Não morra.

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Era noite naquela casa no meio do nada,o único som que poderia ser ouvido além dos zumbidos dos insetos noturnos e o coaxar de sapos em um pequeno laguinho,era a voz enfurecida do senhor Raphael gritando com a sua esposa Alice. Por mais que ambos estivesse se digladiando em alto e bom som, a pequena Lília não conseguia entender o que estavam falando,na perspectiva dela era como se o som estivesse abafado. "Do que estão falando? Por que eu não consigo entender?". A pequena Lília fechava os olhos e quando abria novamente ela se deparava com outra cena,agora seu pai caminhava na sua direção falando algo que ela não conseguia entender,ele parecia furioso, Lília olha pra suas próprias mãos "uma faca?" Ela vê a faca saltando de sua mão e arrancando um dos dedos do seu pai,ela vê seu pai gritar mesmo não podendo ouvir nada,ela sabia o que ele estava falando "Monstro".

Lília - Pai...

A pequena Lília se via em um lugar totalmente escuro, e em meio aquele breu ela era incapaz de ver ou se mover.

Raphael - Lília!? Abra seus olhos...

Ordenou uma voz masculina família,era a voz do pai da garota.

Alice - Querida, você está bem? Você tem que abrir os olhos meu amor...

Perguntou outro timbre,dessa vez era uma voz feminina tranquila e calma,era a de sua mãe Alice.

Raphael - Abra os olhos! Seu monstro!

Disse a voz com agora em tom agressivo.

Lília abria seus olhos,sua visão estava embaçada, pois seus olhos se encontram sujos,cobertos pelo sangue que escorre da sua cabeça, a moça recobra a consciência entendendo que aquilo foram só lembranças,mas por que agora? Justo quando todo o seu corpo doía após atravessar uma parede sólida?

Lília - Como eu ainda tô viva?

Lília sente que seu corpo está dolorido e sabe que talvez tenha quebrado alguma costela,porém ela acredita que deveria estar em um estado bem pior,ao limpar os seus olhos sujos de sangue ela consegue ter a visão do Curupira a observando através do buraco na parede.

William - Garota! Levanta!

Enfim a jovem se dá conta por completo do que havia acontecido,ela lembra do golpe que sofrerá e lembra que estava sendo perseguida por aquele monstro. Lília entende que pra derrotar aquela criatura ela precisava de mais poder e para isso era necessário absorver mais energia espiritual,mas como faria isso? William era o único fantasma próximo,entretanto, tirar mais energia dele o faria ser consumido totalmente.

Lília - droga...o que eu faço?

William - Garota! Me absorve! É a sua única chance de vencer! Eu já tô morto mesmo!

Will estava disposto a se sacrificar pela garota,talvez ele estivesse cansado da sua vida como um espírito.

Curupira - Vem cá! Fã da Demi Lovato! Vou quebrar suas duas pernas antes de te levar até o chefe!

O Curupira ficava em uma posição de quadrúpede e começava avança em direção a Lília tentando se esgueirar com dificuldade pelo buraco que ele mesmo havia aberto ao lançar a jovem,que fora lançada do banheiro feminino ao masculino.

William - Vamos lá! Me absorve! Eu já morri faz tempo! Acabe com meu sofrimento!

Lília - Não!

Lília sabia que no fundo Will não queria ser absorvido,porém ele seus olhos transmitiam altruísmo,ele queria poder ajudá-la de alguma forma. Com muita dor a jovem se levanta, seu corpo estava repleto de adrenalina e seu coração palpitava em alta intensidade. Lília usava o restante de poder que tinha pra arrebentar todos os canos daquele banheiro, inundando tudo novamente,porém dessa vez mirava os canos diretamente no Curupira o fazendo ser acertado por um forte turbilhão de água gelada que o joga pra longe, pressão da água era tanta que acaba quebrando o celular na cintura do Curupira,parando a música que ele tanto gostava. Nesse momento Lília corria em direção a saída do banheiro masculino o mais rápido que podia,Will a seguia.

Rick Jhoonys: Detetive ParanormalOnde histórias criam vida. Descubra agora