Twenty-seven Zombie

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Acordei no banco de trás ainda atordoada

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Acordei no banco de trás ainda atordoada. Vi as vegetações passando rápido pela janela e tentei me levantar, mas a dor me impediu. A faca não estava mais na minha perna, havia apenas um curativo mal feito.

- Ah... - Gemi de dor na tentativa de falar.

- Já acordou? Tá com fome? - Ele me olhou pelo espelho.

- Hm... inha íng... ua... - Tentei falar sobre a minha língua machucada.

- Ah, é, você não pode mais comer... - Ele riu. - Você vai precisar de uns pontos aí.

- Hã-Hã! - Neguei com a cabeça e ele desviou o olhar para a estrada.

Vi a luz da manhã nascendo e meu corpo arrepiou por causa do frio.

- Se não ganhar uns pontos aí, sua língua inteira vai apodrecer e não vai mais conseguir falar.

Tentei me levantar novo, mas realmente não consegui. A adrenalina de antes havia passado e apenas restava dor em mim.

Meu corpo inteiro doía dos pés a cabeça, fiquei completamente arruinada, destruída. Nessa situação eu não consigo sobreviver sozinha, e depender de alguém completamente insano como ele, não me conforta em absolutamente nada!

- Vou parar o carro na frente de alguma fazenda, já saímos da cidade mesmo. Não vai demorar muito para chegar no Alabama.

- Hm... - fechei meus olhos novamente, falar era impossível, me mexer também não dava, então apenas fiquei escutando.

- Agora que estamos mais íntimos, já que enfiei a minha faca em você. Ah, considere isso o seu ritual de passagem para virar alguém minimamente importante pra mim. - Ele acrescentou. - vou te dizer o meu nome, mas precisa me prometer que não vai ficar assustada.

Olhei para ele.

- Meu nome é Johan, mas prefiro que me chamem de Jacks...

Olhei para ele sem entender nada.

- Não vai ficar assustada? - Ele olhou para trás enquanto dirigia.

- Oua a fenfe! - Tentei avisar para ele "olhar para frente".

- Não me conhece mesmo? Nunca ouviu falar de mim? - Ele continuou me olhando enquanto o carro andava em zigue-zague na estrada.

- Hmmm! - Me desesperei, atormentada pela possibilidade dele bater em alguma coisa.

- Que chato, você não assiste os jornais? O que os adolescentes fazem hoje em dia? Fiquei tanto tempo preso no manicômio que não sei muito sobre o mundo exterior. - Ele riu alto e voltou a olhar para frente, desviando por pouco de bater em uma árvore na beira da estrada. - Mas você vai me ensinar, não é?

Acalmei a minha respiração depois de toda a tensão.

- Uhum... - Fechei meus olhos por um momento.

(...)

T.W.D - 𝙎𝙩𝙖𝙮 𝘼𝙡𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora