Twenty-three Zombie

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Peguei algumas roupas que serviram em mim, e coloquei na minha bolsa

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Peguei algumas roupas que serviram em mim, e coloquei na minha bolsa. Prendi o cabelo e roubei alguns acessórios no balcão da loja. As câmeras não estavam funcionando mesmo. Depois do que eu fiz com Érica e aquela outra mulher, percebi que não seria fácil confiar nos outros também, já que eramos apenas colegas e não amigos. E tenho certeza, olhando para eles, que em outras situações parecidas, eles também me deixariam para trás ou pior.

— Por que está tão quieta Ayumu? - Alaina me olhou, enquanto pegava algumas correntes do balcão e colocava nos bolsos da blusa de frio.

— Só estou pensando nos nossos colegas que não conseguiram...

— Isso tudo foi realmente traumático... Não sei como vou viver normalmente de agora em diante. 

Assenti com a cabeça em silêncio.

— Nem eu...

— Achei de você ficaria melhor do que eu, já que costuma ser tão frias às vezes.

Ela não está totalmente errada...

—  Não é fácil pra ninguém, ficar calmo nessas situações... Muita gente morreu.

— E as minhas mãos não param de tremer... - Alaina mostrou a mão. - Meu coração também está bem acelerado... Tenho a sensação de que vou ter um treco a qualquer momento.

— Eu também... 

Ela sorriu.

— Eu não pude dizer antes, mas lamento pela sua mãe...

Olhei para ela novamente.

— Obrigada...

Bianca nos olhou de longe, pensativa. Olhei para ela e não gostei daquele olhar. Mesmo que Alaina seja legal, Bianca não é nada simpática... E nessa situação toda, onde é fácil se livrar de alguém... Eu é que não quero abaixar a minha guarda.

Depois de pegar tudo o que eu queria, e que daria conta de carregar, espiei por uma fresta da porta a situação na rua. Os gritos ainda continuavam, mas a distância. As explosões estavam longe, mas ainda podíamos ouvir. Algumas daquelas pessoas doentes andavam lentamente pela rua, atrás de qualquer coisa que se mexa.

Me assustei com um abraço atrás de mim. Era Gregory invadindo o meu espaço.

— Ei, o que tá fazendo?! 

— Shhh... - Ele falou próximo ao meu ouvido enquanto me abraçava forte. - Ouvi que você está com medo... Não tem com o que se preocupar, o papai aqui vai te proteger.

Pisei no pé dele e me libertei do seu abraço.

— Não quero a sua proteção, bicho asqueroso!

Ele ficou irritado quando gritei e me empurrou com força, mas não cai.

— Você podia pelo menos ser menos burra e aceitar que alguém faça isso por você.

— Qualquer um eu aceito, menos você. - Olhei com nojo para ele e me afastei indo para perto do vestiário.

T.W.D - 𝙎𝙩𝙖𝙮 𝘼𝙡𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora