12. Guerra

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Paola Kendrick
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 A grama gelada embaixo de mim. O céu azul e sem nuvens me relaxa. Escuto o som do mar. A brisa. Ao longe se escuta crianças rindo. Olho para o meu lado esquerdo. Realmente tem crianças correndo com uma mulher de cabelos castanhos e vestido branco. Ela tem um sorriso radiante e uma risada escandalosa... Espera. É Pilar? Sim, é Pilar! Abro um sorriso ao notar que não estou sozinha nesse lugar. Fecho meus olhos e suspiro.

Para todas as crianças perdidas — escuto a voz de Michael bem pertinho de mim. Abro meus olhos e viro a cabeça para o lado direito onde ele está deitado. Ele se senta e logo após volta a se deitar, mas, dessa vez de lado. Apoiado em seu cotovelo esquerdo, ele me encara com carinho.
Esta é para todas as crianças perdidas
Esta é uma para todas as crianças perdidas, desejando-as o bem
E desejando-as um lar
— ele abre um sorriso radiante. Seus cabelos estão lisos e ele está com uma carinha tão fofa de que está em paz.

— Você fez alguma maquiagem? Não que eu esteja falando que naturalmente você não é perfeito, mas, nossa, que lindo! — Michael começa a rir e olha para cima. Ele se deita ao meu lado e eu escuto ele respirar fundo.

— A felicidade nos deixa com uma aparência saudável — ele diz tão tranquilo. Sua voz é tão mais calma do que tenho escutado. Ele geralmente está usando um tom mais firme e encorpado comigo.

— Por que você esta falando tão suavemente agora? Quase não fala assim. Só está falando mais grosso! — faço uma careta e ele ri mais alto.

— É que eu quero te impressionar, quero que me veja como homem! — ele se senta e olha para o céu novamente — Quando falo suavemente com as mulheres, elas querem ser minhas amiguinhas, eu não quero amiguinhas, quero alguém esquentando a minha cama! — ele ri um pouco mais alto.

 Me sento e o encaro. Ele está usando um terno branco. Está com um semblante tranquilo e nem parece ser o mesmo Michael. Toda boba eu o encaro, ele tem um magnetismo, não consigo parar de olhar pra ele.

— Foi três dias bem intensos não é? — ele pergunta — Você está fazendo muito bem pra ele — suspira... pra ele?

— É, nossos três dias tem sido intensos mesmo — abro um sorriso pra ele. Michael se coloca de pé e me chama com a mão para que eu o siga.

— Ele te contou que se apaixonou por você desde a primeira vez que te viu? Porque ele se apaixonou e ainda está apaixonado — ele segura um sorrisinho. É o jeito meio tímido dele que decidiu só se manifestar agora e por isso ele está falando dele mesmo na terceira pessoa? — Eu não devia revelar isso para você, mas, eu não me aguento! — estou vendo.

— Por que está se referindo a você mesmo na terceira pessoa? — pergunto calmamente enquanto me coloco de pé.

— Eu não quero te assustar, mas, eu sou o primeiro Michael Joseph Jackson e graças a mim, existe centenas de universos onde tenho o mesmo fim, vida agitada e uma vida mais tranquila que é raro! — okay, isso realmente é um sonho — Você não acredita não é? — ele sorri — 2009 é uma loucura não é? — Michael muda de assunto.

— Tenho a mente muito aberta, então, se quiser me explicar mais, vou adorar ouvir! — para ele enquanto o acompanho.

— Você é cativante, Paola, por isso ele te escolheu — sussurra entre suspiros. Para e me encara. Paro e mantenho meu olhar ao dele, mesmo que isso me deixe constrangida — Já pensou em dar um passo além com ele? Sei que é cedo, mas, como sabe que ele é ideal?

— Ah, eu vi algumas coisas que não me deixou dúvida nenhuma — olho para baixo. Sinto minhas bochechas queimarem. A risada dele é bem gostosa.

Best Of Joy | Michael JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora