Capítulo 11

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***ANAHÍ***


" Não deixe isso acabar, por favor!   eu disse em seu ouvido.

    Não vai acabar... ela sorriu me dando um beijo me rosto."


Mas acabou.

Aquele momento mágico e nostálgico do casamento (dela que não era meu) acabou junto com os meus sonhos. Depois de sair dos meus braços ela voltou para o marido e assim continuou até o final.

Não aguentando mais ficar naquele ambiente pedi para ir embora e não me despedi da Maite. Ela em nenhum momento largava aquele marido e eu não estava em condições de encará-los na minha frente.
  
     Os dias que se passaram foram tristes e monótonos. Nem a alegria dos meus filhos fazia com que o meu humor mudasse.

      Tudo parecia igual e parado.... até que um dia recebi um recado de uma de minhas funcionárias: 

    — Srª Anahí, a Maite Perroni se encontra na sala lhe aguardando. 

   — Quem?? — perguntei incrédula. 

Ela ficou um sem graça em dizer. 

— Desculpe ter deixado ela entrar sem a sua permissão. — ela disse rapidamente. — Sei que fiz errado, mas posso pedir para que ela volte em outro momento ou então...

Interrompi a fala dela com um pulo e corri para a sala. Meu coração disparou e eu fiquei sedenta em vê-la até que cheguei na sala e a vi. Com uma calça legging na cor bege, um suéter largo de trico de igual cor, cabelo amarrado e um sorriso nos lábios. 

  Parecia que em volta dela tinha um brilho. Não sei explicar. Parei na beleza daquele olhar. Ela ainda me sorria, quando levantou e caminhou na minha direção. Não pude deixar de notar que estava com uns quilinhos a mais. Sei que o suéter não contribuía muito, mas foi essa impressão que tive.

    Ela chegou perto de mim e estendeu os braços.

   — Parece que viu um fantasma. Sou apenas eu!

    Pulei em seu braços e a abracei. Ela fez o mesmo e acariciou as minhas costas.

   — Meu amor, eu sinto a sua falta. — eu disse.

   Ela apenas me apertou em seu abraço e quando nos separamos, ela acariciou a minha bochecha com o dorso de sua mão, enquanto a sua outra mão ainda pousava em minha cintura. Parecia que ela ia me beijar ali mesmo. Não era um local apropriado, mas sinceramente, eu não me importaria nem um pouco se ela fizesse isso. Mas não fez.

    — Eu também sinto a sua falta. — ela sorriu.  — E... Any, eu preciso conversar com você.

   — Você se separou? — perguntei animada e ela deu risada. 

   — Não.

   Peguei em sua mão e caminhei com ela até o meu quarto. Assim que fechei a porta, não me contive, segurei a Maite pela cintura e a beijei. Ela não pareceu nem um pouco surpresa com o beijo, era como se já esperasse. Correspondeu na mesma intensidade.

    A língua dela tocava a minha e eu só tinha vontade de continuar. 

   Estávamos no meu quarto, com uma cama imensa ali e eu não pensei duas vezes. Eu queria e precisava viver esse momento com a Maite. Coloquei a mão por baixo do suéter dela, na intenção de tirar, porém ela me impediu.

    Maite segurou as minhas mãos, enquanto secava os próprios lábios, encostando um no outro.

   — Any, eu vim conversar...

   — Desculpe, eu não resisti.

   — Eu também não... Mas eu preciso te contar.

   Ela começou a ficar nervosa. Como se não tivesse coragem de me contar.

 Olhava nos meus olhos e eu tentava desvendar o que queria me dizer.

  Foi quando ela soltou as minhas mãos e colocou em cima da própria barriga.

  — Eu estou grávida. 


O casamento da minha melhor Amiga - PortirroniOnde histórias criam vida. Descubra agora