Capítulo 2

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Acordei com uma ressaca, em feliz, abrir os olhos e tive dificuldade de entender um dia eu estava. Aos poucos, as lembranças foram chegando e por fim eu lembrei da noite maravilhosa.

Patrão se mexer ao meu lado, sorriu e me olhou. A claridade que entrava pela janela refletia na sua pele que ficava ainda mais bonita.

Eu achei que ele iria me mandar embora mas a atitude dele foi muito diferente.

- Bom dia! - falou sorrindo.

- Eu tenho que ir- falei sem graça.

- Morena, cê me deixou no chão, vou querer mais, cuidado pra não viciar o malandro. - falou rindo de um jeito safado.

Eu fiquei ainda mais sem graça. Claro, eu estava acostumada a ter sexo e pronto, mas ao contrário dos outros, ele me tratava de outra forma, sempre me elogiando ou evidenciando o quanto eu fazia as coisas bem ou o quão bonita eu era.

- Eu realmente tenho que ir - falei me levantando.

...

Durante a semana, passei um dia todinho com a minha mãe, e dois dias depois o meu pai chegou, então, nós fomos até o shopping. Almoçamos, fiz compras com a minha mãe enquanto o meu pai fazia alguns telefonemas e ainda assistimos um filme.

Tanto o meu pai, quanto a minha mãe, sempre trabalharam muito para me dar conforto. Pois, eu sempre frequentei as melhores escolas e não só comprei, como ainda compro coisas caras. Mas eu sempre fui uma boa filha e tirava notas boas além disso nunca me meti em clínicas, pelo menos, eles nunca souberam.

- Bicha, você não faz ideia de Onde vamos hoje! - gritou Juliana do outro lado da linha, assim que ela atende no segundo toque.

- Ju, minha mãe já foi, mas, o meu pai só vai para o aeroporto às 18 horas. - suspirei triste.

- não importa, é melhor chegar tarde do que chegar cedo, além disso, não vou poder dizer ao patrão que a patroa não vai poder ir- falou a última parte com a voz safada e deu uma risada no final.

- Tudo bem. - falei rindo.

Meu pai me encarou e deu um sorriso.

- Meu amor, que sorriso lindo! - falou meu pai me abraçando- eu vou morrer de saudade de você, nos próximos dias... - falou me apertando ainda mais.

- Papai, se você continuar sim, vai me esmagar - falei rindo.

- Tá bom, tá bom. Mas quando você era menor, não queria que eu te largasse. - falou fazendo drama

- Pai, você sabe que eu te amo, mas sem drama por favor. - falei rindo - tô no meu quarto não esquece de me chamar antes de sair.

já se passava das 18:30 quando eu finalmente comecei a me arrumar. Juliana chegou e às 19:20 estávamos em frente ao morro. Diferente da última vez, patrão já nos esperava, mas não estava sozinho. Junto a ele, outro menino estava de moto. Claro que eu não pensei duas vezes em subir na garupa da moto do Moreno.

Patrão fazia questão de empinar a moto e mesmo achando que eu iria morrer, continue indo. Eu não queria que ele achasse que eu era fraca.




VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora