Capítulo Dezoito

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-PoV Cosima-

-Eu posso saber agora porque Delphine saiu daqui correndo arrastando a Sarah e não esperou nem o carro chegar pra se despedir? -meu irmão perguntou no mesmo instante em que pisei meus pés na sala.

-Eu beijei ela, Fee.

-Você o quê? -Felix me encarou boquiaberto.

-Você entendeu, eu beijei Delphine. Na boca pra ser mais precisa.

-Okay. Eu tinha dito pra você só flertar com ela, mas isso foi muito melhor. Mas o que aconteceu? Porque ela saiu correndo?

-Porque eu peguei ela de surpresa, né?

-Então ela não retribuiu o seu beijo?

-Não é isso. Ela retribuiu e acho que ela gostou. Mas Delphine acabou de sair de um relacionamento complicado, ela já tava conversando e marcando encontro com uma outra pessoa e agora eu despejei um monte de coisa em cima dela. Acho que é mais do que natural ela ter tomado essa atitude. Mas pensando bem, não foi tão ruim quanto eu esperava.

-Não, não foi nada ruim. Se ela retribuiu é um ótimo sinal. Tá vendo só? Eu disse a você que não precisava ter medo. Mas me conta, como foi o beijo?

-Perfeito, Fee. Ela é tão delicada. E tem um beijo tão bom.

-Ai Deus, eu não aguento ouvir isso sem ter vontade de vomitar um arco-íris inteiro. Mas o que você vai fazer agora?

-Não sei. Talvez dar espaço a ela?

-Pode ser... Mas cuidado com esse espaço. Não some, tá bom? Amanhã manda uma mensagem perguntando como ela tá, se ela dormiu bem. Essas coisas.

-Hm, tá bem. Eu posso fazer isso. Só tô achando estranho uma coisa...

-O quê?

-Você tá me saindo bem romântico. Eu não imaginava esse seu lado.

-Eu sou dramático, Cosima. É diferente. Mas... você é romântica. Então eu tô te ajudando, isso não quer dizer que eu faça essas coisas, muito pelo contrário. Normalmente eu nem me interesso pelo nome da pessoa.

-Não sei como você consegue fazer uma coisa dessas. Mas, enfim... tá tarde. Acho que já vou dormir.

-Vai. Eu sei que você tá louca pra ter vários sonhos com a francesa.

-Ahh, vai se foder, Felix!

-Bem que eu queria, irmãzinha. Mas hoje eu abdiquei da minha noite pra tentar salvar sua futura vida sexual.

-Eu vou fingir que não ouvi isso. Boa noite.

-Boa noite, pombinha apaixonada.

(...)[salto]

Pela manhã eu senti uma preguiça tremenda de levantar da cama, acho que virei e revirei diversas vezes tentando pegar no sono de novo, mas meu relógio biológico ambulante entrou no quarto mais disposta do que nunca.

-Mamãe, acorda. Eu tô com fome. -minha filha me balançava depois de ter deitado em cima de mim.

-Deixa eu dormir só mais um pouquinho, Charlotte.

-Mas eu tô com fome. -ela insistiu.

-Vai pedir comida ao seu tio.

-Ele não sabe assar o pão como eu gosto, ele não tira as bordinhas.

-Tá bom, tá bom. Você venceu. Eu vou fazer sua comida.

-Obaaa! Você faz chocolate quente também?

Meramente Amor (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora