Capítulo Dezenove

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-PoV Cosima-

Passei a semana inteira pensando no meu primeiro encontro com Delphine. Eu não sabia o que vestir, o que fazer com meu cabelo, não sabia se deveria me maquiar e até o perfume cogitei mudar por não saber se ela gostava ou não do meu cheiro.

Se não fosse Felix na minha vida, provavelmente eu não teria chegado a conclusão nenhuma de tão nervosa que eu estava.

Assim que entrei no restaurante, escolhi ocupar um banco do bar por ainda estar muito cedo. Eu tive tanto medo de me atrasar que acabei me adiantando demais, coisa que raramente acontece.

Uma mulher me atendeu com um sorriso amigável e aproveitei pra pedir um suco de frutas vermelhas enquanto esperava.

Felix me ligou no exato momento em que ela se afastou e eu tinha certeza absoluta de que ele estava preocupado com meu excesso de nervosismo.

**ligação

Cosima: Oi, Fee.

Felix: E aí, sapatão? Conseguiu chegar inteira? Como você tá?

Cosima: Suando igual a tampa de marmita.

Felix: Cosima, relaxa. Você tá linda e é a mulher mais inteligente que eu conheço. Delphine tem muita sorte de tá saindo com você.

Cosima: Obrigada, Fee. Ainda tem tempo pra ela chegar, então eu vou tomar um suco e tentar distrair um pouco.

Felix: Ótimo, irmãzinha. Eu vou tá aqui torcendo por vocês. Te amo.

Cosima: Eu também te amo. Tchau.

**off

Guardei o celular na bolsa e quando voltei minha atenção ao bar, a mulher já estava de volta com meu suco nas mãos. Ela o colocou na bancada trazendo pra mais perto de mim e também me aconselhou depois de notar meu nervosismo.

-Vai dar tudo certo, não precisa ficar tão nervosa. Você só precisa ser você mesma.

-Meu nervosismo tá tão evidente assim? -perguntei já sabendo a resposta.

-Garota... você tá exalando nervosismo de longe. É o primeiro encontro?

-Oficialmente, sim.

-Legal, então tenta não fazer comparações com seu relacionamento passado, não fica falando só de você o tempo inteiro e seja simpática. Não tem como dar errado.

-Você tá certa. Obrigada pela gentileza. Acho que já tô um pouco mais tranquila.

A porta do restaurante abriu assim que dei o primeiro gole no meu suco e pela minha reação, a mulher que ainda estava na minha frente percebeu que meu encontro tinha acabado de chegar.

-Caramba, garota. Você se deu bem. Boa sorte. -ela disse olhando Delphine e depois se afastou.

Tentei disfarçar que eu estava completamente deslumbrada pela francesa enquanto ela se aproximava, mas meu sorrisinho de canto deveria estar mais bobo do que nunca.

Delphine estava belíssima numa mini saia cor de vinho e numa camiseta preta, o casaco estava apoiado em um de seus braços e eu não sei se ela tinha feito algo nos cachos, mas o cabelo dela estava impecável.

A maquiagem que ela usava era praticamente imperceptível, mas o gloss levemente rosado nos lábios deixou sua boca mais convidativa do que normalmente é.

Meramente Amor (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora