Capítulo 3

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Pouco tempo depois chegamos a uma casa com bastante gente, como sempre muitos homens armados e muitas Piranhas.

Juliana desceu da moto e eu fiz a mesma coisa. Algumas meninas começaram a me encarar e isso só piorou quando o patrão segurou minha mão e começou a me apresentar as demais pessoas

Apesar de Juliana ser muito brigona eu sempre preferi a evitar, então fiz de tudo para que sempre ficasse perto de Juliana ou de patrão. Falando nele, há um tempinho ele começou a me olhar de um jeito estranho como se tivesse desconfiando de alguma coisa.

- Princesa, tu tá bem ? - Perguntou me olhando.

- Tô sim - falei sem graça e senti as minhas bochechas queimarem.

Os meus olhos foram diretamente em direção as meninas que me encaravam. Decide não dar importância e falei:

- Eu vou tentar encontrar Juliana, tá certo? - perguntei ele apenas confirmou com a cabeça.

Comecei a caminhar pelas pessoas, mas não achei Juliana. Notei que havia um banheiro, então, entrei lá para respirar um pouco.

alguns minutos depois decidi sair, mas quando abrir a porta, as três meninas que passaram a festa toda me encarando e soltando piadinhas estavam na minha frente.

- Tá achando que talarica tem vez aqui é ? - Perguntou uma delas que começou a vir pra cima de mim, e quando as demais me encurralavam.

- Quebra Ela Fernanda! - falou uma loira em direção a menina que havia acabado de falar comigo.

assim que as outras também e não verem minha direção, uma risada as interrompeu.

- Tá achando que puta tem vez aqui - falou patrão em direção a tal Fernanda.

As outras se afastaram ele olhou em direção a Fernanda com um olhar mortal. Em seguida, falou:

- Nandinha pega Geral, você tá chamando a minha fiel de talarica... Tá querendo virar a Nandinha cobrada, quando não tiver mais cabelo ? - falou patrão tocando o cabelo dela.

- Você não pode... - assim que ela começou a falar, com a voz trêmula, patrão a interrompeu novamente.

- Tá duvidando da palavra do malandro ? Hum, cuidado Nandinha pega geral - falou ele em um tom irônico como se fosse uma ameaça.

ela saiu praticamente correndo enquanto eu apenas observei a situação. Ele se aproximou de mim, sorrindo como se não tivesse acabado de ameaçar uma pessoa na minha frente.

- Ei patricinha, tá tudo bem, tá! - falou me abraçando.

- Princesa, eu sei que você não é minha fiel, mas agora você vai ser respeitada. Além disso, nós precisamos nos divertir. Porque as coisas estão muito paradas, mas eu já vou cuidar disso. - falou para mim que apenas deu um sorriso fraco.

Eu até tentei fale com ele normalmente, mas eu ainda está tentando assimilar tudo que havia acontecido. Senti meu corpo tenso, mas o calor dos braços que apertavam meu corpo fizeram eu me sentir segura de alguma forma.

- princesa, esse sorriso não combina com você. - falou de um jeito tão fofo e eu apenas dei um sorriso leve.

Ele tinha esse jeito fofo demais para os meninos que eu costumava ficar e isso começou a despertar em mim coisas completamente diferentes, afinal, eu não estava acostumada a ser tratada por pessoas que não queriam apenas sexo casual.

Ele era como a calmaria no meu mar agitado.

VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora