O que sempre odiou

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   A cadeira estava gelada quando ele se sentou na sala de aula aquela manhã.
  Ao seu lado Wesley terminava de fazer algumas anotações, enquanto que Sara se mantinha focada na tela do celular.
  _ Galera, ninguém teve notícias? Vocês estão tão calmos…
  Sara o olhou rapidamente, o loiro continuou a escrever.
  _ Quer fazer o que? - Ela o respondeu. _ Viu como a Angelina Jolie está linda?
  _ Pelo amor de deus! Sara!
  _ Júlio, se acalma. - Wesley disse, ainda olhando para o caderno. _ Felicia não quis conversar com ela, te fez ir embora, e nunca quis minha presença por perto.
  _ Só queria saber…
  _ Saber se ela está bem? Você mesmo a viu.
  Ele não quis render mais, pois era fato de que a amiga de certa forma os ignorou.
  _ Preciso conversar contigo, Wes.
  _ Se for algo importante, aguarde até o intervalo.
  Júlio César engoliu o que ia dizer, sentiu uma raiva enorme por ser silenciado. Mas ainda assim conseguiu se guardar para o intervalo, que logo chegou.
  O casal saiu para o gramado em frente ao prédio, mas passaram direto, indo ao estacionamento.
  _ Sempre que venho para esse lugar, sinto que estou prestes a entrar em uma confusão. - Wesley falou ao se encostar em um carro, e ver o menor parando na sua frente. _ O que foi?
  _ É sério que não tem nada te incomodando?
  _ Muitas coisas me incomodam o tempo todo mas, exatamente o quê, deveria me incomodar?
  _ Wesley, que merda! Faz quanto tempo que você não me abraça, que não me beija, ou me chama de amor sei lá…?
  O maior riu, irritando ainda mais seu namorado.
  _ Sério que você quer discutir isso, aqui?
  _ E tem lugar certo para se discutir algo, com você?
  _ Oi, oi, oi! Vamos com calma senhor mal humorado! Eu estou aqui para te escutar então não precisa vir de ignorância…
  _ Você não se importa então… Se a gente namora, e não tem um momento se quer de carinho um com o outro?
  _ Cara, que drama! É claro que eu me importo. Só não acho necessário esse grude todo da sua parte.
  _ Minha parte? - O menor se aproximou um pouco mais, para não ter de gritar tanto como tinha vontade. _ Eu estou sendo grudento, por querer o mínimo?
  _ O que é mínimo para você, pode ser algo desnecessário para mim, e aí? Vamos discutir formas de se demonstrar amor agora?
  _ Não. Mas você era mais carinhoso comigo, quando não estávamos juntos.
  Wesley cuspiu no chão.
  _ Você está reclamando de barriga cheia! Sempre te dou atenção, até mesmo quando inventa de sair para uma festa sem mim.
  _ Então está irritado ainda, por isso?
  _ Talvez. Mas não vou discutir!
  _ É esse comportamento seu… Antes se eu respirasse de uma forma que não te agradava, era metralhado por um monte de críticas. Agora você está estranho, não briga, não discute, não se importa…
  _ Me importo porra! Mas você se afastou de mim, por eu ser explosivo contigo e com tudo, agora está me pedindo para voltar a ser o que te machucava?
  _ Só quero que, demonstre mais. Por exemplo… Você ficou sabendo de algo horrível da Felicia, e nem procurou saber os detalhes, não quis se vingar, nada!
  Wesley estava bastante confuso, mas realmente não se importava ao ponto de se esforçar para entender o outro.
  _ Quer que eu saia por aí dando socos, que eu te enfie debaixo das minhas asas novamente… Mais alguma coisa?
  _ Você não entende…
  Júlio saiu andando.
  _ É você quem mudou, Júlio César. Você!
  Os jovens retornaram à sala de aula depois de lanchar, Sara queria conversar com o menor, mas ele não estava com o melhor dos humores. E Wesley continuou concentrado nas atividades que tinha para concluir.
 
  Mais tarde, ao chegar em casa, Júlio fora convidado a ir à cafeteria. Mas quando chegou a hora, ele simplesmente ignorou o relógio e deixou o outro esperando.
  O que não foi muito positivo, visto que Wesley começou a apertar o interfone incansável, até ser atendido.
  _ Cara, o que foi?
  Wesley não o respondeu, bateu a mão no portão o abrindo com tudo, e saiu para dentro de casa.
  Quando Júlio César chegou à sala, ele estava lá sentado no sofá e o fitando com os conhecidos olhos de fúria.
  _ Porque está fazendo isso?
  _ Porque? Júlio você me deixou esperando que nem um babaca na cafeteria!
  _ E tomou seu café?
  _ O quê? - O maior não aceitava a audácia do outro. _ Você acha que sou algum palhaço?
  _ Acho que não tem nenhuma piada sendo contada aqui. Não espera… - Wesley o encarava, esperando que dissesse qualquer coisa ruim, para que explodisse de vez. _ Não, realmente não tem nenhuma graça em você. Somente inconformismo.
  _ Tá querendo o que com isso? Quer terminar essa droga comigo?
  Wesley ameaçou retirar o anel de compromisso, e isso torceu o estômago do menor, que não demonstrou.
  _ Eu… Só estava tentando te fazer perceber o quanto dói ser ignorado.
  _ E isso é saudável para a gente?
  _ Sei que não. Mas o que mais eu posso fazer? Você não me escuta, se eu não tomar medidas drásticas!
  _ Vai ser assim? Se quer alguma coisa, se afasta de mim, me deixa esperando nos lugares, sai gritando… Você está fazendo tudo o que sempre odiou em mim.
  _ Eu só estou… com saudades.
  _ Porque está me matando dessa forma, caralho!? Quer me ver explodindo? Eu vou te dar o que quer!
  _ Wesley. Eu só queria que, voltasse a ser um pouquinho como antes.
  O maior se ergueu com todo o seu tamanho, foi andando até o menor que ainda estava de pé, e sem pensar muito o segurou pela gola da camisa, o empurrando com tudo na parede logo atrás.
  Júlio César reclamou ao bater as costas, mas não deixou de encarar aqueles olhos verdes.
  _ Eu não tenho medo de você!
  _ Não quero que tenha medo, seu merda! Quero que aprenda a me respeitar!
  _ Wesley… Se for me dar um soco na cara, esse é o momento. Mas bata com muita força!
  O loiro cerrou os dedos, apertou ainda mais a camisa em suas mãos, para não correr risco do outro fugir de seus dedos. Ergueu a mão calmamente.
  Júlio não fechou os olhos, esperou corajoso por aquele ataque, até que… Wesley começou a gargalhar.
  Eles riram juntos.
  _ Que droga estamos fazendo?
  _ Acho que brigando… Pela primeira vez desde que começamos a…
  _ Namorar, Júlio César. - Wesley aproximou o rosto, e eles sentiam as respirações ofegantes. _ Namorando com você, seu pequeno, pirralho, amor da minha vida!
  Um movimento brusco para o lado, e Júlio foi arremessado no sofá. Wesley caiu por cima, já o imobilizando e colando seus lábios um no outro. Os beijos tão poderosos, que cortavam suas bocas e eles não se importavam com o sabor de sangue.
  Isso tudo os levou à excitação. O sofá era desconfortável demais para o tamanho da sede que tinham, então a solução foi rolar para o chão.
  Wesley literalmente rasgou a blusa do menor com as mãos, e antes que Júlio reclamasse, ele enfiou a língua em sua boca enquanto retirava as próprias calças. Estando nú, o loiro se sentou na beirada do sofá novamente, abrindo as pernas. Júlio César o tomou ereto, e engasgou tamanha a fome que teve ao chupar seu companheiro.
  Ele se divertia ao ver o maior se contorcer de prazer, e escutava ele gritando; me mama, mama seu macho sua puta!
  Assim que se deliciou, foi puxado para cima do colo do maior que segurou em suas nádegas. Uma mão em cada lado, abrindo sua bunda de forma que doia, até que Wesley forçou seu pau contra a entrada de Júlio.
  _ Amor… Eu vou te sujar.
  _ Cala a boca, seu puto! Suja meu pau todo, enquanto eu te encho com meu leite.
  O menor tomou um tapa na cara, e sorriu com ferocidade. Nunca imaginou conseguir sentar tão rápido em algo tão grande. O tesão era tamanho que basicamente escorregou para seu interior, até que começou a ser estocado por dentro, cada bombada que tomava, era um gemido diferente.
  _ Acho que te sujei, amor… - Ele disse um bom tempo depois.
  _ Então toma leite, porra!
  Wesley aumentou a velocidade do sexo, e quando não aguentou mais entrar e sair… Foi a hora em que urrou e contorceu o corpo, gozando como nunca antes naquele buraco quente e apertado.
  Júlio César também terminou um pouco depois.
  _ Vamos agora tomar um banho!
  Eles riram e se divertiram vendo a bagunça que tinham feito.

NOSSO PRIMEIRO ASSASSINATO - Parte 1 (Drama Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora