Capítulo 5

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"Eu quero te ver quando acordar, sentir todo dia o seu sabor, assim como eu vejo o ceu, assim como eu vejo o sol, cê vê como o tempo voa!"

1 mês depois... 


Patrão e eu continuamos saindo praticamente 4 vezes por semana. Confesso que a presença dele tão frequente foi algo que eu não esperava, e eu certamente já começa a sentir alguma coisa por ele.

Agora estávamos nós em um baile que nem eu sabia onde era, afinal, estamos bebendo desde ontem. O meu corpo já pedia um banho e uma cama, mas eu não queria ser um pé no saco pra ninguém.

Patrão percebeu os meus pensamentos e se aproximou de mim me abraçando...

- Vamos curtir princesa ? - eu dei um sorriso e tentei disfarçar que eu não queria aquilo, mas assim que ele me mostrou um comprido, pensei que talvez assim eu conseguisse me encaixar ali... Antes de pensar demais eu peguei o comprimido da sua mão e coloquei na minha boca, em seguida senti quando ele desceu pela minha garganta com a ajuda da vodka.

Os minutos seguintes eu me sentia flutuar, eu sentia uma adrenalina fora do comum, eu pulava, dançava, gritava, tudo de uma vez, meu corpo entrou em êxtase e eu poderia dizer que aquela foi a melhor sensação que senti em muito tempo.

Patrão estava comigo e me fascinava a sintonia que tínhamos quando estávamos juntos.

-Temos que ir embora -gritou Juliana em meio a multidão .

Eu e patrão fingimos que não estávamos ouvindo e simplesmente continuamos curtindo a nossa vibe.

- Já chega ! - gritou Juliana no meu ouvido e me assustei imediatamente.

- Tá bom, Calma! Patrão, vamos ? - tentei convencer ele a vir com a gente.

- Ah Juliana, não fode! - falou de um jeito grosseiro com ela.

- Vamos amiga! - falou Juliana se aproximando de mim.

- Não. Ela vai comigo. - falou patrão para mim.

Os dois me olharam e eu não soube o que fazer, parecia que eu tinha que escolher entre os dois e sinceramente aquela situação estava me incomodando demais.

- Juliana, calma. Eu vou com ele e amanhã passo na sua casa assim que eu sair do morro pode ser ? - perguntei com um sorriso fraco.

- Agatha, você tem certeza ? - perguntou com olhar preocupada.

- Tenho sim - falei abraçando ela que em seguida foi embora.

Olhei para patrão e ele percebeu de cara que eu não queria ficar ali. Eu e Juliana sempre fomos amigas e aquela situação me incomodou por que parecia que eu estava escolhendo entre eles e agora eu sentia que havia abandonado minha amiga.

- Ei, não fica assim, vamos pra casa - falou patrão me abraçando e dando alguns selinhos.

-vamos - sorri para ele e em seguida saímos de mãos dadas.

Assim que ele piscou os faróis do carro os meninos da barreira reconheceram ele e logo mais entramos na maré.

Ultimamente eu frequentava mais a casa dele que a minha, eu passava tanto tempo com ele que só ia para minha casa quando os meu pais vinham e isso estava bem raro no ultimo mês.
Cada dia eu me sentia ainda mais próxima dele, ainda mais apaixonada e ainda mais dependente da sua companhia. 

VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora