capítulo 11

405 38 31
                                    

" Eu digo que não me importaria se você partisse
Mas toda vez que você está lá, te imploro para ficar
Quando você chega perto, eu simplesmente tremo"
( paloma faith only love can hurt )

Desde que vi Maria pela primeira vez eu sentia que conhecia ela mas não de ter visto em algum lugar por aí, mas sim de alma, é como se nossas almas se conhecessem antes de nós mesmo, é difícil explicar como me sentir quando lhe vi pela primeira vez

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Desde que vi Maria pela primeira vez eu sentia que conhecia ela mas não de ter visto em algum lugar por aí, mas sim de alma, é como se nossas almas se conhecessem antes de nós mesmo, é difícil explicar como me sentir quando lhe vi pela primeira vez.

Mas, agora depois dessa revelação, nunca em hipótese alguma imaginaria que minha música salvasse a vida de alguém de certa forma.

Por muito tempo eu pintei minha alma de preto, por anos me escondi em uma escuridão e não deixei mais que ninguém se aproximasse de mim ou que me visse.

Mas, Maria ela chegou de tal forma admirável, esse seu jeito único, falante, determinada a conseguir algo quando quer, toda distante para assunto do amor, conseguiu me enxergar no escuro, é como se eu estivesse dormindo por muito tempo e ela viesse e me acordasse, como se eu tivesse tendo um pesadelo e ela me acorda na pior parte e me salvasse.

Eu que pintei minha alma de preto, me vejo pintando a minha alma de branco, a cor da paz, pelo menos é assim que vejo essa cor.

Paz é tudo que não tinha e desde que ela chegou do jeito mais doido me trouxe paz.

Me levanto e peço sua mão.

— O que você tá fazendo? — Maria Franze o cenho.

Sorri pra  ela, meu sorriso mais aberto, o primeiro sorrio de verdade depois de dois anos vivendo em tanta tristeza.

— Vamos dançar, quero que hoje a noite seja uma criança.

Sinto um turbilhão de sensações.

Maria segura minha mão com delicadeza estudando meu rosto com certa surpresa.

Levo ela pro meio do bar e peço que o garçom toque uma música, qualquer uma que seja para um casal dançar, não que sejamos um, mas o que quero fazer é isso, algo de casal.

— Joel, é primeira vez desde que te conheci que você sorri assim, dessa forma. — sinto  sua voz tensa.

— Eu gostei de saber que o destino botou nós dois no mesmo caminho. — Peço permissão para me aproximar dela.

Sinto Maria estremecer quando passo  minhas mãos sobre seus braços, parando na cintura.

— Joel… — sua voz sai vacilante.

— Eu só queria dançar com você, me permiti? — Peço com carinho olhando em seus olhos, e novamente Maria para como todas as vezes e me olha, mas dessa vez é diferente porque eu paro também e nós dois estamos nos encarando, nossos olhos se encontram e sinto uma força em mim que faz eu segurar sua cintura puxando para mais perto.

Sinto vontade de beijar seus lábios avermelhados.

— Por quê você tá me olhando assim? — Maria pergunta.

Mordo os lábios.

—  Quero te beijar.  — sou direto, mas com cautela sei como Maria é em relação a esse tipo de envolvimento, mas sinto que comigo ela me permite se aproximar.

— Eu também, mas…

Me abaixo pra cheirar seu pescoço e beijar sua clavícula no lado, ela me empurra pra me afastar com delicadeza e com dificuldade diz:

—  Não sei transpor em palavras certas o que sinto por você, Joel. Mas, quando sua mão encosta em mim, minha inocência vai embora, você me desconcerta. — Maria parecia tremer de desejo tanto quanto eu desejo ela, mas não é só desejo tem algo rolando aqui muito mais que isso.


—  Se você quiser eu posso me afastar, eu respeito e sei seus limites, mas quero que saiba que tem algo em você que desde da primeira vez que te vi me inquieta, você me deixa abalado, as vezes acho que vou enlouquecer.

Sinto meu corpo todo esquentar.

Maria não diz nada, só me olha de uma forma que por muito tempo não sabia como era ser olhado assim, ela me enxerga de verdade, não um Joel amargurado e sofrido.

Chego mais perto, sinto que nossa respiração ofegante, meu coração está acelerado, e parece que sou um adolescente apaixonado.

Maria fecha os olhos, e me permito por alguns segundos admirar seu lindo rosto, passei meu polegar em seus lábios antes de beijar - lá.

E quando meus lábios beijam o dela tudo ilumina dentro de mim.

Sinto uma Maria vulnerável agora, sua guarda está baixa, estou indo com calma, lhe dando um beijo calmo e lento ao contrário do que eu queria lhe dar, um beijo forte com sede, desejo, e fome dela.

Mas, conheço seus limites, e não quero assustar, mas estou tendo outra descoberta.

Tudo que venho sentindo desde que Maria chegou, estou entendendo tudo agora.

E nesse beijo, calmo, doce e com carinho sinto que estou, louco, completamente apaixonado por ela, muito antes desse beijo acontecer.

Maria retribuiu o beijo na mesma intensidade que eu.

O beijo que salvou minha alma.

    
                             ///

Ajude no crescimento do livro, vote e comente é importante!

Coração Frio  ( Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora