"Uma loba branca amaldiçoada encontrará seu companheiro pela tatuagem de dragão que ele carrega em seu braço, mas enquanto isso não acontecer os dois sofrerão o vazio de estarem longe um do outro; sua dor será a dor dele, sua alegria será a alegria...
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Uma jovem rainha andava de um lado para o outro na sala do trono, era visível a barriga saliente, consequência de uma gestação de 7 meses, o que há deixava mais nervosa e perigosa para quem ousasse entrar no seu caminho. Logo atrás da rainha se encontrava seu marido, o rei daquele reino que olhava preocupado para sua esposa, não era bom para seu estado que a mesma ficasse nervosa, mas ele não podia negar e nem acalmar suas preocupações quando o mesmo estivesse vivendo o mesmo dilema.
— Audrey, tente se acalmar meu amor. – Ele falou levantando de onde estava e ficando na frente da esposa. – Esse nervosismo não irá fazer bem ao nosso bebe.
— Como ousa me pedir para ficar calma? Foi vossa mãe que me deixou nesse estado. – Retruca a mulher olhando friamente para o marido. – Como ela ousa dizer que meu bebe, meu filho, é a criança dessa infeliz maldição?!
— Tu sabes que a rainha mãe entende tudo sobre a profecia de vossa família, ela assim com você, minha amada, era uma Stuart.
— Mas isso não lhe dá o direito de condenar nosso filho a esse futuro incerto. – O rei concorda sabendo que a esposa estava certa, assim como sua mãe estava certa também. – Não deixarei que a maldição caia sob nossa família.
— Sabes que ele for mesmo a criança da profecia, se for uma menina, não podemos fazer nada. – Ele acaricia os ombros da mulher sorrindo minimamente e com os olhos tristes. – A maldição já deve correr em seu sangue, o seu nascimento só irá provar esse fato, estamos de mãos atadas, Audrey.
— Safira, chegou a hora.
Sou tirada dos meus pensamentos pela voz de Alex logo atrás de mim, olhou novamente para meu reflexo no espelho e me pergunto se era isso mesmo que meu pai iria querer, sua família triste de luto tendo que participar de cortejo fúnebre por toda a cidade até o cemitério real, ser enterrado antes de levar sua única filha ate o altar e de ver seus futuros netos nascendo, não sei o que ele me diria, mas com certeza não era esse futuro que ele imaginava quando nasci. Suspiro passando a mão sob meu vestido preto para desfazer algum amassado que tinha ali, nunca passei que estaria indo ao seu enterro dessa forma.
— Safira?
— Já estou indo. – Digo com um suspiro virando para ficar de frente para ele. – Todos já estão prontos?
— Sim, falta só você para iniciarmos.
— Mas poderiam já estar indo. – Digo confusa pegando as minhas luvas.
— Não podemos começar sem a rainha. – Olho para ele rapidamente com a sua resposta. – O cortejo só sairá quando seu carro sair do castelo.
— Quer merda! Sempre me esqueço que sou a rainha agora.
— Tem certeza que está pronta para ser rainha? Todo tempo esquecendo. — Dou um tapa no ombro de Alex com a sua brincadeira. — Majestade, precisa ficar mais em alerta.
