Capítulo Sete

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-PoV Cosima-

Felix e Shay me pegaram muito de surpresa quando me disseram que tinham marcado em meu nome um encontro com Paul Dierden.

Esse homem há muitos anos atrás tentou dar em cima de mim quando eu já era casada e foi a maior confusão.

Ele não chegou a fazer nada sério ou muito invasivo, eram só alguns flertes não correspondidos, mas o Scott inventou de dar uma de machão e os dois entraram numa briga corporal desnecessária onde deu até polícia.

Depois desse dia, eu bloqueei o Paul de todas as minhas redes sociais pra evitar mais confusão, mas sempre que a gente se encontra parece que ele reacende alguma chama por mim que eu nunca vou entender.

Na minha concepção, aquele encontro poderia dar muito errado e ele se tornar um grude no meu pé. Mas ao mesmo tempo, era uma forma de pela primeira vez eu estar com outra pessoa que não fosse o Scott, que foi o meu primeiro e único relacionamento até hoje.

Terminei levando um bom tempo pra assumir que eu queria sair com o Paul, e quando aceitei, vi Felix e Shay comemorarem como se tivessem ganho o melhor presente do mundo.

Eu não sei porque eu não conseguia ficar feliz como eles estavam, mas eu acreditava de verdade que eu só precisava de tempo pra me acostumar mais com essa vida de solteira.

Quando o tão esperado dia do encontro chegou, eu me senti levemente nervosa. Era muito provável que eu engoliria várias palavras e ficaria sem jeito em diversos momentos. Mas outras questões me incomodavam muito mais do que isso, como por exemplo, sexo.

E se ele sugerisse que a gente fosse a algum outro lugar depois? O que eu deveria fazer? Manter o meu jeito de só transar quando for um relacionamento mais sério ou eu deveria seguir os conselhos da Shay e aderir ao sexo casual?

Eu definitivamente não tinha aquela resposta no momento, mas o relógio me mostrava que eu estava bem atrasada.

Apesar da insistência do Paul em ir me buscar em casa, eu não aceitei e preferi encontrar com ele já no restaurante depois de pedir um carro por aplicativo. Eu também poderia ter ido dirigindo o meu, mas eu sabia que iria precisar beber qualquer tipo de bebida alcoólica pra me manter firme e forte naquele encontro.

Quando cheguei lá, o primeiro choque que tive foi olhar aquele homem enorme, musculoso, com os cabelos intactos de tanto gel e uma roupa que o deixava parecendo um mordomo. Era nítido que não tínhamos nada em comum e ele definitivamente não era o meu tipo de homem.

Enquanto Paul parecia ser o dono do restaurante eu parecia que era a dona do Pub Hipster que tinha bem na frente e que deveria ser bem melhor. Provavelmente eu não seria a única naquele lugar a concordar que eu e meu acompanhante não tínhamos nada em comum. Mas eu já estava lá e não custava nada dar uma chance a ele.

Você quer escolher o vinho? -Paul perguntou depois de ter olhado o menu umas três vezes seguidas.

-Eu achei que você estivesse dirigindo. -comentei antes de respondê-lo.

-Eu tô dirigindo, mas um pouco de vinho não faz mal, já tô acostumado. -ele respondeu na maior naturalidade e me deixando completamente grata por ter ido de carro particular e não de carona com ele.

Tentei esquecer aquele detalhe que me deixava um pouco desconfortável, pois não suporto quem bebe e dirige, e a nossa conversa fluiu até melhor do que eu esperava.

Conversamos sobre nossa adolescência, sobre o início da faculdade e até sobre nossos empregos atuais. Tudo parecia ótimo, até que a mesa ao meu lado foi ocupada por nada mais e nada menos que Delphine Cormier e uma outra mulher.

Meramente Amor (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora