-PoV Cosima--Bonjour, mon petit chiot. -ouvi Delphine sussurrar pertinho do meu rosto depois que me espreguicei na cama e me aninhei mais um pouco em seus braços.
Senti um beijo sendo deixado na minha testa de forma tão carinhosa que um sorriso largo se fez presente em meu rosto e eu a encarei vendo seus lábios em apenas uma linha fina e seus olhos âmbar tão claros fitando os meus de forma gentil.
-Você que é um filhotinho! -respondi devolvendo o apelido.
-Não sou, você que é. O mais lindo e fofo de todos.
-Você vai me deixar mal acostumada com esses elogios e com tanto carinho. -brinquei passando as mãos rapidamente nos olhos e voltei a lhe encarar.
-Isso é bom. Pelo menos a probabilidade de você me escolher de novo é maior. -Delphine respondeu como se existisse a possibilidade de eu querer ficar com mais alguém além dela.
-Sério que você acha mesmo que eu tenho interesse em qualquer outra pessoa que não seja você?
-Não sei. Mas prefiro não arriscar. Você é perfeita demais pra eu deixar outra pessoa te levar de mim assim tão fácil.
Sorri toda bobinha tocando seu rosto com o mesmo carinho que ela me proporcionava e pensei comigo mesma que talvez eu que não merecesse tanto. Delphine é um sonho que eu nunca imaginei que poderia me acontecer.
Encostei minha testa na dela enquanto ainda tocava seu rosto com carinho e ela me deu um selinho me puxando pra um beijo mais elaborado onde eu sabia que sua língua tentaria pedir espaço na minha boca.
-Ei, espera. É intimidade demais. Deixa eu escovar meus dentes. -brinquei num tom descontraído e quase levantei da cama, mas percebi que eu não tinha uma peça de roupa sequer.
Tentei de toda forma enrolar meu corpo num lençol da cama que era imenso, e saí arrastando ele pelo chão por conta da minha falta de altura.
Delphine ria de mim descaradamente e eu poderia até reclamar com ela, mas eu sou tão apaixonada por sua risada que deixei passar e fiquei ouvindo ela rir do meu jeito desengonçado pra sair da cama.
Quando entrei no banheiro, continuei tentando prender o lençol ao meu corpo pra ele não cair e depois peguei uma escova descartável e o creme dental que o hotel oferece.
Olhei novamente pra o espelho na intenção de começar a escovar meus dentes e vi Delphine entrando no banheiro totalmente nua me fazendo esquecer até pra quê que servia aquela escova nas minhas mãos.
Ela se aproximou de mim puxando o lençol que tanto tive dificuldade de pôr e me olhava pelo espelho, me abraçando por trás e encostando seu rosto ao meu.
-Ei, eu levei uns cinco minutos pra me enrolar nesse lençol.
-E eu só precisei de um segundo pra tirar ele. Você é tão linda. -ela disse beijando meu rosto.
-Você tá me fazendo não querer sair daqui mais nunca.
-Isso seria ótimo. Mas precisamos ir, ma belle. Já são quase oito horas da manhã.
-Sério? Isso tudo? Caramba. Eu preciso olhar meu celular pra ver se tem alguma coisa do Felix. Se Charlotte já acordou deve tá deixando ele maluco.
-Escova seus dentes, eu pego seu celular pra você.
-Obrigada, meu bem. -agradeci ganhando um outro beijo na bochecha e comecei a escovação.
Delphine voltou rapidinho com meu celular, mas só pela tela inicial eu vi que não tinha nenhuma mensagem desesperada do meu irmão, então deduzi que tudo estava bem em casa, porque se fosse o contrário, ele já teria me enchido de notificações.
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Meramente Amor (Cophine)
Hayran Kurgu[CONCLUÍDO]O amor é simples. Acontece. É preciso ser simples pra entender que as melhores coisas da vida não são ensaiadas, elas são espontâneas. O amor é transcendental. Você só precisa olhar nos olhos de alguém. E basta.