prólogo

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Janeiro de 2020

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Janeiro de 2020

Eu estava na floresta correndo sozinha, meu coração batia com uma força sem igual e em todo o meu corpo eu conseguia sentir o desespero crescer dentro de mim, eu precisava chegar até ele, precisava. Foi quando o vi. Um enorme lobo negro correndo ao meu lado como se nunca tivéssemos ficado separado esses anos todos, quase que automaticamente um sorriso apareceu em meu rosto, estávamos juntos a partir do momento que nossos olhares se encontraram naquela fadiga tarde de outono, tudo estava ao nosso favor, bem, quase tudo.

Um lobo castanho apareceu na nossa frente fazendo com que parássemos bruscamente, eu reconhecia quem era e não estava acreditando que ela ainda estava tentando algo assim; o inimigo se agachou ficando em posição de combate começando a rosnar na nossa direção.

Quem ela pensa que é para tentar me ameaçar?!

Rosno me transformando em uma loba branca atacando-o com os dentes quando o mesmo evaporou levando o lobo negro de olhos vermelhos com ele, olho ao redor assustada e uivo de medo numa tentativa de ser atendida, mas eu estava sozinha, sem ele. Eu sempre estivesse sozinha, essa era a consequência de ser amaldiçoada.

" Mil anos se passarão com o vazio em seu coração
Sozinha pelo mundo irá vagar sem encontrar a sua solução.
Mas quando a hora chegar, seu companheiro irá encontrar
E obstáculos no seu caminho
estará há lhe desafiar
A loba branca sozinha lutará
Para a maldição, enfim, quebrar."

19 de março de 1019

O reino estava calmo naquela manhã, o rei Byron estava olhando pela janela do seu quarto com o coração batendo a mil por hora, mesmo colocando a máscara de rei em seu rosto, ele sentia o pânico de um simples plebeu apenas pelo fato que sua amada estava nesse momento lutando pela sua vida e de seu bebê em um parto que já estava durando14 horas seguidas, era sofrimento demais, por que os curandeiros não acabavam com o seu sofrimento? Por que não salva eles logo? Tantas perguntas que o jovem rei fazia enquanto olhava para o céu cinzento a sua frente, ele faria de tudo para suportar toda aquela dor e livrar sua rainha desse fardo.

Quando marcou as exatas 15 horas do trabalho de parto, foi possível se ouvir um choro por todo o castelo, o herdeiro do trono enfim havia nascido.
Rei Byron deixou de lado a etiqueta e correu até o quarto de sua esposa entrando como um furacão no lugar assustando as curandeiras, mas ele não se importou com isso, seu olhar estava em sua amada rainha Audrey que tinha nos braços um pequeno embrulho que se mexia de maneira preguiçosa, a rainha então sorrio para seu rei mesmo cansada e o chamou para sentar ao seu lado na cama.

- Meu rei, a deusa nos presenteou com o ser mais divino que possa existir. - Ela sorriu revelando o rosto de seu bebê para o marido que sorriu acariciando os cabelos de sua esposa. - Nossa menina amada, nossa princesa.

- Uma menina? Tivemos uma menininha? - Ele perguntou bobo ainda com um sorriso nos lábios. - Você me fez o homem mais feliz de todos os tempos.

- Eu sei, assim como você me faz a mulher mais feliz do mundo. - Audrey sussurra quando recebe um beijo em sua testa.

- Qual será o nome de nossa menina?

- Eu pensei em algo simples, mas com um grande significado. - A mulher olhou para a filha em seus braços que abriu os olhos revelando duas íris incrivelmente azuis. - Safira, que você seja bela assim como a pedra do nome que carrega, que seja forte e inteligente para o que está por vim, mas que nunca se esqueça que você é a preferida de Selene.

Enquanto os reis comemoravam o nascimento de sua primogênita uma outra pessoa observava a cena de cima, a mulher sorriu para os dois ao ouvir o nome de sua protegida, sua mãe estava certa no fim das contas, sua pequena safira ainda tinha muita coisa para enfrentar e umas dessas coisas seria aqueles que consideravam sua família.

- Safira Lincoln, seu futuro em si é grandioso, mas seu caminho até ele será de pedras e sangue. - Ela disse com um certo pesar na voz. - Mas será necessário, minha querida, por que só assim você conseguirá ser feliz, e sua felicidade terá um preço muito alto a ser cobrado.

Abro os olhos assustada com aquele sonho ou visão do que estava por acontecer ainda, parecia que eu estava lá, no momento que aquela profecia havia sido dita para mim pessoalmente, mas eu sabia que não era isso que acontecia, quando tive meu destino foi traçado á mil anos atrás eu sabia que nada mais seria como antes, nem mesmo um segundo se quer. Suspiro levantando da cama indo em direção a cozinha para beber um copo de água e acabo encontrando Jade parada olhando para a janela como se estivesse hipnotizada, me aproximo dela fazendo ela olhar para trás assustada com a minha aproximação.

- Safira.

- Você está bem? parecia preocupada com algo. - Digo pegando um copo com água da torneira e tomando um gole. - Como se estivesse hipnotizada.

- Eu sinto que algo está para acontecer, algo grandioso. – Olho para ela confusa. – Uma coisa pela qual o mundo já estava esperando.

- Como assim?

Ela me olhou com um certo olhar de pena, dou um passo para trás olhando automaticamente para a lua cheia lá fora e então eu soube, que algo era esse que iria acontecer, algo grandioso que o mundo já esperava para acontecer a vários milênios.

- Eu só sei que tudo vai mudar, minha amiga. - Ela coloca a mão no ombro dando um sorriso sincero. - Sua jornada enfim terá um fim, eu só não sei se um final bom ou um final ruim.

Jade não estava falando coisa com coisa, mas uma algo parecia certo, eu enfim teria paz, parecia que o tempo de cumprir a profecia estava cada vez mais próximo, mas a questão é: eu estou mesmo pronta para o que está por vim?

Mil Anos Para Amar - Mil Anos  ( Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora