Forty-One Zombie

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Três semanas depois, terminei as flexões, os agachamentos e os abdominais junto dos outros

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Três semanas depois, terminei as flexões, os agachamentos e os abdominais junto dos outros. Fiz o treinamento com a lança, a faca, o arco e flecha e a defesa pessoal. O treinamento básico, junto deles. Não sou a melhor entre eles, mas estou me saindo bem melhor do que antes. Infelizmente a minha mira com o arco e flecha ainda não são bons o bastante.

Mas quando se trata da luta corpo a corpo...

— Ayumu, sua vez. - Alan disse assim que a dupla anterior terminou de lutar.

Me levantei, fui para o meio da roda e vi meu adversário ser escolhido a dedo por Alan. Bernad.

— Comecem!

Desviei de um soco, me defendi de um chute, com os braços. E me abaixei derrubando meu adversário com um chute no queixo. 

Sou excelente na capoeira.

— Muito bem... - Meu adversário se levantou e cuspiu um pouco de sangue no chão. - Eu desisto...

A verdade é que estou sendo treinada em segredo por Lincon. Tudo graças a Alonso, que conseguiu convencer ele a isso. Prometemos uma garrafa de Whisky para ele e duas caixinhas de cigarro, em troca das aulas.

Sorri contente por ele ter desistido e apertei sua mão.

— Daqui a três dias, vamos fazer o teste final. Apenas os que vencerem, vão fazer parte desse pelotão. - Alan disse. - Os outros vão fazer parte da segurança aqui do abrigo, como guardas. 

Os homens se olharam tensos, todo mundo queria fazer parte do pelotão. Já que é um trabalho que paga estupidamente bem. Eu não me importo tanto, se vou ficar como alguém da segurança, ou se vou fazer parte do pelotão. 

Apenas sei que preciso de pontos o suficiente para comprar sapatos para Ligia e os ingressos para o evento que todos estão falando, e que ainda não tive condições de assistir.

(...)

De tarde, treinei sozinha até dar o horário do banho. Fui para a plantação e ajudei na colheita. Enquanto jantava no refeitório, escutei a conversa de um pelotão que havia acabado de chegar e que se sentou a mesa ao lado.

— Temos que pegar esse cara logo... O maldito é muito bom de tiro.

Olhei Lígia pegar sua bandeja e se sentar na minha frente.

— Eu quase consegui chegar a tempo no prédio que ele estava, mas ele é rápido demais. - Outro cara disse.

— Na próxima vamos fazer uma emboscada, ele sempre fica nos prédios mais altos. Onde a visão é limpa e perfeita.

— O que mais me assusta, é ele ter atirado exatamente no dedo que estava no gatilho da arma do capitão.

— Bizarro... É uma visão de Águia.

— Eu ainda duvido que ele seja tudo isso. Pra mim, deve ser apenas um cara muito sortudo.

— Eu duvido, ele não poderia ser capaz de acertar tantos tiros assim. Não errou nenhuma vez. - Ouvi ele cochichar.

Virei meu rosto para Lígia.

— O que tá acontecendo? - Perguntei. - Do que estão falando?

— Esses são o pelotão B, o capitão deles tá na enfermaria porque perdeu o dedo, quatro pessoas morreram... - Ela respondeu baixinho.

— Como sabe disso?

— Tá todo mundo comentando, você não tá sabendo?

— Não, eu não sabia...

— Aparentemente tem um atirador fora do abrigo, alguém solitário que tá roubando cargas dos coletores e matando a nossa gente.

— Mas que merda...

— O senhor Kevin tá oferecendo dois mil pontos a qualquer um que traga esse atirador vivo.

— Dois mil?!

As pessoas olharam para mim.

— É bastante coisa até... Mas precisa mesmo ser vivo? - Abaixei a minha voz.

— Ele quer fazer perguntas, saber os motivos pra essa pessoa matar a nossa gente.

— Entendi...

Se o meu pelotão for oficialmente formado, então vão nos colocar para ir atrás dessa pessoa? Não sei se a ideia de levar um tiro de repente, me agrada...

Também não sei como eu iria me sentir, se visse os meus amigos morrendo e se apenas eu restasse...

— Mas Ayumu... - Lígia chamou a minha atenção outra vez. - Você conseguiu se sair bem hoje?

— Ah... Sim, eu derrubei meu adversário com um chute no queixo. Você precisava ver.

— Caramba, você tá cada vez melhor nisso! - Ela sorriu.

— Vou continuar praticando, se eu não melhorar a minha mira, não vou conseguir passar e me tornar parte do pelotão.

— Você ainda não consegue atirar bem?

— Não... Sempre acabo errando meus alvos e deixo Alan irritado. Ele diz que sou um desperdício de munição.

— E com razão... - Ela suspira. - Agora com esse cara lá fora, só estão gastando mais balas.

— Espero que alguém consiga pegá-lo logo.

(...)

Durante a madrugada, me revirei na cama, meu corpo suou bastante. Não consegui dormir, ansiosa para o dia seguinte chegar e eu finalmente puder praticar minha mira.

Sai da minha barraca para caminhar um pouco, fui até a janela e vi tudo escuro. As cidades costumavam ser tão brilhantes, muita poluição visual... Agora é como no meio das florestas, apenas o som dos grilos, uma brisa gelada, e a única e melhor parte... O céu repleto de estrelas brancas e azuis.

Me apoiei na janela e respirei fundo, pensando em como a vegetação começou a se espalhar rápido desde que tudo acabou.

As calçadas estão cheias de musgos e gramas, as paredes, anteriormente sujas de preto e com marcas de explosões, agora são decoradas com a vegetação que insiste em crescer em direção ao céu. Os carros abandonados no meio das ruas, é um dos poucos lembretes restantes, de que havia uma sociedade humana ainda funcional.

O que resta para nós, agora, é a sobrevivência. E a tentativa incansável de reconstruir tudo de novo. Espero que na próxima tentativa, não aconteça outro fracasso miserável... E que os erros cometidos, não sejam repetidos.

Depois desses pensamentos esperançosos, volto para a minha barraca e tento adormecer novamente.

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T.W.D - 𝙎𝙩𝙖𝙮 𝘼𝙡𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora