Capítulo Vinte e Oito

32 5 1
                                    



-PoV Cosima-

Antes da gente ir ao hotel, Delphine precisou entrar novamente em casa pra pegar sua bolsa. Enquanto ela não voltava, mandei mensagem pra o Felix pedindo pra pôr em prática o plano da mentira em que eu iria a uma "festa", já que muito provavelmente eu não voltaria pra casa naquela noite.

Sorri sozinha dentro do carro lembrando do quanto eu deixei Delphine nervosa minutos atrás e eu não via a hora de fazer algo parecido de novo só pra vê-la pegando fogo de desejo.

Eu acho muito fofo que ela esteja tão preocupada com a nossa primeira vez, em fazer o momento ser especial, mas a minha preocupação maior é garantir que ela tenha certeza do quanto eu a quero. Eu não sei ao certo, mas o fato de eu nunca ter ficado com uma mulher antes causa certa insegurança nela, como se a qualquer momento eu pudesse não gostar dos nossos contatos mais íntimos e assim deixar de gostar dela.

Mas, se ela soubesse tudo o que se passa pela minha cabeça antes mesmo do nosso primeiro beijo. Ela jamais teria esse tipo de insegurança.

Quanto ao que eu realmente sinto em relação a isso, até eu mesma me surpreendo, porque não me assusta, claro que eu tenho algumas dúvidas sobre o que fazer e como fazer, mas eu quero tanto estar com Delphine que parece que eu já sei exatamente tudo o que eu preciso saber.

É estranho eu nunca ter olhado pra o corpo de uma mulher antes como eu olho pra o de Delphine. Mas, sinceramente? Não tenho interesse em saber porque não gostei de mulheres antes, a única pessoa que me interessa agora é ela, mais ninguém.

(...)

Durante o caminho ao centro de Montreal, escolhemos um dos melhores hotéis de lá. Foi inevitável eu não me sentir um pouco constrangida no começo porque durante o check-in eles perguntaram até o motivo da estadia, mas Delphine respondeu com um simples "para dormir" e eles não questionaram mais nada.

Pegamos a chave do quarto e Delphine entrelaçou sua mão na minha assim que entramos no elevador. Esse simples gesto sempre me deixa tão boba que minha reação é beijar sua mão e fazer carinho até que precisemos soltá-las.

Entrei no quarto primeiro acompanhada de Delphine bem atrás de mim e enquanto ela trancava a porta, fui até uma mesinha de apoio deixar minha bolsa. Ela fez o mesmo me abraçando por trás logo em seguida e ficamos daquele jeito por pelo menos alguns minutos.

As mãos de Delphine acariciavam minha barriga, desciam pelos meus quadris e chegavam muito perto da minha virilha. Meu corpo tentou responder aquilo com vários gemidos, mas segurei todos eles mordendo os lábios com força.

-É tão bom tá assim com você. -Delphine falou baixinho enquanto a pontinha de seu nariz percorria pelo meu pescoço e alguns beijos eram distribuídos no caminho.

-Eu também tô adorando, Del. Você não faz ideia do quanto eu esperei por isso.

Fiquei de frente pra ela passando minhas mãos em seus braços... seus ombros, até sua nuca. Encarei bem seus olhos que tinham os mesmos sinais de excitação que os meus e colei nossos lábios num beijo lento que aos poucos foi evoluindo pra um beijo bem mais sensual e que fazia nossos corpos quase entrarem em uma dança.

No instante seguinte em que surgiu um estalo mais alto por eu ter sugado os lábios de Delphine, ela gemeu apertando minha cintura e uma de suas coxas encaixaram perfeitamente no meio de minhas pernas. Comecei a rebolar ainda devagar procurando um contato maior do meu meio nela e aproveitei suas mãos firmes ainda em minha cintura e desci com elas mais um pouco até minha bunda.

Delphine sorriu me apalpando com força e continuava a estimular meu rebolado até que eu precisei lutar contra meus próprios espasmos e contra minha respiração falhada.

Meramente Amor (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora