14 | O leilão

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Catherine

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Catherine

— O evento desta noite é para arrecadar fundos através de um leilão para a ajuda humanitária da Agência das Nações Unidas para Refugiados. A Vogue todo ano participa — Digo para Harry enquanto observo de forma atenta a forma que ele dirige.

— Bela causa.

— Sim, mas não se engane. Usaram isso como pretexto para dar uma "brincada" — Harry me olha confuso, mas me senti na obrigação de alerta-lo — Você vai entender quando estiver lá. 

—  Você sempre leva um acompanhante a esses eventos?

—  Sim. Seria vergonhoso ir sozinha.

— Espera — deixou escapar quando virou à direita — Você não me disse o que vai ser leiloado.

O carro parou em frente a um dos vários arranha-céus da Park Avenue. Olhando para fora, vi o manobrista esperando na calçada.

—  Você — respondi de forma simples e direta. Harry inclinou a cabeça, sustentando meu olhar.

— Eu vou ser leiloado? —  Perguntou ele, e uma voz selvagem que fez meu braço arrepiar.

—  Exato. Está noite as mulheres darão lances para os homens leiloados.

Com os olhos ainda mais arregalados Harry abriu a porta do motorista e deu a volta no carro enquanto eu tentava – sem sucesso – me recompor da crise de riso. Harry fez um gesto indicando ao manobrista que não abrisse minha porta, porque ele mesmo abriu.

— Eu sinto muito Harry, mas foi você quem insistiu em vir. Eu não iria te trazer — Tento interromper minha risada, mas estava impossível — Mas você pode ficar tranquilo, imprensa e celulares são proibidos. Ninguém vai ficar sabendo.

— Você vai pagar por isso — Respondeu ele simplesmente antes de me ajudar a sair do carro e me guiar em direção ao terraço onde tudo aconteceria. Eu conseguia sentir o calor de suas palavras pousando diretamente entre minhas coxas.

Fomos recebidos com uma taça do espumante mais delicioso que eu já tomei. Todos os olhares das socialites e de minhas colegas de trabalho se congelaram em Harry. Pareciam olhos famintos, eu o havia arrastado para um covil de lobas famintas.

— Estou muito feliz por encontrar você, Catherine — disse com um sorriso Angela, mulher de um dos empresários mais ricos de Nova York e amiga intima de Anna. Ela parecia extremamente feliz com a novidade de leilão. Chega de modelos, agora temos estrelas da música! — Principalmente com um acompanhante tão ilustre.

Senti meu rosto ficando quente, mas um gole de espumante me ajudou a disfarçar.

—  Então, me conte — disse Angela, quase fazendo um biquinho — Harry também vai participar do leilão deste ano, imagino?

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