Assim que cheguei em casa tomei um banho pra tentar aliviar a minha crise. Até me senti mas calma, mas a dormência e a taquicardia começaram a piorar e eu já sabia que em seguida vinha a crise.
Caminhei até a sala pra apagar as luzes mas escutei alguém chamar na porta e perguntei quem era.
Alemão: Aí, abre aqui que quero trocar um papo contigo- falou do outro lado da porta.
Eu abri a porta,Alemão me olhou de um jeito estranho. Eu já estava bastante eufórica e não duraria muito tempo até não sentir mais o meu corpo.
Agatha: Olha, eu preciso dormir. Amanhã a gente se fala, pode ser? - falei sentindo os meus olhos pesarem e a minha respiração ficar ainda mais difícil.
Alemão: Tu se drogou foi ? - perguntou me olhando.
Agatha: Não. É que eu tenho crise de pânico.
Alemão: E que bagulho é esse? - ele me perguntou.
Aquela pergunta foi o meu gatilho. As cenas de Luan queimando na fogueira, das vezes em que eu usava drogas, o meu reflexo no espelho, o dia que eu entreguei a minha filha... todas essas cenas passaram na minha cabeça e eu não conseguia respirar, eu tentava puxar o ar e não conseguia.
O meu corpo inteiro começou a formigar e eu senti quando desfaleci e cai no chão. Eu tentava respirar, Alemão estava perto de mim chamando o meu nome, mas eu não conseguia responder, na verdade eu não conseguia se quer respirar.
Alguns minutos depois eu fui conseguindo abrir os olhos, a minha respiração foi voltando ao normal.
Alemão tinha me levado pra o meu quarto e me colocado na cama.
Agatha: Obrigada- consegui dizer.
Alemão: Que bagulho foi esse que te deu ? - me perguntou.
Agatha: você pode... pegar um... pouco de água? - perguntei e ele saiu do quarto e em seguida voltou com um copo cheio de água.
Tomei a água aos poucos e ele me ajudou a me escorar na cama.
Agatha: Depois que tudo aconteceu comigo eu fiquei com essas crises. Mas eu não posso tomar os remédios que eu deveria tomar, porque o efeito deles se parece com efeito das drogas, então, tô esperando juntar uma grama pra ir em uma médica particular pra saber se existe algum remédio que possa me ajudar e que não me faça ter uma recaída.
Alemão: Mas esse bagulho não é perigoso não? - perguntou me olhando.
Agatha: Sim, eu posso ter uma parada cardiorespiratoria. Mas eu não quero voltar a ser uma viciada, eu não quero perder a minha filha. - falei e comecei a chorar.
Alemão: E essa parada acontece quantas vezes contigo? - me pergunto todo sério.
Agatha: só acontece quando eu fico muito nervosa, ou quando alguma coisa diretamente me faz lembrar tudo o que eu passei. - falei de uma vez.
Alemão: Então tu só teve esse bagulho porque eu amei aquilo é? - perguntou olhando diretamente no meu olho.
Agatha: Sim. - falei e baixei a cabeça.
Alemão: Aí, me desculpa. De verdade mermo. Foi mal, vim aqui na humildade porque os moleque já entraram na minha mente. - falou me olhando.
Agatha: Você tem muitos defeitos, mas eles amam você e você é um ótimo pai pra eles, pra os três.
Alemão: Eu sei pô. - falou me olhando.
Agatha: Eu preciso ficar sozinha, Alemão. - falei olhando pra ele.
Alemão: Tá certo, fica de boa aí. Vou trancar e porta e jogar a chave. Qualquer coisa me aciona naquele número que te liguei. - falou e saiu.
--------------------------------------------•••••••••••••
Quero saber de vocês o que vocês estão achando? Me deem ideias.
Assim que completar 50 estrelas eu posto o próximo!
👇👇⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
VOCÊ ESTÁ LENDO
VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)
RomanceRomance Dark. Contém temas sensíveis e possíveis gatilhos. Eu o conheci em um baile, eu tinha família e dinheiro, mas troquei tudo por você, pelo nosso amor. No início, flores. As festas continuavam, agora na nossa casa. Álcool já não era o sufic...