capítulo 18

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A gente nunca entende o porquê das coisas, principalmente quando há sofrimento, mas eu te garanto, estamos onde necessitamos estar, passando pelo que precisamos passar para nos tornar quem devemos ser.
(Autor desconhecido)

Depois do susto que levei com Maria desacordada na neve, eu não quero mais perder ninguém nessa vida, pedie que dona izzy cuidasse de nevasca enquanto eu estivesse fora, vim visitar meus pais, depois de dois anos sem ao menos falar com eles estou ...

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Depois do susto que levei com Maria desacordada na neve, eu não quero mais perder ninguém nessa vida, pedie que dona izzy cuidasse de nevasca enquanto eu estivesse fora, vim visitar meus pais, depois de dois anos sem ao menos falar com eles estou aqui em frente a antiga casa que morei um dia, onde tive a melhor criação e os melhores momentos da minha vida, a casa está do jeito que deixei, cuidei bastante da casa dos meus pais para que futuramente tivessem morando em lar decente, a porta se abre e meu sai com o jornal na mão, são 10:00 da manhã, ele sempre fazia isso nesse horário pra ler as notícias, fico de longe observando e meu pai envelheceu mais, sinto vontade de chorar, minha mãe sai logo depois vai até ele dar um beijo em sua testa e sai pro jardim para regar as plantas dela, vou me aproximando em passos calculados, mãos trêmulas e vergonha de ter feito o que fiz, sem ninguém perceber estou atrás da minha mãe.

- Quer ajuda para regar as plantas? - digo no pé do ouvido dela, minha mãe se virou com seus olhos azuis como os meus arregalados.

Abraço ela forte sentindo seu cheiro o mesmo que sempre usou quando ainda era moleque.

- Querido, venha, o nosso filho voltou para a gente. - solto minha mãe e subo na varanda para abraçar meu pai e em seguida ela me abraça também e todos nós choramos.

- Perdoa, perdoa. - eu disse chorando.

Minha mãe e meu pai me chamaram pra entrar, eu disse que se eles não se importasse eu passaria alguns dias com eles, estava com saudades e precisava de tempo.

- Meu filho, eu vou fazer aquela comida que você ama, vou fazer sobremesa, irei fazer muitas coisas gostosas pra você, tá tão bonito meu filho. - minha mãe disse emocionada e muito feliz indo pra cozinha.

- A gente sentiu sua falta, meu filho, como estão as coisas? Seu trabalho? Sua vida? Sua saúde, conte tudo. - Meu pai disse apertando meu ombro, sentamos na sala pra conversar enquanto minha mãe foi para cozinha.

- Mãe, venha pra cá, depois de você ver isso, quero matar a saudade. - eu disse a ela.

- Deixa ela, Joel. Ela estava com saudades disso, agora me conta o que eu quero saber. - meu pai disse animado.

Respirei fundo, o dia seria longo.

- Estou bem pai, voltei a treinar de novo, estou levando a vida da melhor maneira possível, também toco nas horas vagas piano em um bar lá perto de casa, e faço móveis, exatamente como você pai. - lhe dou um sorriso.

- Mas não sou técnico - meu pai brinca. - E o seu coração? Como tá?

- Ah, pai, encontrei uma pessoa, tô gostando muito dela, foi ela que me fez voltar a ser técnico novamente.

- Ela quem? - Minha mãe entra na conversa.

- Nosso filho está apaixonado. - minha mãe diz com sorriso aberto, vejo que deixou ele feliz.

- Como ela é? - minha mãe quis saber.

Sacudo a cabeça rindo...

- Ela é luz, luz na minha vida, maior parte do tempo me irrita, me tira do sério, fala, gosta de falar - meu coração agita ao se lembra de Maria. - o nome é Maria, mas não estamos juntos.

- Ah, por quê meu filho? - Minha quer saber.

- Ela não tá pronta pra um relacionamento, ela tem uns problemas pra resolver, coisas do coração e do passado dela, já tentei me aproximar mas com ela tudo tem que ser com cautela.

- E você sabe o motivo? - Dessa vez meu pai quis saber.

- Ela veio do orfanato, não sabe quem é sua mãe, seu pai, ela acha que se a pessoa que botou ela no mundo foi capaz de abandonar ela, imagina o que outras pessoas podem fazer, resumindo. Ela não acredita no amor, pai.

- Fala pra ela que se ficar com você o que mais ela vai ter é um amor de mãe, cuidarei dela como uma filha, a propósito, filho dar um tempo, deixa ela sozinha um pouco, deixa sentir sua falta. - minha mãe diz o que eu já estava pensando em fazer.

Respiro fundo.

- É exatamente isso que estou fazendo, eu decidi me afastar mãe, deixei na mão dela.

- Tudo tem seu tempo, filho. - meu pai disse.

Eu passei o resto daquele dia conversando, revendo fotos, sai com minha mãe pra fazer comprar, usei o material do meu pai e fiz um banco novo e coloquei no Jardim, consertei algumas coisa na casa como meu pai já é um senhor de idade algumas coisas é difícil de fazer.

Passei dias na casa dos meus pais e todas as vezes que peguei o celular nem mensagem de Maria tinha.

Nenhuma mensagem.

Vou permanecer afastado, eu não quero sofrer.

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Coração Frio  ( Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora