“ Maldito seja ele. Maldito seja tudo o que significa ser ele. Maldito seja todo o seu andar, o seu falar, o seu toque… Seu cheiro, seu beijo, seu corpo grande, quente e musculoso. Maldito seja a vontade que eu tenho de o ter dentro de mim, me consumindo como seu, condenado a ser teu e te ter me usando e me enchendo com todo o seu fogo. “
Júlio César estava na cama ainda deitado, olhando para o teto e refletindo o quanto odiava seu amigo, que ainda dormia ao seu lado.
Aquela respiração pesada e descontinuada, o irritava, e ainda mais quando aquele cheiro de álcool invadia seu nariz.
“ Ele estava bêbado, bêbado demais para continuar, ou mesmo se lembrar…”
“ Eu posso sufoca - lo agora mesmo com o travesseiro, e acabo de vez com toda essa loucura. Mas que crime terrível, matar alguém sem o dar a chance de abrir os olhos e ver a luz do dia, por uma última vez…”
Wesley se remexeu.
“ Todo o meu corpo te deseja, eu quero morrer de tanto fuder contigo. Não… quero ver você se ferrando, pois te odeio tanto… por brincar comigo assim. “
Pensamentos soltos, mas sentimentos reais. Nada era poderoso, quanto o que ele sentiu quando seus lábios se tocaram, e ele pode ver o limite do mar entre o oceano, a linha do horizonte era há um passo dali, e eles ultrapassaram quando trocaram as salivas.
“ Inferno, inferno! Eu te odeio Wesley!!! “.
Júlio começou a chorar em silêncio sentindo uma dor terrível no peito. Estava a ponto de desabar, quando o maior acordou e o olhou.
_ O que foi? Está tudo bem?
_ Ah… sim. - Ele secou os olhos.
_ Porque está chorando?
_ Não sei… É felicidade, é tristeza. Eu não estou mais controlando minhas emoções.
_ Posso te ajudar?
_ A causa… - Júlio respirou fundo. _ É você!
Antes que pudessem continuar, eles ouviram um barulho do outro lado da porta. Dora chegara e o menor também ouviu a voz de sua tia.
_ Vamos nos levantar? Já é quase 13:00 da tarde.
_ Meu deus! Preciso ir para casa…
_ Acho que sim. Minhas bermudas não entram nessas suas coxas enormes, mas pode ir com a samba canção e uma blusa minha.
_ Obrigado, amigo!
_ Amigo…
“ Amigo. “ - Aquilo ecoou na sua cabeça.
Eles se levantaram e o loiro guardou sua roupa ainda molhada em uma sacola, e depois se despediu do amigo o dando um abraço apertado, ainda no quarto.
_ Obrigado por cuidar de mim. Estava tão louco ontem, não me lembro de muita coisa…
_ Pois é, eu me lembro de tudo. Mas tudo bem vamos lá…
Os amigos saíram do quarto, e o maior passou na cozinha para cumprimentar Dora e Zeni sua irmã, antes de ir embora.
_ Encheram a cara ontem, não é!? - Ela o perguntou quando retornou para a cozinha.
_ Não muito mãe… Porque?
_ Wesley está fedendo a vodka, e você também. Vá tomar um banho!
_ Sim, claro.
Ele decidiu que seria melhor mesmo, porque precisava esfriar a cabeça. As duas…
A tarde passou bem devagar, ele até tentou conversar com Felicia, mas ela não quis render assunto. Estava chateada pelas coisas que ele disse a ela na festa. Conversar com Ravi estava fora de cogitação, não depois do que aconteceu na noite anterior.
Sua alternativa foi ligar a TV, e assistir a alguns filmes até que pegou no sono alí mesmo na sala.
_ Júlio? Filho? Acorda!
_ An? O que? - Ele despetou assustado.
_ Calma, está tudo bem! É só o seu pai que deixou isso aqui para você…
Dora entregou ao filho um pacote retangular, em um embrulho todo colorido.
Ele abriu e dentro, encontrou um bilhete.
“ Estou aprendendo um dia de cada vez, desculpa. “
Embaixo do bilhete, um tênis branco envolto em uma pequena bandeira de arco-íris.
_ Sério isso? Mãe não precisava nem ter aceitado.
_ Ele está tentando, tenha paciência.
_ Não me vendo tão fácil! Quando foi isso?
_ Ele tomou o café da tarde com sua tia e eu. Pedi para que não te acordasse, porque está de ressaca…
Ele jogou o tênis dentro da caixa novamente, e a mesma tacou no outro sofá.
_ Puta merda! Está tomando cafezinho com ele agora? Qual é a de vocês?
_ Não seja tão agressivo assim. Estamos conversando…
_ Mãe, isso não é certo! Ele vai te deixar novamente, para de ser assim!
_ Mas é minha vida, eu quem escolho o que é melhor para mim!
_ Claro… Pelo menos sei de onde tirei esse traço, de sempre ir atrás do abusador.
_ Ele não está abusando de mim.
_ Não. Quero que vocês se fodam!
_ Júlio César!!!
Sua mãe exclamou, mas ele já estava longe, indo se trancar no quarto novamente.A segunda feira trouxe um ar de “ o que vai ser de mim? “, Ele preguiçoso foi se arrastando para a faculdade. Quando chegou, se sentou em silêncio ao lado do amigo, e nem tentou olhar para a amiga, logo atrás.
As primeiras aulas não passavam nunca, mesmo seus pensamentos estando tão distantes.
Quando pode sair, ele não seguiu para o gramado e preferiu lanchar sozinho na biblioteca.
_ O que aconteceu com você?
Felicia o perguntou quando retornaram para a sala.
_ Nada, porque?
_ Não lanchou com a gente… Se foi por minha causa, eu queria dizer que não estou tão chateada assim contigo.
_ Eu já pedi desculpas, fiz minha parte. Mas só quis ficar na minha e, poder pensar um pouco.
_ Está acontecendo algo?
Wesley o olhou de lado.
_ Não. Está tudo sobre controle.
No meio da última aula eles foram avisados sobre uma palestra, que iria acontecer no ginásio e quem quisesse participar bastava ficar depois do horário para acompanhar.
_ Definitivamente não quero participar disso. - Wesley se adiantou.
_ Acho que deve ser bom ouvir um pouco sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
_ Sara… Já vi tantas palestras sobre isso no ensino médio, não estou afim mesmo.
_ Eu vou. - Júlio César adiantou.
O maior se calou.
_ Ótimo, vamos todos. Depois te atualizamos, Wesley. - Felicia provocou.
Eles saíram no horário marcado, e se sentaram nas cadeiras que estavam posicionadas frente a um pequeno palanque improvisado.
Sara insistiu para que ficassem no fundo, ela tinha feito amizade com outras meninas do curso de Sociologia.
A palestra iniciou e estavam prestando atenção, até que uma mão pegou no ombro do menor que se assustou.
_ Ravi!?
_ Vem comigo.
_ Quê…?
Ele foi puxado pela mão, e saíram andando pelos corredores.
_ Aqui não. - Disse o menor, frente a biblioteca.
_ O que tem? Todo mundo faz isso.
_ Banheiro… Nos trancamos em uma cabine.
Eles saíram rindo e correndo. Ao chegar no local, escolheram uma das cabines com paredes de mármore, e trancaram a porta ao entrar.
_ Maluco, que está fazendo?
_ Estou com saudade de você.
Ravi o tomou pela cintura, e o começaram a se beijar.
_ Alguém vai nos ouvir.
_ Claro que não, tem tantos banheiros nesse andar…
_ Ravi…
O moreno não o deu atenção e voltou a beijar sua boca. O contato era quente, e Ravi resolveu enfiar a mão na calça de Júlio, a desabotoando.
_ Ei, para com isso! Ravi…
Tarde demais, sua calça foi rapidamente descida aos seus joelhos, e ele estava só de cueca.
_ Não tô afim de te pedir permissão…
_ Eu não estou confortável aqui. Alguém pode entrar.
_ Confia em mim!
Ravi empurrou o menor contra o mármore frio, e se ajoelhou em sua frente. Foi tateando seu corpo e distribuindo beijos por sua barriga magra. Até que abaixou a cueca também.
_ Que está fazendo? - Júlio tentou erguer novamente o outro, mas ele o impediu.
_ Fica calado, e não geme alto.
_ Quê???
Ele pegou o membro do menor que estava começando a ter ereção, e o engoliu com a boca. Julho revirou os olhos.
Não demorou muito para que ficasse duro, a medida que Ravi aumentava a velocidade das chupadas.
Suas pernas tremiam com o prazer, e ele não conseguia parar de olhar para aquela boca macia engolindo tudo e as vezes se engasgando.
Ravi fazia o sexo oral no menor, ao mesmo tempo em que começou a se masturbar logo abaixo.
Não demorando muito, ele anunciou o gozo, chupando com mais vontade Júlio.
O menor conseguiu chegar ao seu ápice de excitação ao ver o moreno expelindo seu leite no chão, e avisou que iria terminar também.
_ Faça na minha boca! - Ele pediu, e Júlio segurou seu próprio membro, o manuseando até encher a boca do outro.
_ Eu acho tão difícil de eles tocarem esse tipo de música, lá não é o tipo de ambiente que eu frequentaria…
Uma voz foi ouvida, e pelo menos três pessoas entraram naquele exato momento no banheiro.Júlio apertou os dentes… estava vindo.
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NOSSO PRIMEIRO ASSASSINATO - Parte 1 (Drama Gay)
RomanceUm romance quase inocente, unindo o silencioso Júlio César, aos braços de seu imponente amigo, Wesley Albuquerque. O que o amor cultivou de um lado, se confrontando com a colheita já bem preparada, pela raiva e ódio. Após alguns acontecimentos...