Thirty-two Zombie

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Virei o carro em uma rua, na tentativa de fugir dos mortos e vi o carro de outros sobreviventes passando na nossa frente

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Virei o carro em uma rua, na tentativa de fugir dos mortos e vi o carro de outros sobreviventes passando na nossa frente. Quando um deles olhou para dentro do carro, percebeu que quem dirigia não eram pessoas do seu próprio grupo. Logo, inevitavelmente uma perseguição começou enquanto fugíamos dos mortos.

— Que droga, eles não vão deixar a gente escapar...! - falei enquanto afundava o meu pé no pedal.

— Se pegarem a gente, não vão ser bonzinhos. - ele abaixou o vidro do carro e começou a disparar contra o carro que nos perseguia.

— Ei! O que tá fazendo? - Suspirei aflita e voltei a minha atenção para a rua, desviei de muitos mortos, mas acabei atropelando um ou dois. - Se você não tivesse atirado neles...

Ele me olhou zangado e voltou a atirar no vidro daquele carro, que insistia em nos perseguir.

— Acha mesmo que eles iriam poupar a gente? Você é mesmo muito ingenua. Iriam roubar a gente e nos matar, pegariam as nossas coisas. - Ele trocou a arma quando acabaram as balas. 

— Não tem como você saber disso... - Virei o carro em uma rua e atropelei três carniceiros de uma vez.

— Eu não vou arriscar. Você não deve confiar em mais ninguém, Dora. Apenas em mim! - Ele deu um tiro certeiro.

O carro de trás fez um zigue-zaque e continuou assim por um momento até outra pessoa lá dentro, tomar o controle do volante. Olhei o carro acelerar e ficar lado a lado conosco. Meu carro estava mais lento por causa dos mortos que atropelei e que agarrou nas rodas.

— Se abaixa! - Jack gritou comigo e me fez abaixar.

Escutei o som de alguns disparos, meu corpo ficou tenso por um momento, mal pude olhar para frente. Perdi o controle do carro e balancei na pista, bati a porta do meu lado no carro ao lado algumas vezes e o carro ficou mais rápido novamente.

— Que merda! Mas que merda! - Gritei com medo e voltei a olhar para frente.

— Fica abaixada, porra. Se não quiser os miolos fora da sua cabeça. - Ele pegou a escopeta e ajeitou no colo, enquanto se preparava para usar elas no carro que nos perseguia. 

— Eu mal consigo enxergar!

Jacks colocou o cinto e abriu a porta dele.

— Ei! O que vai fazer!

— Só dirige, porra! - Ele inclinou o corpo para fora e atirou nos pneus do carro atrás de nós.

Escutei mais alguns disparos contra o nosso carro. Um dos tiros passou raspando, perto do meu pescoço e atingiu o vidro, ficou completamente trincado e chato de enxergar.

— Que merda!

Olhei para Jacks enquanto ele continuava disparando. A escopeta logo ficou sem balas e ele fechou a porta dele novamente.

— Espera, pode diminuir a velocidade um pouco.

— O quê? Mas eles... - Olhei para o retrovisor e vi o carro deles perdendo o controle, eventualmente bateram em outro carro abandonado e capotaram. - Isso! 

Quando olhei para frente, depois de comemorar. Meu peito gelou. Havia um homem de cabelos grisalhos parado no meio da rua com uma metralhadora. Atrás dele havia mais dois carros.

— Jacks! O quê a gente faz?! 

Jacks se virou para frente e então estalou a língua. Ele não parecia assustado, mas como se aquelas pessoas estivessem sendo inconvenientes em acabar com a sua diversão frenética.

— Continua dirigindo. - Ele pegou a bolsa nas costas.

— Oquê?! Aquele cara tá armado-

— Mandei continuar em frente. - Ele me deu um olhar ameaçador.

Olhei para frente novamente, minhas mãos não paravam de tremer. Ele perdeu a cabeça! Se continuarmos em frente, vamos bater! A chance de sobrevivência é quase nula!

— Contínua em frente! - Ele gritou enquanto pegava uma faca na bolsa.

Arfei e pisei no acelerador.

— Porra! Que se dane! - Gritei assustada e me abaixei enquanto fechava meus olhos.

Aquele homem parado se jogou para o lado quando o carro estava perto, eles perceberam que parar não era uma opção para nós. Bati no carro parado e empurrei com tudo por pelo menos duzentos metros. Me levantei devagar um pouco atordoada, bati a testa no volante, quando olhei para o lado, não vi Jacks ali!

Olhei para o retrovisor quebrado, escutei sons de tiros e então alguns gritos. Um homem surgiu na janela ao meu lado e abriu a porta, ele me jogou no chão como se eu fosse apenas um brinquedo.

— Ahh! - Gemi de dor e me sentei devagar enquanto meu corpo inteiro estava dolorido.

Aquele homem se aproximou e arrancou a mochila das minhas costas. Depois ele me forçou a deitar no chão usando o pé sobre o meu peito. Virei a minha cabeça para o lado e vi que havia dois homens mortos no chão. Outros dois seguravam Jacks no chão. Estavam com dificuldades para mobilizá-lo.

— Ahhh! - Ouvi ele gritar e então rir, estava furioso e dava trabalho.

Ele só parou de lutar quando recebeu uma pancada na cabeça.

— Vocês causaram essa merda toda? - O homem que estava com o pé sobre mim, disse. 

Hesitei para responder.

— Responde, China do cacete! - Ele me chutou sem esperar.

— Argh... - Coloquei a mão na minha costela machucada e olhei para o homem grisalho que estava se aproximando.

— É claro que são eles, olha só. Estão com o carro do Frederick e do Marshel. - Ele bateu a poeira da roupa e então se abaixou. - Fala a nossa língua?

Apertei o meu punho com força e assenti devagar.

— Parece que fala... Se me contar o seu nome, eu levo você também, em vez de abrir um buraco na sua barriga e te deixar aqui pra morrer. 

Suspirei olhando para ele e abaixei a minha cabeça.

— Meu nome é Ayumu... 

O homem de cabelos grisalhos aproximou a mão do meu queixo e me fez olhar para ele.

— Olá, Ayumu, meu nome é Kevin Atom. - Ele sorriu de canto e agarrou o meu braço, me fez levantar.

— Você vai mesmo levar ela? Já vamos levar aquele outro cara ali. - O homem que me chutou disse a Kevin.

— Viu a roupa que ele tá usando? É um dos malucos que a gente viu por aí, esse povo é da pesada. Essa outra vai ser bem útil para nos dar algumas informações. Em troca, do nosso acolhimento, é claro. 

Olhei dois homens colocarem Jacks no Porta-malas do carro deles.

— Tsk, essa vadia não é confiável. - O cavalão ignorante disse, enquanto me olhava de cima a baixo com nojo.

— Não é hora de ser preconceituoso. Tá na cara que ela não é amiga daquele cara, você viu o que ele fez com ela. Obrigou a garota a dirigir na nossa direção enquanto ele pulava fora. 

Ele me olhou novamente e bufou. Depois agarrou o meu braço e me empurrou para dentro do carro deles. Olhei para Kevin enquanto ele conversava a distância com os outros homens. Não sei onde me meti, mas tenho certeza que essas pessoas vão ser um baita problema também.

T.W.D - 𝙎𝙩𝙖𝙮 𝘼𝙡𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora