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— NINA?!!

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— NINA?!!

Meu corpo inteiro estremece quando ele solta esse rugido que com certeza o casarão inteiro escutou, mas eu não posso demonstrar fraqueza agora. Portanto, viro-me de costas para aquela porta assim que ele dá o primeiro chute violento e miro os meus olhos no horizonte. Seja forte, Nina, seja forte! Mais dois chutes e a porta se abre com uma violência tão brusca que se impacta com força contra uma parede. Em seguida, vem o som da sua respiração. Ela está tão pesada e ofegante, que se pode comparar ao som de um touro em fúria diante de um pano vermelho, que acena provocante para ele. Permaneço de costas para ele e em silêncio, dessa forma ele jamais perceberá que estou com medo. Porque sim, estou com muito medo de que o que eu fiz tenha libertado um monstro, ou apenas o senhor todo poderoso. E credite, o senhor poderoso seria mais fácil de lidar.

— Que porra você pensa que está fazendo? — Ele brada adentrando ainda mais o quarto. — Não brinque com fogo, Nina, porque paciência tem limites! — Fecho as mãos em punho e respiro fundo buscando coragem para olhá-lo nos olhos, pois agora eu sei que não liberei o seu monstro interior ainda.

— É agora que você me manda de volta para a minha casa? — indago cinicamente. Cacete, isso é o que eu chamo de brincar com a morte, Nina Guerra! Penso quando aquela locomotiva desgovernada começa a andar na minha direção e antes que eu consiga me afastar para longe dele, a sua mão extremamente forte segura firme na minha garganta e o meu corpo é chocado firmemente contra uma parede. O seu olhar furioso se firma no meu e a sua respiração queima a minha pele sem piedade. Seguro a sua mão com força em busca do meu ar e da minha liberdade. Eu preciso fugir, pedir socorro, porém, quanto mais eu puxo a sua mão, mas ela aperta a minha garganta.

— Não. Essa é a parte que eu te dou uma boa lição. — Oi? O que ele quer dizer com isso?!

— Como assim? — A sua face se aproxima ainda mais da minha e mais uma vez eu tento escapar do seu agarre. Contudo, Thor me puxa bruscamente para a cama, se senta na beirada do colchão e com um movimento rápido, ele me faz deitar de bruços sobre as suas pernas.

— O que você vai fazer?! O que você vai fazer?! — berro me debatendo, quando ele afasta a minha roupa e uma palmada forte na minha bunda nua faz a minha pele arder.

— Dar a surra que você nunca levou na vida! — rosna furioso e outra tapa provoca outra ardência.

— Para com isso, seu maluco escroto do inferno! — grito, mas ele não para e uma sequência de palmadas vem logo em seguida. — Thor, me larga! Para com isso! Para! — berro ainda mais alto, porém, ele continua e eu começo a chorar. Só então ele para e constrangida, eu saio do seu colo, afastando-me como o diabo foge da cruz. O meu olhar encontra o seu. Sim, estou furiosa, chorosa e puta da vida. Ele se levanta e volta a caminhar para perto de mim outra vez. Contudo, não recuo e nem desvio os meus olhos dos seus.

— Qual parte de que você é minha ainda não entendeu, hã? — Sua voz áspera rasteja pela minha pele e penetra nos meus tímpanos como se tivessem mil agulhas. — Pensou mesmo que me provocando desse jeito voltaria para a sua família? Pois não vai! — Pela primeira vez as minhas lágrimas se derramam diante de um superior e eu me amaldiçoou por isso. — Aqui você só tem dois caminhos para seguir, Nina. Um, tornar-se a minha esposa linda submissa, ser o meu valioso troféu e baixar a porra dessa sua crista. Ou dois, você pode ir trabalhar para mim até pagar a porra da dívida com os Guerra, para obter a sua tão sonhada liberdade. E acredite, eu estou sendo bonzinho demais com você. Mas como falei, a minha paciência já está no limite. — Diante dessas palavras eu paro de lutar e mais lágrimas escorrem pela lateral do meu rosto. Seus olhos seguem as minúsculas gotas e ele ergue uma mão para deslizar pela pele molhada.

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