Capítulo 9

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"Acordar do seu lado pro resto da vida. Minha nega tamo junto até o final..."

Meses depois...

Agatha

Os dias passaram e já fazia quase 1 ano desde que abandonei um vida luxuosa para morar em uma favela.

Muita coisa mudou. Umas para melhor, outras, nem tanto. O passar dos dias fez com que eu descobrisse o lado Bom e ruim da intensidade.

Agora, estou diante do espelho olhando e  imaginando o quanto mudei. Não só as minhas atitudes, como também a aparência.

Na minha boca há um cigarro de Maconha que já se tornou rotineiro e fraco demais para aplacar os meus desejos.

Assim como eu, patrão também mudou muito e isso não é visível somente nele, como nas diversas marcas roxas espalhadas pelo o meu corpo.

- Cadê? Onde você escondeu?! - gritava o homem que jurou me amar enquanto vinha pra cima de mim mais uma vez.

- Nós não temos mais nada- gritei com a voz fraca.

- Eu preciso de alguma coisa -gritou enquanto apetava os meus braços que já estavam finos e fracos demais.

-Calma, eu vou tentar conseguir algo, tudo bem?- perguntei enquanto acariciava o seu cabelo.

Ele me abraçou e senti o seu corpo frágil demais, em seguida, o seu choro misturado com os seus gritos de súplicas me deixaram ainda mais angustiada.

-Calma meu amor, jaja passa. -falei tentando confortar ele.

- Eu não quero sua pena - gritou me fazendo tremer de medo.

Quando ele passava um dia sem usar nada as mudanças de humor começavam e o que mais me doía era saber que ele se transformava de uma hora pra outra e a partir de então não havia mais nada que eu pudesse fazer a não ser me defender.

- Você me deve isso!- gritou enquanto vinha pra cima de mim.

- você se acha melhor que eu? Acha mesmo que só por que você era uma filhinha de papai você pode me julgar? - gritou pegando no meu pescoço.

O desespero tomou conta de mim, o ar saia do meu corpo e eu tentava me debater em busca de me soltar dele, mas ele era maior que eu e apesar do estado deplorável em que nos encontrávamos ele ainda conseguia ter muito mais forças que eu.

Caminhei para trás até que alcancei um copo que havia próximo da janela, certamente deixado em algumas das infinitas festas que fazíamos.

Hesitei ao fazer aquilo, porém, em poucos minutos eu perderia a consciências, então caminhei apressada e quebrei o copo em sua cabeça.

Ele cambaleou para trás e mão demos muito tempo para cair desacordado.

Saí correndo em direção a boca, pois eu sabia que assim que ele acordasse a sessões de tortura seriam grandes caso ele não tivesse com o que tanto buscava.

Não havia mais nada na nossa casa que eu pudesse trocar por drogas, afinal, ele já havia trocado quase tudo, inclusive os poucos alimentos que restavam.

O que começou com aventuras e festas estava nos destruindo muito mais rápido do que imaginei e era só questão de tempo para tudo desmoronar.

O que será que vem por ?

Comentem muitooooo!


VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora