"Uma loba branca amaldiçoada encontrará seu companheiro pela tatuagem de dragão que ele carrega em seu braço, mas enquanto isso não acontecer os dois sofrerão o vazio de estarem longe um do outro; sua dor será a dor dele, sua alegria será a alegria...
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Existe uma frase de uma música que agora faz sentindo para mim agora, "nunca nos libertamos, cordeiro para o abate, o que você vai fazer quando houver sangue na água?" era a música de mundano que agora se encaixa completamente na situação que estava vivendo, eu não conseguia parar de pensar nela enquanto via os lobos duelando uns com os outros, éramos apenas cordeiros para o abate.
Emma continuava parada no mesmo lugar próximo a floresta olhando para mim, Andrew olhou para mim uma última vez antes de sair correndo e se transformando no processo, todos estavam no campo de batalha e o som de ossos quebrando, pele rasgando e gritos de dores ecoavam nos meus ouvidos como uma sinfonia dos infernos, era uma verdadeira carnificina e eu não tinha mais o controle dela.
— Então, vai ficar apenas assistindo eles se matarem por você? — Consigo ouvir perfeitamente a pergunta de Emma mesmo ela estando a vários de distância. — O que eles pensaram ao ver que nem sua rainha luta por eles?
— Ainda dá tempo de paramos com isso, Emma. Por favor. — Olho para ela engolindo em seco. — Essa briga é só nossa, vamos evitar mortes desnecessárias.
— Mas quem começou a guerra foi você, Safira. — Resmungo percebendo que esse seria o seu argumento. — Estranho, pensei que você apenas se defendia, a boazinha e pobre rainha amaldiçoada, mas parece que estavam errados. Você é tão podre como qualquer um da casa real.
— Podre? Não sou eu que venho de uma linhagem de ambição e traição como você, me diga, quer pagar pelos pecados do seu avô sendo decapitada ou enforcada? — Pergunto com raiva dando um passo na direção dela. — Posso conceder essa misericórdia a você.
— Ah prima, acha mesmo que quero sua misericórdia ou sua pena? — Ela solta uma risada alta que ecoou por cima de todo aquele som de horror da guerra. — A única coisa que quero é você num caixão mais fria que o Alasca.
Rosno com a sua ameaça e me coloco em posição de ataque, quando comecei a avançar na direção dela um grupo fechou meu caminho, todos os quatro transformados vindo na minha direção em alta velocidade, com certeza estavam esperando acabar comigo eles mesmo, mas havia um motivo para que ser rainha e eu iria mostrar. Ergo minhas mãos o mais alto que consigo e logo desço elas em direção ao solo parcialmente transformadas, cravo as garras no chão sem ficar os olhos deles, vamos dançar.
Deusa mãe-terra, mãe de todos os seres, uma mísera filha de Selene implora por tu ajuda, salve me desses traidores e mostre as eles que os deuses não têm misericórdia.
Pérola ficou repetindo aquele mantra várias vezes na minha mente cada mais rápido, os meus atacantes pareciam rir da minha atitude patética e se mostravam cada vez mais próximos, foi quando o solo vibrou sob minhas mãos, ergo minhas mãos novamente e bato várias vezes contra o chão enquanto rosno, os lobos ficaram apreensivos com a minha atitude, mas não diminuíram o seu ritmo, então vi a oportunidade.
— Vida longa a rainha. — Escuto Emma falar debochadamente e olho com ódio para ela.
Tomo impulso indo na direção dos lobos jogando terra nos olhos de um deles, aproveitando a distração pego o lobo pela boca quebrando sua mandíbula, gemendo de dor o lobo cai indefeso no chão, rapidamente volto minha atenção para o segundo lobo que tenta abocanhar meu pulso para evitar o mesmo destino do seu companheiro, dou um soco de direita na sua pálpebra, com ele zonzo pelo soco seguro pelo pescoço erguendo-o no ar e com um giro de bailarina acerto suas costas com força contra a terra ouvindo o som de ossos se quebrando, uma bela dor ou impossibilitado de andar novamente.
