58. Eximio

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Michael Jackson
Centro Médico Saint, Estocolmo
11 de dezembro de 2009, 14:47

 Com lágrimas descendo pelo meu rosto espero aqui na sala de espera ao lado dos meus seguranças alguma notícia da minha Lola. Não consigo parar de chorar desde que ela entrou. Me mantive forte no caminho até aqui e a fiz sorrir algumas vezes, mas, só foi ela entrar com os médicos que desabei. Com as duas mãos em frente ao meu rosto em sinal de prece, peço por notícias e oro pela saúde da minha rainha.

— Esposo de Paola Kendrick? — me levanto rapidamente e me dirijo até a médica que está me chamando. Ela arregala os olhos ao notar quem sou e então, ela parece se esforçar para manter a calma e não me pedir um autógrafo — Sua esposa está bem, fez alguns exames e já estou com eles! — ela levanta a papelada — Pode me acompanhar? — assinto. Caminho com a médica bem lentamente por um corredor agitado.

— E pode me dizer o que aconteceu? — era muito sangue e isso está me deixando muito preocupado. Nunca vi nenhuma mulher sangrar desse jeito antes.

— O sangramento pós-menopausa é um sangramento uterino — ela para no meio do caminho — A preocupação principal era que fosse câncer, mas, não é então o tratamento é dispensável. Ela já está bem, o sangramento já parou e o senhor pode a levar para casa assim que me der um autógrafo! — ela abre um enorme sorriso para mim e me entrega a pilha de exames de Lola. Aliviado a puxo para um abraço forte. Graças a Deus, a minha Lola está bem. Fiquei com tanto medo.

18:19

— Como foi lá dentro minha rainha? — pergunto enquanto fecho a porta do carro. Lola está bem, mas, parece estar um pouco fraca — Eles deram alguma coisa pra você comer?

— Não, estou com tanta fome! — suspira enquanto coloca as duas mãos na barriga.

— Está sentindo alguma coisa aí? — ela move a cabeça negativamente, mas, parece estar tão triste.

— Fiquei com tanto medo de acontecer alguma coisa grave comigo, estou vivendo o melhor momento da minha vida. Ficar doente logo agora não seria justo comigo — suspira.

— Graças a Deus está tudo bem! — me sento mais pertinho dela e a puxo para mim — Só foi um susto — beijo o topo de sua cabeça — Só um sustinho — sussurro enquanto beijo repetidas vezes — Te amo tanto!

— Te amo muito — me abraça encostando sua cabeça em meu peito — Obrigada por ter me levado ao hospital!

— Não precisa agradecer, é o meu dever cuidar de você — apoio meu queixo em sua cabeça.

— Fiz e refiz tantos exames. Eu precisava ter certeza que não era nada, me desculpe por te fazer esperar tanto meu amor — me abraça mais forte.

— Querida, está tudo bem. Sou seu parceiro em todas as horas, nunca se esqueça disso. Eu esperaria você por mil anos naquela sala se fosse necessário! — ainda bem que ela fez isso, agora ela tem a certeza de que está bem.

— Deus, isso foi a coisa mais linda que já me disseram — sua voz embarga e ela começa a chorar — Você é incrível — minha Lola, tão machucada que o simples a comove.

Uma hora ela acabará se acostumando com meu romantismo que está voltando com força total. Eu costumava ser muito romântico nos meus vinte anos, coisa que se perdeu ao longo dos anos, mas, agora está vivo novamente.

— Ei, querida — a aperto em meus braços — Te amo, te amo demais — falo entre sussurros — Você é minha vida, meu mundo gira em torno de você. Mulher que se tornou mãe dos meus filhos, que salvou minha vida e que me deu um filho lindo. Se acostume com toda essa coisa grudenta e piegas porque, eu sou piegas! — começo a rir e ela chora mais ainda.

— Você é perfeito! — coitadinha o dia foi tão difícil — Te amo muito, obrigada por tudo. Sou tão feliz com você!

— Você que é perfeita, quando chegarmos ao hotel, vou preparar um banho bem gostoso para você viu? Precisa relaxar, passar um dia todo em hospital fazendo tantos exames é difícil! — toda manhosa ela com um biquinho acena positivamente.

— Posso me acostumar com isso — ela leva uma das mãos até suas bochechas para limpar suas lagrimas.

— Se acostume, é só o início — aproximo meu rosto do dela lentamente e lhe doou um selinho que logo se torna um beijo de língua lento e apaixonante.

Grand Hôtel, 21:56

 Assim que chegamos Lola foi direto para o quarto onde nossos filhos estavam assistindo a um filme. Quando eles a viram, correram para seus braços. Estavam tão preocupados com ela. Avisei a Prince, que é o mais velho que eu estava com Lola no hospital e que não era tão grave para não o preocupar tanto, porém, parece que ele sabe quando estou tentando amenizar as coisas, na verdade, eles sabem.

 E após horas lá assistindo filmes com eles e se enchendo de pipoca ela finalmente está tomando o banho que preparei para ela. Já dei boa noite para as crianças e quando voltei para o quarto pedi o jantar para nós dois. As crianças jantaram mais cedo e prometemos a eles que comeríamos depois. Não jantamos com eles porque comemos tanta pipoca que nos tirou a fome.

— Eba! O que você pediu? — Lola pergunta saindo do banheiro completamente nua com seus cabelos devidamente secos e soltos.

— Esqueci — balbucio enquanto tento manter meu foco em seus olhos.

— O cheiro é bom! — ela se aproxima do final da cama onde estou sentado e se senta ao meu lado — Vamos comer? — aceno positivamente e começo a arrumar tudo.

Jantamos e depois arrumamos tudo no lugar e deixamos o carrinho no corredor. Agora estou voltando para a cama, ela já está deitada em meio as cobertas. Está tão confortável e feliz.

— E o sangramento? Passou mesmo? Como você está se sentindo? Quer um copo de água? Quer que eu traga um chocolatinho para você? — pergunto tudo de uma vez para ela assim que me aproximo da nossa cama.

— O sangramento parou, estou totalmente bem meu amor, vem pra cá — ela faz uma voz fina para mim. Me deito pertinho dela que joga a coberta por cima de mim.

— Que bom, fico aliviado — encarando o teto, baixinho agradeço a Deus por ela estar bem.

— Por que você está tão longe? Vem pra cá! — ela choraminga. Longe o quê? Estou literalmente do lado dela. O que essa assanhada quer?

— Vem pra cá você — seguro um sorriso — Estou bem do seu lado, se quer ficar mais perto ainda deita aqui — bato levemente minhas duas mãos em meu peito. Lola assente e vem para cima de mim. Ela literalmente deita em cima de mim.

— Te amo! — fala com um biquinho fofo — Sou tão feliz com você — eu também minha rainha — Sinto tanto a sua falta — lá vem — Faz amor comigo?

— Não! Você acabou de sair do hospital. Teve um dia cheio e sem contar que posso te machucar. Você teve um sangramento vaginal, PAOLA PELO AMOR DE DEUS! A senhora vai dormir, descansar! — ela revira os olhos. Desde ontem estou percebendo que ela está bem assanhadinha, amanhã ou daqui a uns três dias podemos fazer algo — Eu sabia que você dormir nua tinha um proposito. NAJA querendo me enrolar na rede pra eu esquecer do que aconteceu! Tome vergonha! Vai repousar e descansar, quem sabe daqui a uma semana ou mais a gente pense nisso!

— Tudo bem querido — diz entre risos e volta para seu lado da cama — Você realmente é um homem único né Michael? — ela volta para mim e me abraça forte. Me dá vários beijinhos na bochecha — Meu noivinho lindo, te amo tanto! — fala entre risos e deita sua cabeça em meu peito — Que homem incrível — ela ri mais alto. Nunca neguei nada que ela tenha me pedido até hoje, mas, isso não dá, simplesmente não dá.

Best Of Joy | Michael JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora