Guilhermina, uma típica jovem de classe alta, no auge da sua beleza, acorda numa noite chuvosa, sem as suas lembranças, sem sequer saber algo sobre si mesma, e com um lindo homem loiro que se diz seu marido. Sendo guiada pela intuição, ela decide co...
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Capítulo 7 - Parte 2
Assim como já estou acostumada, sem ser nenhuma novidade, eu acordei na cama. Me surpreendi ao não ter sido acordada por Cassandra, me lembrando de tomar o remédio. Mas me surpreendi mais ainda, ao ver do lado da cama, na mesinha de cabeceira, uma bandeja com um lindo café da manhã pronto para mim.
Eu sorri num instante que vi, tentando apenas seguir em frente, sem focar nos acontecimentos da noite passada. Exceto por... aqueles beijos que recebi após admitir meus sentimentos.
Ao lado do café, tinha um bilhete, e nele estava escrito que hoje passaríamos o dia juntos, e que Jason deixou Cassandra ir para casa, como um dia de folga. Ele também escreveu para eu tomar os comprimidos além do meu café da manhã, pois ele estaria na piscina à minha espera.
Logo eu já estava com um lindo vestido curtinho e florido, percebendo como meu cabelo, especialmente hoje, parece mais bonito, além de com leves cachos. Usando um perfume suave, eu segui até a piscina, na parte de fora da casa, ouvindo uma movimentação na água.
Meu sorriso se alarga no instante em que me vejo na borda da piscina, vendo Jason nadar como um profissional de um lado para o outro. Também com um sorriso, ao perceber a minha presença, Jason tira seu óculos de natação e logo vem na minha direção.
— Você fica muito bem nadando! — Brinco, me agachando enquanto o mesmo se aproxima.
— Pois é! Que pena que eu não posso ter a mesma visão de você. — Diz ele, me lançando uma piscadela.
Sinto o meu rosto esquentar, tentando não levar meus pensamentos a um cenário safado ao imaginar nós dois de biquíni na piscina. Por isso mudo de assunto.
— Eu digo... sobre como você nada, afinal, é o seu sonho se tornar um atleta de natação, não é?
Com o cenho franzido, Jason passa a mão pelo cabelo molhado, me fazendo pensar no quão sensual isso parece.
— Era. Era o meu sonho. Mas não mais, inclusive é algo que não posso mais realizar.
— Por que você diz isso? — Com as mãos passando pelo seu cabelo, eu pergunto.
— Nada demais, só... algumas complicações que tive. Mas me responde uma coisa, Como sabia disso?
Franzo o meu cenho, dando de ombros ao perceber que não tenho uma resposta para sua pergunta.
— Eu só... sabia. Talvez seja pelo mesmo motivo que você falou ontem lá na lanchonete. Eu me pergunto o que mais eu não esqueci, que não sou capaz de lembrar.
Veja o Jason franzir o cenho, revelando que a mesma dúvida paira sobre a sua mente.
— É, eu também me pergunto...
Mordendo o lábio inferior, eu observo Jason, tudo o que torna o seu rosto tão perfeito. Mas há algo da noite passada que me deixa intrigada. E eu cruzo os meus braços.
