Epílogo

72 8 10
                                    


-PoV Cosima-

CANADÁ - DOIS ANOS DEPOIS

Quando viajei pra França atrás de Delphine, permaneci lá durante poucos dias e depois precisamos passar mais alguns meses longe até ela finalizar o semestre e conseguir treinar uma outra pessoa pra ocupar o cargo da diretoria. Só depois desse processo foi que ela pôde voltar ao Canadá.

Eu estava disposta a me desdobrar em mil pra ficar com ela na França, ou viver fazendo pontes aéreas, mas ela mesma disse que também não queria ficar longe dos pais e da Sarah, então achou por bem voltar pra casa.

Não tem como negar que sua decisão me deixou bem feliz, mas independente de qual ela fosse, Delphine já tinha aceitado o pedido pra ser minha namorada, e isso era o que mais importava.

Diferente daquela nossa relação instável do começo, hoje somos totalmente o oposto, qualquer coisa com potencial pra nos afastar é resolvida o mais rápido possível. Nenhuma das duas quer correr o risco de enfrentar uma separação mais uma vez, então o diálogo é sempre a nossa prioridade.

É claro que vez ou outra alguém escorrega, mas a vida é um aprendizado constante e cada pequeno empecilho serve pra nos unir ainda mais.

Atualmente, estamos vivendo uma fase tão apaixonante, que apesar de Delphine ter alugado seu apartamento de volta, a maior parte do tempo ela passa na minha casa. Todo mundo brinca que já somos casadas sem saber, mas apesar da convivência diária, ainda não acertamos nada sobre casamento. Mas ele definitivamente está nos nossos planos.

Por algum motivo, eu tinha acordado antes das sete da manhã de um sábado e terminei ficando completamente sem sono, coisa que é bem normal de acontecer.

Olhei Delphine ao meu lado submersa em um sono profundo e achei por bem levantar e ficar sozinha na sala. Como eu sei que quando estou acordada eu não paro de me mexer, uma hora ou outra, eu lhe acordaria sem querer.

Fiquei assistindo TV enquanto o tempo passava e quando dei por mim, já eram mais de oito horas da manhã. Talvez eu tenha dormido sentada, não sei, mas tive a sensação de que o tempo realmente voou.

Como ainda não havia nenhum sinal de Delphine ter acordado, fui até a cozinha buscar um pouco de suco, mas ela apareceu de repente me dando um susto enorme.

-Caramba! Eu quase deixei o copo cair. -disse pondo a mão livre em direção ao meu peito.

Meu coração parecia disparado pelo susto, mas por sorte, não deixei nada cair e nem me sujei com o líquido.

-Desculpa, amor. -Delphine falou me envolvendo num abraço caloroso e me beijou algumas vezes pelo rosto como se tentasse me tranquilizar.

-Tudo bem, se for pra me encher de beijos assim, você pode me assustar mais vezes.

Delphine riu baixinho olhando nos meus olhos e depois colou nossos lábios num selinho mais demorado.

-Ah, mas sem querer ser vingativa já sendo... -ela continuou. -Você mereceu esse susto. Eu detesto acordar sem você e na maioria das vezes você me deixa sozinha.

-Amor, você sabe que eu morro de pena de te acordar. Por isso eu levanto antes.

-E eu já disse que não ligo de acordar cedo se for pra ficar abraçada com você.

-Eu não quero estragar o seu sono, você sabe disso. Eu não faço por mal.

-Mas não vai estragar nada, você pode até voltar a dormir comigo. Eu sei como te fazer dormir rapidinho.

-É, isso você sabe mesmo. -respondi com um sorrisinho sugestivo.

-Então... será que você pode por favor fazer o que eu tô te pedindo e não me deixar mais sozinha na cama?

Meramente Amor (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora