"Uma loba branca amaldiçoada encontrará seu companheiro pela tatuagem de dragão que ele carrega em seu braço, mas enquanto isso não acontecer os dois sofrerão o vazio de estarem longe um do outro; sua dor será a dor dele, sua alegria será a alegria...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Durante alguns segundos tudo ficou congelado no ar, como se tivéssemos em câmera lenta ou petrificados no lugar, Emma olhava fixamente para onde a minha mão estava sendo segurada pela de Andrew como se ainda não tivesse acreditando que ele tinha mesmo feito aquilo, aquele era um sinal claro que ele tinha feito a sua escolha e ela, a mãe da sua filha e companheira de todos esses anos não tinha sido a escolhida, era uma declaração absurda. Tento soltar a mão dele para manter uma distância segura dos dois quando a briga começasse, mas Andrew segurou minha mão com força impedindo que fugisse, foi quando percebi que até ele e com medo do que iria acontecer.
— Como pode fazer isso?! — Emma pergunta com raiva chamando atenção para ela novamente.
— Emma, você sempre soube que isso estava destinado a acontecer algum dia. — Mesmo com seu tom de voz calmo era possível perceber seu nervosismo pela forma como ainda segurava minha mão. — Você nunca foi a escolhida pela deusa para ser minha companheira, sinto muito, mas sempre foi Safira.
— Eu sou a sua esposa e a mãe da sua filha! — Pisco algumas vezes confusa, ela está mesmo usando a filha para prender um homem a ela? — Não pode escolher uma mulher qualquer e esquecer da sua família.
— Não estou esquecendo de nada, você sempre vai ser a mãe da minha filha, minha herdeira, mas você não é mais a minha mulher. — Engulo em seco quando Emma dá um passo na nossa direção, mas não abaixo a cabeça para ela. — Assine o papel do divórcio próxima semana, será melhor assim.
Ela ainda ficou olhando com raiva para ele durante alguns segundos até perceber que não iria conseguir fazer ele mudar de ideia, voltou sua atenção para mim, seus olhos azuis me encarando com frieza, sinto um arrepio passar por todo meu corpo fazendo com que eu desse um passo para trás por instinto, eu reconhecia aquele olhar de algum lugar e isso me deixava apavorada.
— Estou farta de você sempre ter tudo que é meu, princesa. — Consigo soltar minha mão da mão de Andrew ficando de frente para Emma, agora só havia eu e ela junto com a sensação de já ter vivido isso antes. — Mas escute minhas palavras com atenção, quando a lua de sangue chegar tudo que é seu será meu para sempre, nem que para isso eu precise uma adaga no seu coração cravar.
Meu coração bateu mais forte com aquela frase, o desespero tomou conta de mim, eu não podia deixar ela fazer isso comigo, de novo não, com passos cambaleante me afasto deles querendo sair daquela casa o mais rápido que eu conseguisse, escuto Andrew chamando por mim, mas não dou atenção a ele e começo a correr. Assim que sair da casa me vi rodeada de árvores, continuo correndo querendo chegar no conforto e segurança da minha casa, mas uma coisa chama minha atenção, essa floresta está mais densa que antes é suas flores estão desabrochando sendo que estávamos no outono, paro automaticamente olhando ao redor, as árvores estavam mais novas e até mesmo o ar estava diferente como se algo estivesse faltando, oque está acontecendo?
— Senhorita Stuart? Senhorita, sua mãe está chamando para o almoço. — Uma voz falou ao longe atraindo minha atenção, eu conhecia esse sobrenome. — Senhorita, a família suprema já se encontra na mansão, precisamos voltar.
