O casamento da minha melhor Amiga - Portirroni

Capítulo 5

  ***MAITE***

  O que posso dizer de Andres Tovar?

  Ele é um cara espetacular que me enche de mimos 24 horas por dia. Nosso sexo também é incrível, nos damos muito bem.

  Eu não estou triste por estar casando com ele. Tovar me faz bem e é disso que eu preciso.

  Já estávamos "casados" há meses.  Começamos a morar juntos com poucos meses de namoro e ele quis oficializar nossa união.

  Ontem fizemos a celebração religiosa e hoje será o civil que é o que irá concretizar nossa união.
Ali estava eu com os braços dados com os meus pais para fazermos a entrada.
- Ela está aí! - minha mãe disse baixinho em meu ouvido.
- Oi? - fingi não ouvir, só para que ela repetisse de novo.
- A Anahí veio.
- Queria falar com ela antes... - dei um sorriso e minha mãe deu uma leve risada. Segurou o meu rosto e depositou um beijo, entendendo o que eu queria dizer
Foi então que veio um dejavu na minha cabeça. Eu sempre recebia um beijo da Anahí quando dava um sorriso. Eu tinha até vontade de sorrir constantemente só para receber o seu carinho o tempo todo.
Que vontade de correr lá fora rapidinho. Mas não, não dava.
      Fizemos a entrada, a celebração, os votos e a assinatura. Jessica Coch, minha melhor amiga, foi a minha madrinha.
       Sempre eu olhava para os convidados e não achava a Anahí. Será que ela não tinha vindo? Não, minha mãe disse que ela estava aqui... Mas e se foi embora?

      Depois da cerimônia cívil, fizemos a saída. Aí de longe eu avistei seus olhos.

     Era incrível como aqueles olhos azuis eram capazes de me prender à distância. 

    A cada passo que eu dava, meu coração tremia e ali estava ela. Ao me aproximar, notei que seus olhos estavam cheios de lágrimas. Ela não sorria e parecia pensativa, mirando a minha mão que estava dada com o meu marido.

    Tovar não percebeu que eu estava caminhando em direção a Anahí e foi cumprimentar um rapaz à sua direita. Chegando perto dela eu sorri. 

    - Any!! - falei com empolgação. 

    Ela deu um suspiro e por segundo ficou imóvel. Parecia que não queria me abraçar e eu já cheguei abrindo os meus braços e me aproximando para senti-la de perto. 

    Soltei a mão de Tovar para abraça-la e ela enfim me abraçou. Apesar de parecer que foi uma eternidade em minha memória, tudo isso aconteceu em poucos segundos.

     - Que bom que você veio! - eu disse.

     Ela me olhou e deu um sorriso. 

    - Eu nunca faltaria em um momento tão importante da sua vida. Imagino o quanto você esteja feliz. - disse e logo em seguida soltou um suspiro melancólico. 

      - Estou muito feliz! - respondi. - estou feliz porque você está aqui na minha frente. Você não imagina a saudade que eu estava de você!

    Então a abracei novamente. Esse abraço foi mais demorado. 

   - Podemos conversar a sós? - Anahí perguntou no meu ouvido. - Assim que você puder. 

    - Claro! - respondi.

     Senti a mão de Tovar em minha cintura. 

   - Vamos, meu amor? - ele perguntou.

   Apertei a Anahí em meu abraço antes de soltá-la e ela fez o mesmo.

   Nós nos separamos e eu a olhei novamente. 

    - Eu te amo! - eu disse.

     Os olhos dela encheram de lágrimas imediatamente. Parecia que ela queria falar alguma coisa, mas se manteve calada.

    - Vamos, amor? - Tovar repetiu a pergunta. 

    Anahí olhou a mão de Tovar em minha cintura. 

  - Vai lá, amiga. Seu marido está te esperando. - ela disse.

   Anahí deu um passo para trás, encostando no ombro de Manuel Velasco. Parecia que queria se proteger de alguma coisa.

    - Parabéns, Tovar! Estou feliz por vocês! - Anahí disse sem nem ao menos tocá-lo.