Capítulo 75

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Agatha

Ja faziam alguns dias desde que eu bani Alemão da minha vida. Foram dias difíceis e noites piores ainda, me acostumei com a presença dele, com uma casa repleta de barulho e dos meus filhos perto de mim.

Eles estão aqui sempre, fazemos várias coisas divertidas e as vezes só ficamos aqui deitados comendo besteiras e assistindo filmes. Tem dias que eles dormem aqui, nos outros dias eu durmo no trabalho.

Comecei um curso de atendimento emergencial, que além de me trazer bastante conhecimento também foi muito bom para ocupar a mente.

Agora eu estava sozinha nessa casa silenciosa, Pedro já havia me mandando várias mensagens me chamando pra sair e eu recusei todas. Estava sem ânimo e ele percebia isso cada vez que me olhava.

Ouvi o barulho da porta abrindo e eu já sabia que ele querendo me arrastar pra essa festa.

Leão: bora coroa, levantei desse sofá e vai se arrumar, hoje tu vai colar comigo. - falou e saiu me empurrando pra o banheiro.

Tomei um banho e me arrumei na maior lentidão possível. Tentei de tudo pra que ele desistisse, mas não teve jeito. Ele fez eu ir com um vestido bem justo, disse que eu tinha que ir como as novinha que ele conhecia e que eu tava inteirona, vê se pode.

Leão: Aí, eu vou te bater a real. Não tem como te tirar daqui sem o coroa saber e não duvido nada ele aparecer no rolê. Mas eu deixei a Sofia em casa com ele pra ver se ele não dá as caras por lá. - falou sério assim que eu entrei no carro.

Agatha: Se ele for o problema é dele. Vou viver a minha vida, mas se eu não me sentir confortável lá, você me trás de volta, né? - perguntei e ele confirmou com a cabeça.

Saímos do morro e percorremos um trajeto de quase uma hora até que entramos em outra favela. Pedro Henrique me puxou pra perto dele assim que desci do carro.

Eu tinha vinte e seis anos, mas a minha fisionomia fazia com que parecesse sem bem mais jovem, como uma irmã ou amiga do meu filho que tinha uma fisionomia oposta a minha.

Assim que entramos no baile eu me animei e comecei a lembrar o quanto eu amava essas batidas, o quanto eu me divertia dançando e cantando as músicas que rolavam ali.

Pedro pegou uma caipirinha pra mim. Eu não gostava muito de beber, mas volta e meia isso acontecia.

Subimos para o camarote, ele começou a me apresentar para alguns dos seus amigos, engraçado foi a minha cara  quando ouvi ele dizer que eu era a sua amiga.

Agatha: Eu nunca mais vou olhar na tua cara, não sou tua amiga, sou tua mãe e não vejo problema nenhum falar isso. Tá com vergonha de mim? - perguntei brava com ele.

Leão: Se eu falar que tu é a minha coroa ninguém vai nem olhar pra tu. Vão logo achar que tu e meu pai tão junto.

Olhei pra ele e balancei a cabeça incrédula.

Leão: Eu te trouxe pra tu se divertir, se quiser ficar alguém tu vai ficar. A vida é tua e o meu pai já vacilou demais contigo. Mas ó, se for ficar vai rápido, porque o Mano já me passou o rádio que meu pai tá vindo pra cá.  - falei debochando.

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Tô amando os comentários de vocês!

Hahay, isso não vai prestar.

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VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora