• Capítulo 24 •

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PARK JIMIN

TRIBUNAL SUL COREANO- ATUALMENTE

—Hyuk, você está sendo condenado pelo sequestro de Park Jimin e pelo assassinato do Padre Tomás!—o Juiz disse enquanto organizava alguns papéis.—Está ciente de tais acusações?

—Sim!—Hyuk respondeu simples.

Ele não tinha uma expressão de arrependimento, do contrário, ele sorria.

—E confessa todos os seus crimes?

—Sim!

—Não sente arrependimento?—o juiz perguntou com uma expressão séria.

—Eu faria tudo de novo!—ele reafirmou com um sorriso.

  Todos do tribunal ficaram chocados, o xingavam e o repudiavam. Jungkook estava sério, mas via a raiva em seu olhar. Eu não sabia muito bem o que sentir, mas queria que ele pagasse por tudo que fez a mim!

—Irei ler a sentença do veredito, todos de pé!—o Juiz disse em alto e bom som.

   Todos ficamos de pé, senti a mão de Jungkook entrelaçar na minha me dando força para o momento.

—O réu foi declarado culpado de todas as acusações, e será sentenciado a prisão perpétua na cadeia de segurança máxima da Coreia do sul!—o Juiz disse e logo depois bateu o martelo.—Sessão encerrada!

Esperamos o juiz sair, e vimos os policiais levarem Hyuk que saia com um sorriso no rosto. Eu nunca vou entender as motivações de alguém como ele, mas tomara que ele tenha uma péssima vida daqui pra frente!

  Senti as mãos de Jungkook me puxarem para um abraço apertado. Finalmente eu estava seguro.

—Vou cuidar de você!—ele disse em meu ouvido.—Vou cuidar para sempre de você!

—Eu dou trabalho em!—disse rindo.—Muito trabalho!

—Eu dou conta do recado!—ele disse piscando para mim.

  Depois fomos para a minha casa, tomei um banho e joguei as roupas que usava fora, não queria me recordar de nada!

  Coloquei um pijama e calcei a minha pantufa. Eu estava sozinho em casa, mas não me sentia sozinho. Estava me sentindo livre e seguro, e só queria que os meus pais estivessem aqui comemorando comigo. Resolvi passar o dia sozinho, fazendo coisas que eu gostava, um tempo comigo mesmo, somente o Park Jimin.

  Escolhi uma coletânea de filmes antigos que eu gostava, pedi minhas comidas preferidas e levei travesseiros e cobertores para a sala. Coloquei uma máscara de skin care no rosto e um filme. Peter Pan, do ano de 2003. O meu preferido! O filme começou e um déjà vu surgiu no mesmo instante.

   A primeira vez que eu assisti esse filme era apenas uma criança, me apaixonei completamente pelo enredo e pela paixão dos personagens. Amava a ideia de haver um lugar onde eu não iria crescer e seria sempre o garotinho mimado dos meus pais. Era realmente um sonho, talvez em outra vida, certo?

  As comidas chegaram e eu as recebi, coloquei tudo em tigelas separadamente  na mesa central da sala. Havia sushi, natchos com chilli e refrigerante, de fato minhas comidas preferidas. Dei play no filme novamente e me sentei, a comida estava deliciosa, e eu não poderia imaginar um dia melhor que esse!

—Seria interessante não crescer, certo Peter Pan?

   Jungkook tinha muitas coisas para resolver no trabalho já que não queria trabalhar mais como ator pornô. Então mandei mensagem para Hobi e Chae-won, eu os tinha afastando durante toda esse chuva de problemas, não queria que eles se machucassem. Eles responderam rapidamente, falando que sentiam saudade e tudo mais, passei meu endereço e eles disseram que viriam em breve me visitar.

O filme acabou e eu coloquei outro. Passei a noite inteira assistindo filmes aleatórios e me divertindo sozinho. Taehyung mandou mensagem e disse que assim que chegasse iria me fazer uma visita, Colt disse que viria também, mas ainda não sabia quando. Jungkook não respondia as mensagens, então apenas desliguei a internet e continuei a minha noite até adormecer.

  Acordei com a luz do sol entrando pelas janelas de vidro. A TV ainda passava alguns filmes aleatórios sozinha, a desliguei e comecei a recolher todo o lixo da noite passada. Eu nem sabia que poderia comer tanta coisa assim!

Limpei tudo e deixei tudo organizado e brilhando, fui até o quarto e tomei um banho, coloquei outra roupa e me sentei no sofá novamente, liguei a TV no noticiário e o que eu menos esperava apareceu.

"Hoje, foi descoberto debaixo da igreja do centro, diversos corpos de meninos. Algumas vítimas que conseguiram escapar das mãos sujas do tão amado Padre Tomás, contaram tudo sobre as sessões de tortura que o mesmo realizava com os jovens que serviam a igreja. O mesmo foi morto por Hyuk, maníaco que sequestrou Park Jimin. Os corpos foram retirados da igreja e levados ao necrotério, para que a família lhes dê o descanso adequado. Meus sentimentos a todos os familiares!"

  Meu deus! Aquele maldito filha da puta! Ele era um maníaco! Eu sempre achava que os coroinhas apenas haviam saído da igreja, mas na verdade estavam enterrados embaixo da igreja! Fiquei digerindo aquelas informações durante um tempo, sem acreditar!

A campainha tocou e eu fui até a porta, olhei no monitor e vi Chae-won e Hobi na porta, esperando ansiosos. Abri a porta com pressa e eles me olharam assustados.

—O que foi?—perguntei confuso.

—Ai meu Deus Jimin!—Chae-won disse me abraçando forte.—Que bom que você está vivo! Você passou por tantas coisas!

—Estou bem agora!—disse sorrindo.—Se me abraçar mais forte irei sufocar!

—Deixe que ele respire!—Hobi disse gargalhando.

Ela me soltou e eu me virei para Hobi. Ele me encarava com os olhos cheios de lágrimas.

—Não vale chorar!—disse rindo.

—Sabe a preocupação que eu passei? Tive que me humilhar para Jungkook ficar me dando notícias suas!—ele disse batendo no meu ombro.

—Estou aqui, certo?—disse abrindo os braços.

—Graças a Deus, Jimin!—ele disse me abraçando e se derramando em lágrimas.—Não suma assim mais, eu sou asmático!

—Certo, certo!—disse rindo.—Vamos entrar, temos muito o que colocar em dia!

  Eles entraram e se sentaram no sofá, peguei um suco e lhes dei, estavam eufóricos para contar tudo que aconteceu nesse meio tempo, mas antes que pudéssemos conversar sobre isso, a campainha tocou novamente.

—Eu não lembro de ter chamado ninguém!—disse confuso ao me levantar.

Fui até a porta e olhei no monitor.

—Yoon?— que? Meu primo Yoon? Achei que ele não viria mais depois do acontecimento com meus pais. Abri a porta e ele sorriu sem graça.

—Oi?—disse sorrindo confuso.—Você veio bem depois!

—Desculpe, eu tive que fazer trabalho voluntário por pixar a escola!—ele disse cabisbaixo.—Sinto muito pelo titio e a titia! Meus pais vem no mês que vem para ver você!

—Certo, pode entrar, sinta-se em casa!

Afinal de contas, eu ainda tinha família, certo? Que alívio!

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Penúltimo capítulo para aquecer o coração de vocês!

Beijos beijos ♥️♥️

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