23. Esmero

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Paola Kendrick
Rancho Neverland, Los Olivos
30 de junho de 2009, 12:31

 Sentados em volta da mesa do jardim conversamos sobre as garotas que ligaram. Ele me contou tudo sobre elas e como as conheceu. Me mostrou fotos e contou muitos detalhes íntimos. Ele também contou que nenhuma das garotas foram apresentadas como namorada para seus filhos e que ele nunca fez isso. Também me deixou claro que elas não são mais que suas amigas. Espero que ele realmente esteja sendo sincero.

— Me diz o que podemos fazer para que o que aconteceu hoje, não volte a acontecer mais! — Michael pergunta baixinho enquanto toma seu café com pouco açúcar porque é mais saudável — Não quero ver a minha garota triste assim de novo!

— Isso é muito bonito da sua parte — olho para a mesa segurando um sorriso bobo — Eu só não gosto de me sentir insegura, sabe? Sentir que meu lugar em sua vida pode não ser permanente? O que não se tem certeza me apavora muito, eu gosto de tudo bem cristalino e eu gosto de ser o centro!

— Entendo e também gosto que as coisas sejam assim — ele deixa sua xícara de café na mesa e traz suas mãos até as minhas. Pega minhas mãos e se inclina um pouco para beijar as costas das minhas mãos, uma de cada vez — De mim só terá amor, verdade e lealdade Lola! — sussurra com seu tom forte enquanto olha diretamente em meus olhos — É meu raio de sol — suspira — Minha rainha adorada. Lola, prometo te mimar e enaltecer até o fim dos meus dias para que você entenda que é a mulher mais incrível do mundo!

— Você é tão incrível — faço um biquinho — Não precisa se sentir na obrigação de fazer isso todos os dias querido, só não quero me sentir ameaçada, entende? — balbucio — Não quero atender uma ligação que você me pediu para atender e me deparar com uma mulher de voz sensual falando que sente sua falta de um jeito bem sugestivo!

— Acho que o que devemos fazer é deixar claro que estamos juntos, e trocarei de número para evitar. Quero que tudo seja muito bem combinado para que não tenha nenhum tipo de desentendimento no futuro e que você se sinta confortável nessa pequena casinha aconchegante que estamos construindo pouco a pouco juntos Lola! — meu Deus ele aprende muito rápido.

— Também acho — falo baixinho — Então, vamos fazer como você achar que tem que ser feito, por mim tudo bem — isso de Michael dar a resolução do problema é um passo enorme. Ele realmente quer fazer dar certo, estou genuinamente feliz por isso.

— Quer que eu ligue para Daniel e peça para que ele traga Stephan ou você mesma, quer fazer isso? — pergunta em tom meigo enquanto pega seu celular em seu bolso.

— Se quiser, pode fazer isso — digo entre sussurros, ainda não acreditando que este homem que me deixou tomar todas as decisões até agora, finalmente está tomando o controle sobre tudo ao seu redor. Sei que isso devia acender um sinal de alerta, mas, eu estou no controle, não preciso me preocupar.

— Então agora vou ligar para que ele possa chegar a tempo da nossa guerra de balões d'água! — fala empolgado discando o número de Daniel.

16:29

— Eu vou ganhar porque vou ficar no time do papai — Bigi cantarola bem convencido enquanto enche um dos balões com o auxílio de uma das torneiras espalhadas pelo rancho perto de uma árvore perto da casa.

— Porque você não quer fazer parte do time da sua irmã? — pergunto entre risos para ele que me entrega a bexiga cheia de água. Amarro a boca e a coloco no balde com as demais. Temos três baldes com várias bexigas. Michael, Prince e Paris estão enchendo o restante nos fundos da casa.

— Sempre jogo no time da fedida — fala bem tranquilo — Gosto mais de ficar no time do papai, é mais legal, ele é mais legal! — ele é tão fofinho.

— Ele é sempre legal? — pergunto a ele que segurando um sorrisinho confirma com um aceno de cabeça — Deve ser incrível ter um pai como ele, né?

— Meu pai é o melhor pai do mundo, eu posso falar qualquer coisa com ele — Bigi pega outra bexiga e a enche. Essa é a nossa última bexiga — E você é uma boa mãe? — acho que eu nunca pensei nisso.

— Acho que sou — me sento na grama e espero ele me passar a bexiga — Pelo menos eu me esforço bastante para tentar ser uma boa mãe — suspiro.

— Você parece ser uma boa mãe — ele me entrega a bexiga e se senta na grama — Eu não sei o que é uma boa mãe porque eu não tenho mãe — amarro a boca da bexiga e a coloco no balde. Meu coração está pequenininho. Deve ser um vazio tremendo — Você vai ser a minha mãe? — a pergunta me pega de surpresa.

— Eu não sei, você quer que eu seja? — pergunto baixinho para ele. Bigi acena positivamente com um aceno de cabeça.

— Nós três — sussurra desviando seu olhar para o chão — Vamos! — ele fala em um pulo e começa a andar saltitante para longe — A senhora não vem? — ele pergunta no meio do caminho. Me levanto. Pego dois baldes e os levo comigo. O outro teremos que buscar depois porque o meu parceirinho não dá conta de o levar!

— Mamãe! — Stephan grita ao lado de Michael em frente a casa. Deixo os baldes no chão e corro para o meu pequeno. Ele, também muito empolgado, corre em minha direção.

— Como eu estava sentindo a falta desse meu cheiroso — falo assim que o abraço. Me ajoelho e encho meu pequeno de beijos e o aperto em meus braços.

— Aprendi a montar a cavalo na casa do tio Dan — fala empolgado — FOI DEMAIS! — ele comemora se afastando delicadamente do meu abraço — A tia Marjorie está na cidade, a gente pode ir ver ela depois? — ele cochicha para mim se colocando em minha frente.

— Vamos precisar conversar sobre Londres, lembra que falamos sobre isso no outro dia? — Stephan acena positivamente — Então, graças a Londres não vamos poder ir até à apresentação da sua tia Marjorie!

— Entendo mamãe! — sussurra olhando diretamente para mim — Quando vamos mesmo falar sobre Londres? — ele faz uma carinha fofa — Vamos nos mudar pra lá?

— Sim, mas, vamos falar disso depois, okay? — Stephan concorda com um murmurar e volta para Michael, parece que o assunto deles estava muito bom. Michael conversa com ele como se fosse da idade dele, muito animado e gentil como sempre.

 Me coloco de pé e olho ao redor. Os filhos de Michael estão cabisbaixos e desviam o olhar de mim o tempo todo. Os três estão juntinhos encolhidos atrás de Michael, que está dando sua total atenção a Stephan e nem deve ter percebido que seus filhos ficaram tristes pela atenção que dei a Stephan.

— Oi, meus amores — falo enquanto me aproximo suavemente deles, que estão bem pertinho um do outro. Me agacho em frente a eles — Vem cá — sussurro para eles e os puxo para um abraço que todos eles retribuem imediatamente. Quantas vezes esses pequenos não viram outras mães dando esse tipo de afeto para os filhos e ficaram assim? Eles nunca mais vão passar por isso, darei todo o carinho e amor que existe em mim para essas coisinhas lindas. O meu filho e essas crianças sempre vão ter o máximo de mim.

Best Of Joy | Michael JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora