Capítulo 4

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- O que os pombinhos estão rindo? - perguntou Juliana completamente bêbada.

- amiga o que você usou? - perguntei preocupada com ela que só fazia rir.

- Vamos, eu te ajudo a levar ela. - falou patrão.

Ele pegou um carro emprestado e dirigiu até uma casa bem simples. Na verdade, Juliana havia dormindo no meu colo durante o caminho, mas, assim que o carro parou só deu tempo tirar ela de lá para que ela começasse a vomitar. Ele me mostrou o caminho do banheiro e levei ela até lá.

- Eu vou te esperar aqui. Vou falar com a irmã de um parceiro para ela emprestar uma roupa. Qualquer coisa me chama- falou Patrão saindo em direção a porta de entrada.

- muito obrigada - falei um pouco constrangida.

consegui tirar a roupa dela e dar banho, mas assim que eu abrir a porta, começou uma gritaria.

- cadê? Eu não acredito em você! - gritou uma voz feminina.

Assim que ela terminou de subir a escada os gritos pararam.

- Aí meu deus! Deixa eu te ajudar! - falou uma loira baixinha com uma sacola na mão.

Sara era o nome dela. Ela me contou  que achava que patrão estava pedindo roupa para alguma puta do morro, mas que assim que nos viu percebeu que  estava enganada. Após, me ajudar com Juliana, eu agradeci mil vezes e ela disse que já estava tarde e foi embora. Antes disso, trocamos telefones pois, eu faria Juliana agradecer a Sara, por que, graças a ela nós não passaríamos por uma grande vergonha.

- Ei, tá pensando em quê? - Perguntou uma voz no meu ouvido enquanto me abraçava.

- Oi- falei respirando fundo.

- Eu tenho uma coisa pra te mostrar- falou sussurrando.

ele começou a subir uma escada. Eu acho que ele queria me levar para um quarto algo assim. Mas  assim que sabíamos as escadas percebi que não havia nada. Era apenas uma laje.

- Faz frio né ? - Perguntei, sentindo a minha pele arrepiar.

- Princesa, se você acha que eu vou te dar a minha blusa, esquece.  Por que eu tô  com frio também. - falou rindo.

Comecei a rir e ele me olhou de forma intensa.

- Tá vendo. É esse sorriso que combina com você- falou me olhando.

- Cara, você me deixa sem graça- falei envergonhada.

- Vem cá- ele me puxou pra perto, indo em direção a ponta da laje. - fecha os olhos- falou.

Eu fechei os olhos, mas a cada passo eu achava que iria cair, mas os seus braços me seguravam forte demais.

- Pode abrir- falou no meu ouvido.

Assim que comecei a abrir os olhos me deparei com uma das imagens mais lindas que já vi.

Parecia que tudo era uma miniatura. Mas a visão do mar brilhando ao encontro dos prédios era de tirar o fôlego. Se a noite era tão lindo, fiquei imaginando com era de dia. Era incrível!

 Era incrível!

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VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora