-PoV Cosima-
Acordei na manhã do domingo me sentindo um pouco desanimada, talvez com preguiça ou só cansada. A vontade de ficar mais um pouquinho enrolada naqueles lençóis era enorme.
Encarei o espaço livre na minha cama sentindo um vazio horrível, e como era possível sentir falta de alguém que nunca nem esteve ali?
Eu tinha acabado de acordar, acho que não fazia nem dez minutos, mas Delphine já estava ocupando seu lugar na minha mente.
-Cosima? -ouvi a voz de Felix me chamar junto com algumas batidinhas na porta logo em seguida.
Me movimentei um pouco na cama me obrigando a despertar e sentei espreguiçando os braços.
-Oi, Fee. Pode entrar.
Meu irmão abriu a porta vindo até minha cama e reparei que ele estava vestido como se fosse sair.
-Por que você tá todo arrumado a essa hora da manhã? -perguntei olhando a calça extremamente colada dele e sua camiseta decotada num tom de vermelho.
-Eu terminei meu portfólio ontem e preciso ter uma versão dele impressa, então eu vou sair pra resolver isso, mas devo voltar antes do almoço.
-Hm, entendi. Então tá bom.
-Ontem eu fui dormir e nem vi vocês chegarem. Achei que iam dormir na casa de Delphine. Aquela sapatão tem cara de que adora dormir agarrada depois de transar.
Meu sorriso saiu fraco com aquele comentário do meu irmão e meu sono não me permitiu dizer mais nada. Só minha mente que vagou mais uma vez no quão bom deve ser transar com Delphine Cormier. O que deve ter feito eu sorrir largamente com cara de boba.
-E aí? É bom? -Felix perguntou me despertando mais uma vez e sentou perto de mim.
-Bom? Do que você tá falando? -questionei ainda me sentindo desnorteada, mas antes mesmo dele responder eu entendi o que era.
-Do sexo, sapatão. De que mais seria?
-Ainda não rolou nada, Fee.
-Você tá falando sério? O que é isso? Voto de castidade?
-A gente tá se conhecendo primeiro, só isso.
-Ah, que desculpa mais esfarrapada. Você vive molhando calcinha pra aquela francesa.
-Ei, me respeita. -reclamei lhe empurrando com meu pé e ele riu.
-Tô mentindo? -Felix perguntou com um sorrisinho no rosto. -Eu duvido que você queira de verdade seguir esse lance de quem escolheu esperar. Coisa mais sem graça.
-Pra ser sincera, ontem quase rolou. -confessei mordendo os lábios e meu irmão abriu a boca surpreso como se recebesse a melhor fofoca do mundo.
-Agora sim a conversa melhorou. E o que deu errado? Por que não rolou?
-Eu não acho que ter ficado lá seria uma boa ideia, nem trazer Delphine pra cá. Charlotte ia querer ficar acordada conversando com a gente e ela poderia estranhar o fato de Delphine vir aqui só pra dormir. No final, Delphine deu uma sugestão da gente deixar a Charlotte aqui com você acreditando que iríamos pra uma festa, mas na verdade ela ia me levar pra um hotel.
-E por que vocês não fizeram isso? Eu não saí de casa ontem, poderia ter ficado com ela.
-Fee, eu não vou pra um hotel passar algumas horas só pra transar. Eu já tenho trinta anos, não dezoito. E eu não quero me sentir uma garota de programa ou coisa do tipo. Não que ela tenha dito nada nessa intenção, muito longe disso, mas sei lá, eu não sei se daria certo.
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Meramente Amor (Cophine)
Fanfiction[CONCLUÍDO]O amor é simples. Acontece. É preciso ser simples pra entender que as melhores coisas da vida não são ensaiadas, elas são espontâneas. O amor é transcendental. Você só precisa olhar nos olhos de alguém. E basta.