05 | Ela foi feita para mim?

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Harry

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Harry

Um grupo de seis músicos estava tocando uma música lenta quando a puxei para mim. Seus quadris se moviam naturalmente ao som da música, nenhum pensamento complexo, simplesmente nos movíamos juntos por toda a pista de dança improvisada, e ela ria baixinho em meu ouvido. O resto da sala ficou indistinta, eu tinha uma vaga ideia de que havia outras pessoas dançando, e de alguém em algum lugar brindando alguma coisa, mas naquele momento a única coisa com alguma definição era Catherine. Não havia nenhuma amarra, nenhum limite, apenas eu e ela.

Seus olhos me sondavam. Me inclinei e apertei o braço ao redor de sua cintura. O pescoço de Catherine estava ao alcance dos meus lábios, sua fragrância devastadora como fogo. Seus braços me enlaçaram com mais firmeza pelo pescoço, nos aproximando ainda mais.

— Catherine. — Meus olhos acompanharam de leve o formato de meus lábios. — Eu receio que tenho que te deixar por enquanto. Alessandro exigiu que eu cantasse...

Catherine deu uma risadinha. Sorri com ela.

— Parece que um filme de terror está esperando para acontecer — comentou com um sorriso sacana dançando em seus lábios.

— Vejam só, agora sei mais uma coisa sobre você. Você é uma criatura cruel.

Ela caiu na risada, como se eu tivesse acabado de contar a piada mais engraçada do mundo. Ela não conseguia parar. E falou às gargalhadas:

— Desculpe pelo comentário idiota.

— Só vou te perdoar se estiver na primeira fila. E nada de tampar os ouvidos.

Uma eletrônica esquisita está tocando enquanto eu caminho através da multidão e faço o meu caminho para o canto onde sei que vou encontrar o pessoal da banda.

— Harry! — Alguém grita. Eu olho para cima e aceno para um homem de pé com seus amigos perto de um pilar. Mas continuo andando. Mãos tocam minhas costas e algumas pessoas dizem oi, mas principalmente eu vejo todo mundo se movendo, o riso rivalizando com a música enquanto telas de telefone aparecem e os flashes acendem ao redor de mim.

Eles estão exatamente onde eu pensei que estariam, sentados em sofás no canto. Alessandro está bebendo vinho enquanto conversa com os membros da banda que seriam meus parceiros desta noite.

Era a primeira vez que faria um show, embora pequeno comparado aos outros, depois do hiatus da One direction. Seria a primeira vez que apareceria num palco sozinho.

— Tudo bem, estou aqui — Eu me inclino para a mesa, pegando os cabos do microfone que um deles deixou derramar bebida em cima.

...

As paredes do lugar se reverberavam com o poder de nossos instrumentos amplificados. Os pratos metálicos vibravam enquanto a caixa da bateria emitia sons graves e curtos. A guitarra entoava alto uma melodia complexa e o baixo fornecia um cenário firme no qual podíamos pintar nossa obra-prima musical.

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