Capítulo Trinta e Dois

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-PoV Cosima-

Eu e Delphine terminamos tendo uma semana corrida e não conseguimos nos ver nos dias seguintes. Tivemos que esperar pelo final de semana pra conseguir marcar alguma coisa, então assim que Scott e Charlotte saíram juntos no sábado a tarde, eu liguei pra minha francesa sem nem pensar duas vezes.

**ligação

Cosima: Oi, Del. Como você tá? Ocupada?

Delphine: Não não. Eu tô em casa. E você?

Cosima: Também tô em casa. E sozinha... Você quer vir pra cá?

Delphine: Hmm. Na verdade, tava pensando em outra coisa. Posso passar pra te pegar daqui a pouco?

Cosima: Claro, sem problemas. Onde nós vamos?

Delphine: É surpresa. Mas você vai gostar, tenho certeza.

Cosima: E eu não duvido. Então até daqui a pouco.

Delphine: Até, ma belle.

**off

Desliguei o celular e fui correndo pra o banho, eu não fazia ideia pra onde Delphine me levaria, mas eu pouco me importava com o local, o bom mesmo era poder passar o final de semana com ela.

Me vesti com uma calça básica preta e uma blusa de manga comprida na cor azul marinho, coloquei algumas coisas essenciais na minha bolsa e enquanto eu esperava Delphine chegar, fiz um coque nos dreads e o delineado de sempre.

Pela janela da sala eu vi o carro dela estacionar na frente da minha casa, ela chegou bem antes do que eu imaginava, mas por sorte, fiquei pronta no horário exato. Fui recebida por ela com vários selinhos e a minha felicidade por estar novamente em seus braços era nítida a quilômetros de distância.

-Quando você vai me dizer pra onde tá me levando? -perguntei depois de dois minutos de estrada e Delphine riu.

-Quando a gente chegar você vai ver. -ela respondeu.

-Mas eu sou curiosa, me conta logo, por favor.

-E perder a oportunidade de te ver parecendo uma criança esperando o desenho favorito começar na TV? De jeito nenhum.

-Eii, isso não se faz.

-Amor, a gente vai chegar em dez minutos, eu prometo. Acho que dá pra aguentar, não dá?

Fiquei um tanto sem reação ao ouvir Delphine me chamar de "amor", mas como ela parecia nem perceber que tinha me chamado assim, então também agi com naturalidade como se nada tivesse acontecido.

-Tá bem, eu espero. Fazer o quê, né?

Ela sorriu me olhando rapidamente, mas manteve o foco na estrada.

Enquanto isso, fiquei em silêncio ouvindo a voz dela na minha cabeça me chamar de "amor" várias vezes seguidas.

Mesmo que tenha sido uma atitude inconsciente de Delphine, pra mim, aquilo dizia muito sobre o que ela sente por mim. Por dentro, meu coração acelerava de alegria, mas por fora, eu me esforçava pra continuar agindo com toda a naturalidade possível.

Eu ainda não sabia exatamente qual era o próximo passo do nosso relacionamento, mas retribuir esse ato de carinho também chamando ela de "amor" parecia uma ótima ideia.

-Chegamos. Tá tudo bem? -ouvi Delphine me perguntar.

-Claro, está sim. Por quê?

-Você parecia distante, só isso.

Meramente Amor (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora