Meu doce Ator Pornô | JIKOOK |

• Parte onze- Final•

Capítulo dedicado a: annesantos1990

 Feliz aniversário! ♥️♥️

•

PARK JIMIN

   Durante toda a minha vida eu tentei agradar as pessoas, dei o meu máximo, a única coisa que fiz verdadeiramente pra mim foi lutar para continuar vivo. Tive que tomar algumas decisões nos últimos meses que me beneficiariam, e sair da minha zona de conforto diversas vezes, e eu nunca reclamei sobre o que me fizeram passar. Hoje eu sou um Jimin diferente, é claro! Mas precisei passar por muitas coisas pra chegar onde cheguei. Infelizmente, tem coisas que eu não posso salvar, e tive que entender isso com o tempo, pois caso contrário eu só me desgastaria mais ainda. 

   Não posso dizer que entendo a decisões que meus pais biológicos tomaram, mas posso oferecer meu perdão. Um perdão leve, mas que só consegue se manter se nossos laços forem cortados. Esse era o único tipo de perdão que eu poderia oferecer a eles. 

—Jimin?

 Olhei para trás e algumas memórias passaram pela minha mente. Vi Jungkook vir correndo ao lado de Eckrem, mas eu não deixaria que eles lutassem minhas batalhas de novo, agora eu seria um líder, e teria que enfrentar meus demônios. Levantei uma mão, insinuando para que eles não se aproximassem e eles pararam de se aproximar. Olhei para os meus pais e respirei fundo, gravando pela última vez seus detalhes.

—Filho, viemos te pedir perdão e...

—Certo, eu perdoo vocês!—disse simples. 

—O que?— ouvi Eckrem dizer.

—Amor?— Jungkook chamou.

—Obrigada meu filho, obrigada!— ela disse vindo em minha direção, mas parou assim que eu dei um passo pra trás.—O que foi filho?

—Eu perdoo vocês, mas não os quero presentes na minha vida mais!— disse sorrindo fraco.—Entendam, eu tenho uma família agora, e vocês não cabem mais na minha vida! Eu sou grato por terem me criado, mas este é o único perdão que eu posso oferecer. Peço que compreendam, eu tenho filhos e pretendo protegê-los com unhas e dentes, então se contentem com esse perdão!

  Eckrem e Jungkook me olhavam atentos sem saber o que dizer, até que Yuna se aproximou. Ela usava um vestido azul cintilante, sapatilhas azuis para combinar e um laço na cabeça. Ela puxou meu terno, pedindo colo.

_Papai, eu quero docinhos, mas eles estão na torre de doces e eu não alcanço, pode pegar pra mim?—ela disse assim que a peguei no colo. 

—Claro minha princesa, tudo que você quiser!— disse beijando sua bochecha.—Se me dão licença!— disse me retirando. 

  Eles não vieram atrás de mim, pelo contrário, Jungkook me disse que apenas sorriram e foram embora. Meu pai Eckrem sempre disse que algumas pessoas são como são e não podemos fazer nada para mudá-las, que não está em nosso repertório. Pessoas são mundos, e as vezes precisamos compreender que esses mundos estão em caos. Não é nossa obrigação tentar salvar alguém que não quer ser salvo, as vezes a única pessoa que precisamos salvar somos nós mesmos, e entender isso faz a vida ser um pouco mais leve. 

  Logicamente eu não sou mais o mesmo Jimin que tinha cinco anos de idade e acreditava em contos de fadas, mas eu não posso dizer que não gosto desse novo Jimin. O Jimin de cinco anos provavelmente enlouqueceria se falassem pra ele que seus heróis não eram heróis afinal de contas, e com toda a certeza negaria diversas vezes se contassem que nos casamos e somos donos de uma máfia. Mas sei que ele seria compreensivo o bastante para aceitar as mudanças que nos foram impostas.