Capítulo 32

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Leão

Passei a tarde toda com a Sofia na pracinha. A minha princesa, mimada pra caralho, ela é foda pô, linda demais.

Há um tempo atrás o meu pai deu o papo que tinha uma filha e ia trazer ela pra morar com a gente.

No começo achei mó estranho, sei lá. Esse bagulho de mãe mexe comigo real. A minha coroa morreu no dia que eu nasci e até hoje carrego a morte dela nas costas. Depois que eu cresci eu entendi que eu não tive culpa, mas sei lá, continuo sentindo essa culpa.

A mãe do Lucas era a Ju. Ela se matou assim que ele nasceu, mas eu já existia e lembro com foi duro pra mim também. A mina me tratava tão bem.

Já a mãe da Sofia eu não sei quem é, já perguntei várias vezes, mas toda vez que eu pergunto, parece mais que eu tô perguntando pelo demônio. Meu pai fica cego de ódio.

Nunca entendi isso, já criei várias teorias na minha mente. Mas a que acho mais provável é que ela tenha metido o pé do morro e tenha largado a Sofia.

Há uns meses atras foi foda lá em casa, parceiro. A Sofia chegou chorando por que queria uma mãe. Fiquei puto, namoral, sai logo de perto. Porque nesse proceder de mãe eu sou cabuloso. Tenho ódio dessas mulhe que bota filho no mundo e depois desaparece, como a mãe dela fez.

Por isso, desde que aconteceu esse caô eu parei de perguntar pela mãe dela. Fiquei no ódio também.

Já era de noite e hoje é dia de dá perdido no mundo. Eu tava no erro com essa história de pegar em moto e carro depois de beber, então fiquei no estilo e ia curtir o baile aqui mesmo no morro.

Eu tava de boa com o Mano laranjinha quando o rádio dele tocou. Ele atendeu na minha frente, até porque eu já era meio que metido no meio. Já atirava bem pra caralho e depois de muito insistir meu pai já tava me colocando em algumas paradas, coisa fraca, tudo no seu tempo, fé.

Zito: Laranjinha, mete o pé pra a casa da mãe da Sofia. O Alemão desceu pra lá feito bixo, irmão- falou desesperado pra caralho.

Na hora eu dei uma travada. Mas como assim a mãe da Sofia?

Laranjinha: tu não ouviu nada moleque- falou pra mim com um olhão, ele tava ligado que o bagulho ia pesar maneiro na minha mente.

Leão: Vai se fuder rapá. Que proceder é esse de mãe de Sofia, tá louco? - falei puto.

Laranjinha: Não te mete Leão, o bagulho vai ficar doido pro teu lado.

Leão: Fé pra tu!

Entrei em casa no ódio e peguei a primeira moto que eu vi e parti seguindo o Mano laranjinha sem ele perceber.

Quando cheguei na parte de baixo do morro já vi de longe a moto do meu pai e os seguranças dele lá na frente. Eu já desci com sangue nos olhos. A minha mente tava foda, uma neurose do caralho. Como assim a mãe da Sofia morava no morro?

Entrei cego naquela casa. Meu pai tava feito bixo gritando que ia matar a mulher e ela tava ajoelhada com a mão no rosto falando que não teve culpa e que não fez nada.

Leão: - O que é que tá pegando aqui? Já gritei logo.

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Gente os próximos capítulos tão fodas!

Tô tendo dificuldade em escrever as narrações de Leão e Alemão por causa das gírias, então eu escrevo e depois vou fazendo os ajustes.

Nunca morei em favela e tô tentando basear as gírias através de alguns livros que já li. Alguém aí sabe me dizer se eles falam assim mesmo ou se eu tô passando vergonha? Kkkkkkk...

Votem muito, tô amando os comentários de vocês, leio todos!

Não esqueça de apertar na estrelinha

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VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora