31. Humanitária

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Paola Kendrick
Recanto Kendrick-Jackson, Londres
3 de julho de 2009, 15:21

 "É um dia de alegria para todos os fãs de Michael Jackson do mundo. Foi desmentido a notícia que Michael estava morto por uma overdose. Hoje eles passaram o dia todo cantando em frente a casa do astro pop. Eles deixaram os funcionários entrar e sair da propriedade sem problemas e não pararam de cantar por nenhum segundo. Uma das fãs nos disse: Estamos aqui para celebrar a vida de Michael. Agradecer e o apoiar."

— Eles são afinados — sussurro enquanto leio a matéria desmentindo a notícia falsa. As vozes dos fãs de Michael está me relaxando bastante. E eles tem motivo para ficarem felizes. Descobrimos que Conrad vendeu a notícia falsa para os jornais e ainda realizou uma falsa ligação para emergência. Ele será processado e se Deus quiser ele será preso.

 Abaixo meu jornal e encaro Michael, que está sentado no chão da nossa sala montando um quebra cabeça enorme com as crianças. As crianças e ele estão usando um pijama combinando. É inteiramente vermelho. Me levanto e deixo o jornal em cima da poltrona que fica ao lado da janela que vai de um lado a outro da sala.

 Por sorte, nossa sala fica bem longe do portão. Fica do outro lado da casa e a visão que temos aqui é a do jardim. É uma sala de estar bem aconchegante. Existe uma abundância de luz natural que flui das generosas janelas, os móveis são requintados. A casa é cheia de enormes portas deslizantes, portas duplas, etc. Meu quarto tem uma elegância a mais, se parece com um quarto de hotel francês, pra ser sincera a casa toda é assim.

 Dei uma olhada no quarto das crianças e está tudo perfeito, eles adoraram. Com Michael fui até o estúdio de dança e ao estúdio de gravação. Ele ficou encantado e empolgado com os dois.

 Ao entrar no banheiro do nosso quarto me surpreendi, ele é completamente em mármore italiano, é lindo e exala luxo. Temos dois closet, um fica ao lado direito e o outro do lado esquerdo do quarto. O meu fica no lado direito e o de Michael no lado esquerdo. Todas as nossas coisas já foram acomodadas e está tudo na perfeita ordem me dando uma certa paz. Há alguns minutos tomei um belo banho no meu banheiro enorme. Tem dois chuveiros um dos lado do outro e eu adorei, vou tomar banho com meu amor, é apenas um passo de distância um do outro. Também tem uma banheira do outro lado do banheiro. E essa banheira é enorme e é muito igual à banheira de hidromassagem que vi em Neverland.

 Fiona acertou em tudo e eu estou muito satisfeita com a casa. Ela realmente é a minha cara. Graças a isso constatei o que eu já desconfiava, Michael e eu temos os mesmos gostos. Ele também ficou encantado pela casa. É uma casa grande, bem dividida e muito elegante. O que mais está me chamando a atenção é o fato de ela ser cheia de janelas. Ela sempre estará iluminada e eu amo lugares iluminados, me sinto mais segura e feliz. Não sei bem explicar o porquê.

— Vou fazer um lanche para aquelas crianças lá fora — aviso para não pensarem que evaporei misteriosamente.

— Espera, quê? — Michael pergunta um pouco impressionado. Me viro para o encarar — Você vai pessoalmente preparar lanche para 200 pessoas?

— Sim, eu vou preparar lanches para as pessoas que estão felizes desde às 13h porque seu ídolo está vivo! — a satisfação é visível em seu rosto.

— Posso ajudar? — pergunta baixinho. Assinto e começo a andar até a porta. Michael me alcança e juntos seguimos para a cozinha.

20:19

— Ainda falta alguém? — pergunto para Warren que está na porta dos fundos, ele é quem entrega o que fica pronto. Abrimos os portões para os fãs entrarem e pegarem seus lanches aqui na porta da cozinha que dá no jardim. Todos são tão comportadinhos, eles sozinhos se organizaram e fizeram uma fila para pegar suas refeições. Eles pegam e saem, isso é uma fofura.

— Umas vinte pessoas! — Wayne diz ao se aproximar de mim. Ele traz com ele mais vasilhas de plástico que ele teve que sair para comprar mais. Enquanto isso, Michael abraçado com algumas pessoas conversa com seus fãs tranquilamente lá fora no quintal bem pertinho da janela da cozinha, onde posso ficar de olho. Algumas pessoas estão chorando e outras estão apenas aproveitando o momento para perguntar tudo o que sempre quiseram saber.

— Tire as novas vasilhas das embalagens e lave por favor Wayne e Nona! — Fiona deixa a panela de legumes e vai fazer o que pedi. Estou refogando o tempero para fazer mais salada de frango desfiado na enorme panela que quase toma conta do fogão. Decidi fazer o que o ídolo deles mais tem comido e até agora só recebi elogios. Decidi dar um jantar para eles em vez de lanches porque eles estão lá fora à base de pizza desde ontem. Essas coisinhas precisam de muito mais que pizza.

22:31

— Tchau meus amores, vão com Deus! — me despeço dos últimos fãs que estão entrando agora no carro. Wayne vai os levar para o aeroporto. Eles três vão ser levados para casa, moram por aqui em Londres. O restante moram um pouco mais longe, então, os táxis pagos por mim vão os levar para casa que é um pouco mais longe em segurança. Alguns tive que comprar passagens porque eram de outros países, enfim. Deu tudo certo.

 Enquanto estou aqui esperando o carro sair, a imprensa está sendo servida agora mesmo por Warren e Fiona. Estamos entregando as vasilhinhas com comida para eles que também estão aqui desde ontem, bem, isso segundo um dos cinegrafistas.

 Ao todo são mais de cinquenta contando com jornalistas e equipe. Claro que também estamos servindo os 13 paparazzis. As vasilhas são em um plástico grosso transparente com tampa transparente, elas são 20x20, são até grandinhas e cabe muita coisa.

 Alguns dos jornalistas decidiram se sentar na calçada para comer. Foi distribuído colheres de prata com as vasilhas com comida. Eu me esqueci de mandar Wayne comprar colheres, então, tive que dar as minhas. De jeito nenhum eu iria dar colheres de plástico. Devemos dar ao próximo o nosso melhor sempre. Temos que tratar a todos da maneira como gostaria de ser tratado. Foi isso que aprendi ao longo da vida e é isso que ensino ao meu filho desde sempre.

— Muito obrigada, Paola, está magnífico! — uma das jornalistas fala ao se sentar em minha frente na calçada, ela posiciona sua garrafinha de refrigerante bem pertinho dela assim como os outros e volta a comer. A coitada estava comendo em pé por vergonha de se sentar no chão, mas, parece que isso ficou pra lá.

— Imagina, se precisarem de mais comida, refrigerante ou água, é só pedir e o pessoal traz pra vocês! — em seguida abro um sorriso largo a todos e entro. Ando os cinquenta passos até a porta principal e adentro em casa. A essa hora Michael já deve ter colocado as crianças para dormir.

 Foi um dia cheio para todos nós, até as crianças ajudaram a distribuir as garrafinhas de água e refrigerante. Foi o primeiro contato dos filhos de Michael com os fãs dele assim tão de perto e sem máscaras ou tecido cobrindo seus rostos. E não eram 200 pessoas como pensávamos, era muito mais, porém, deu tudo certo no fim.

Best Of Joy | Michael JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora