Capítulo 44

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Assim que cheguei em casa tomei um banho pra tentar aliviar a minha crise. Até me senti mas calma, mas a dormência e a taquicardia começaram a piorar e eu já sabia que em seguida vinha a crise.

Caminhei até a sala pra apagar as luzes mas escutei alguém chamar na porta e perguntei quem era.

Alemão: Aí, abre aqui que quero trocar um papo contigo- falou do outro lado da porta.

Eu abri a porta,Alemão me olhou de um jeito estranho. Eu já estava bastante eufórica e não duraria muito tempo até não sentir mais o meu corpo.

Agatha: Olha, eu preciso dormir.  Amanhã a gente se fala, pode ser? - falei sentindo os meus olhos pesarem e a minha respiração ficar ainda mais difícil.

Alemão: Tu se drogou foi ? - perguntou me olhando.

Agatha: Não. É que eu tenho crise de pânico.

Alemão: E que bagulho é esse? - ele me perguntou.

Aquela pergunta foi o meu gatilho. As cenas de Luan queimando na fogueira, das vezes em que eu usava drogas, o meu reflexo no espelho, o dia que eu entreguei a minha filha... todas essas cenas passaram na minha cabeça e eu não conseguia respirar, eu tentava puxar o ar e não conseguia.

O meu corpo inteiro começou a formigar e eu senti quando desfaleci e cai no chão. Eu tentava respirar, Alemão estava perto de mim chamando o meu nome, mas eu não conseguia responder, na verdade eu não conseguia se quer respirar.

Alguns minutos depois eu fui conseguindo abrir os olhos, a minha respiração foi voltando ao normal.

Alemão tinha me levado pra o meu quarto e me colocado na cama.

Agatha: Obrigada- consegui dizer.

Alemão: Que bagulho foi esse que te deu ? - me perguntou.

Agatha: você pode... pegar um... pouco de água? - perguntei e ele saiu do quarto e em seguida voltou com um copo cheio de água.

Tomei a água aos poucos e ele me ajudou a me escorar na cama.

Agatha: Depois que tudo aconteceu comigo eu fiquei com essas crises. Mas eu não posso tomar os remédios que eu deveria tomar, porque o efeito deles se parece com efeito das drogas, então, tô esperando juntar uma grama pra ir em uma médica particular pra saber se existe algum remédio que possa me ajudar e que não me faça ter uma recaída.

Alemão: Mas esse bagulho não é perigoso não? - perguntou me olhando.

Agatha: Sim, eu posso ter uma parada cardiorespiratoria. Mas eu não quero voltar a ser uma viciada, eu não quero perder a minha filha. - falei e comecei a chorar.

Alemão: E essa parada acontece quantas vezes contigo? - me pergunto todo sério.

Agatha: só acontece quando eu fico muito nervosa, ou quando alguma coisa diretamente me faz lembrar tudo o que eu passei. - falei de uma vez.

Alemão: Então tu só teve esse bagulho porque eu amei aquilo é? - perguntou olhando diretamente no meu olho.

Agatha: Sim. - falei e baixei a cabeça.

Alemão: Aí, me desculpa. De verdade mermo. Foi mal, vim aqui na humildade porque os moleque já entraram na minha mente. - falou me olhando.

Agatha: Você tem muitos defeitos, mas eles amam você e você é um ótimo pai pra eles, pra os três.

Alemão: Eu sei pô. - falou me olhando.

Agatha: Eu preciso ficar sozinha, Alemão. - falei olhando pra ele.

Alemão: Tá certo, fica de boa aí. Vou trancar e porta e jogar a chave. Qualquer coisa me aciona naquele número que te liguei. - falou e saiu.

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Quero saber de vocês o que vocês estão achando? Me deem ideias.

Assim que completar 50 estrelas eu posto o próximo!

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VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora