VICIADA (1° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)

Capítulo 36

Agatha

Passei a noite em claro. O desespero da noite de ontem foi demais pra mim, paralisei mesmo, o pânico e o medo que eu tinha do Alemão era surreal.

Eu sabia quem ele era e também sabia que ele era completamente diferente com a família dele, por esse motivo, quando o filho mais velho dele entrou aqui eu tive uma pequena esperança e me agarrei  ela e no fim, graças à Deus, permaneci viva.

Acordei cedo e fui trabalhar no mercadinho. Passei a manhã toda e a tarde perdida nos meus próprios pensamentos. O medo e angústia ficaram presentes o dia inteiro.

Peguei a minha bolsa e comecei a caminhar pelas rua em direção a minha casa. De repente o meu celular começou a tocar, era de um número que não estava agendado.

Agatha: alô ? -falei.

Alemão: Vai direto pra casa, marca dez que eu tô chegando pra resolver essa fita. - falou e desligou em seguida.

Me tremi toda, fiquei nervosa demais. Apressei os meus passos e assim que entrei em casa comecei andar de um lado pra o outro, desesperada. Achei melhor tomar um banho para me acalmar.

Tomei banho e vesti uma roupa mais a vontade. Assim que pentei o meu cabelo escutei o barulho de motos e logo bateram na porta. Respirei fundo e abri.

Alemão entrou primeiro e depois quem entrou foi o seu filho mais velho, logo atrás entrou um dos seus seguranças e os outros ficaram do lado de fora.

Aquele monte de homem armado dentro e fora da minha casa me desesperou, mas tentei manter a calma.

Alemão: vou te mandar o meu papo e é só um. Tu vai começar a ver a Sofia, mas vou te dizer como vai ser. Qualquer vacilo seu... -

Agatha: já sei, você me mata. - falei enquanto sorri de orelha a orelha. Tava tão feliz, eu ia ver a minha bebê a minha princesa.

Alemão: Um dos meus moleques vai vir com ela, sempre coisa rápida. Na pracinha ou em um lugar público, porque sempre vai ter gente de olho também.

Agatha: Tudo bem, eu aceito qualquer coisa, qualquer coisa pra ver ela. - falei com os meus olhos cheios de lágrimas.

Alemão: Se liga, não tenta nada. Não machuca a minha filha se não vou ter prazer em tocar fogo em você. - falou me olhando.

Agatha: Tá certo.

Alemão: Ela não sabe que é tua filha e não é pra falar nada sobre isso. - falou me olhando.

Agatha: Tá certo. Sem problemas. - falei rápido.

Ele não se despediu nem nada, só saiu dali e os outros seguiram ele.

Fechei a porta e permiti que as lágrimas saíssem. Eu estava tão feliz, não foram dias e nem meses e sim anos esperando esse momento. Esperando o dia em que eu poderia ver a minha filha, fiquei em êxtase.

Fiz uma dancinha para comemorar essa vitória e ate pedi uma pizza e liguei para Mariane para contar a novidade. Ficamos tão felizes, ela tem me acompanhado durante todo esse percurso, inclusive nos vemos toda terça-feira, porque eu vou ao postinho fazer a minha consulta com a terapeuta.

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Como serão os encontros de Agatha com os filhos de Alemão?

Ideias ?

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