60. Vinculo

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Michael Jackson
Grand Hôtel, Estocolmo
16 de dezembro de 2009, 19:19

— Quero conhecer a sua família antes de nos casar e eu acho importante você conhecer a minha também! — Lola diz espalhando os convites no chão. Temos de todos os tipos aqui e ainda não decidimos qual escolher.

— O que quer fazer primeiro? Já temos uma data? — tento mudar de assunto, minha família é mais complicada do que ela sabe. Ela me pediu para escolher duas datas e ela decidir conforme fosse arrumando tudo. Fiz minha parte, falta a dela.

— Acho que devemos visitar a sua família ainda esse mês e com os convites prontos para entregar a todos! — aceno positivamente — E sobre a data, após pensar um pouco cheguei a conclusão de que eu gostaria de me casar no dia 21 de abril querido, o que acha? — assinto. Seria interessante 10/10/2010 ou 21/06, mas, essa também é uma boa data!

— Ótimo, assim será. E tem um porquê para a escolha da data? — levo um pouco de um dos bolos que estamos experimentando até a boca. Por enquanto estamos concordando que baunilha será o sabor do nosso bolo de casamento.

— Gosto de 21 porque nos conhecemos oficialmente no dia 21 de junho, gosto especificamente de 21 de abril, porque fui adotada pela família Kendrick nesse dia! — Lola diz com um enorme sorriso em seu rosto — Era o meu maior sonho ter uma família e foi realizado nesse dia, por isso comemorei meu aniversário nesse dia e mês por muitos anos!

— Então, vamos comemorar nossos aniversários exatamente nessa data tão especial — me inclino para pegar sua mão direita, a trago até minha boca e beijo as costas de sua mão — Eu te amo tanto, você é tão valiosa! — suspiro.

— Valioso é você meu amor — em sua fala tem uma empolgação e seu sorriso está o tempo todo em seu rosto. Sinto que Paola está começando a me amar... Já suspeitava disso quando ela pediu para fazer amor comigo, o que ela nunca tinha feito antes e agora, ela só sorri e fica com cara de boba alegre para mim. Eu nunca senti isso antes. Meu coração está quase explodindo de felicidade. Alguém como Paola realmente me ama como homem.

21:46

— E você só descobriu que era filha de Sylvester Pritchett com 17 anos? No dia da sua formatura? — pergunto abismado para Lola que assente com um aceno de cabeça. Estamos deitados na cama conversando sobre a infância e adolescência dela. Quero saber tudo e quero que ela saiba tudo. A cada dia que passa mais quero dividir tudo com ela. E pela primeira vez na minha vida, entendo aqueles casais que não se desgrudam.

— Foi o próprio Sylvester que foi falar comigo, nunca confiei nele e nunca fui com a cara dele! Quando ele me disse, fiquei tão, sei lá! — ela olha para o teto — Nunca senti nenhum vínculo entre nós e ele sempre estava na casa dos meus pais adotivos, eram super amigos, bem, ainda são!

— Então, a única parte boa são as suas irmãs? — ela se senta na cama e suspira pesadamente. Ela quer me contar alguma coisa.

— É, foi as minhas irmãs — ela morde o lábio inferior — Tenho que te contar — ela se ajeita se sentando em posição de ioga — Tenho uma irmã adotiva, a Monique Kendrick filha legitima dos Kendrick. Nós não nos damos nada bem porque sempre disputamos pela atenção do John. Ela é muito ciumenta e por acaso é gêmea dele, então, eles têm um vínculo bem forte! — seus olhos que estavam emanando uma alegria sem igual, agora estão tristes — Ela não é uma pessoa ruim, é que, eu tenho inveja dela por crescer com ele, sabe? Eu não tive essa oportunidade, nem com ele, nem com as minhas gêmeas!

— Sinto muito querida — chego mais pertinho dela e a abraço — Sinto muito mesmo por isso — ela foi conhecer as irmãs muito mais velha. Dezassete anos, com 17 anos, eu já estava mais que satisfeito com a minha convivência com meus irmãos e queria sumir no mundo.

— Ela é incrível, mas, nós não conseguimos manter a compostura quando nos juntamos. Sempre acaba em tapas e puxões de cabelo! — acho que essas duas precisam de terapia juntas.

— Isso já aconteceu entre você e as suas irmãs? — ela se afasta e acena positivamente para mim — Ah, então o problema é você mesmo! — digo em um tom sério para ela que ri.

— Eu e as minhas gêmeas somos um pouco diferentes, é o que chamam de trigêmeos não idênticos. Eu e Mariangel temos a mesma altura e Pilar é a mais baixinha. Pilar e Mariangel tem seus enormes peitos e eu fiquei em falta, Mariangel tem um belo quadril e eu também, já Pilar tem o corpo bem equilibrado que nos mata de raiva! — ela ri — Mariangel ruiva natural, eu e Pilar temos os cabelos claros, mas, nem sabemos se é mel ou loiro!

— Mariangel é a privilegiada, já entendi — digo entre risos — E ela realmente é muito bonita, mas, você é bem mais! — embora Mariangel seja meu padrão de mulher, Paola consegue a superar fácil.

— Você acha mesmo? — ela arqueia uma das sobrancelhas para mim — Jura? — abre um sorriso empolgado — Obrigada, ninguém nunca disse isso antes — suspira — Thommy tinha a mania de dizer que Mariangel e Pilar eram as mais bonitas da minha família, mas, ele se esquecia de me incluir. Agora vivendo tudo isso com você, eu penso, se ele não achava que eu era a mulher mais linda desse universo... POR QUE ELE ESTAVA COMIGO? — berra cheia de ódio. Eu amo vê-la assim, ainda mais quando não é comigo.

— Ele era um babaca! — falo com uma calma em minha voz. É tão bom falar mal dele. Sinto até uma alegria genuína quando reclamo dele. Maldito seja Thomas Kendrick, o infeliz pega o sobrenome dela, se aproveita de seu dinheiro ao longo dos anos para sustentar amantes, tem a cara de pau de levar amantes para casa, falava mal dela para o filho deles, gravava os dois tendo relações e a expôs no dia da leitura de seu testamento.

— Ele realmente era, Deus, eu devia ter saído de tudo aquilo no primeiro vacilo. Antes do primeiro vacilo ele já me tratava feito lixo. Me senti culpada por muitos anos e me perguntando porque eu estava aguentando tudo aquilo antes mesmo de dar à luz a Stephan. O amor realmente pode nos cegar! — se coloca de pé — Ainda bem que tudo isso já passou e eu posso finalmente viver!

— Então é por essa ânsia de viver que você, repentinamente, resolveu que seria bom a nossa vida sexual voltar a ativa? — pergunto a ela que volta a se sentar no chão à minha frente.

— Sim, exatamente por isso! Quero viver Michael! E eu quero viver tudo, quero voltar a ser completamente a mulher, que foi enterrada viva, e ela está aqui gritando para sair completamente. Não que sexo vai trazer ela de volta completamente, mas, ter minha liberdade sexual vai ajudar muito! — agora entendo.

— Bom, acho que posso te ajudar com isso — tombo a cabeça para o lado e desço meu olhar até suas mãos — Por que você não vai tomar um banho enquanto eu cuido de arrumar essa bagunça aqui?

— Tudo bem — sussurra com um carinha maliciosa, como se já tivesse ideia do que vou fazer.

22:19

— Aqui, senhor, mais alguma coisa? — Wayne pergunta enquanto me entrega a sacola. Aceno negativamente e entro no quarto. Mal consigo agradecer, odeio pedir para comprar esse tipo de coisa, mas, era necessário porque não posso sair e comprar eu mesmo. Fecho a porta e tranco porque não quero surpresas.

 Com o quarto já arrumado e a cama feita para dormirmos mais tarde, eu tiro da sacola tudo o que pedi. Tem um óleo lubrificante comestível de morango e velas aromáticas de baunilha.

Best Of Joy | Michael JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora