com a vegetação que insiste em crescer em direção ao céu. Os carros abandonados no meio das ruas, é um dos poucos lembretes restantes, de que havia uma sociedade humana ainda funcional.
O que resta para nós, agora, é a sobrevivência. E a tentativa incansável de reconstruir tudo de novo. Espero que na próxima tentativa, não aconteça outro fracasso miserável... E que os erros cometidos, não sejam repetidos.
Depois desses pensamentos esperançosos, volto para a minha barraca e tento adormecer novamente.
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