Capítulo 37

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Manuel expressou sua raiva e se mostrava bastante tenso com a situação. Maite sentiu o coração apertar diante da reação dele, enquanto Anahí tentava manter a calma e a compostura.

—Manuel, por favor, vamos conversar sobre isso com calma. — Anahí tentou acalmar os ânimos, mas Manuel parecia determinado em expressar sua indignação.

— Não acredito que você está trazendo ela para cá como se fosse natural! — Manuel exclamou, com a voz carregada de frustração. — Você vai ficar com ela então?

Maite sentiu um nó na garganta, lutando para encontrar as palavras certas diante da situação delicada.

—Manuel, não é assim... - ela começou, mas ele a interrompeu, visivelmente magoado.

— Você não pode simplesmente entrar aqui e tomar uma decisão dessas como se nada tivesse acontecido! - Manuel protestou, sua voz ecoando na sala.

— Não fala assim com ela. — Anahí defendeu. — Olha, nós precisamos conversar sobre isso com calma. Eu entendo que seja difícil aceitar essa situação, mas... - Anahí tentou argumentar, mas Manuel a cortou.

— Não quero ouvir desculpas! - ele disse, com os olhos faiscando de emoção. - Você está escolhendo ela em vez de mim, Anahí?

Maite sentiu um aperto no peito ao ver a expressão de dor no rosto de Manuel. Ela sabia que suas escolhas estavam afetando não apenas sua vida, mas também a de todos ao seu redor.

— Manuel, eu... - Maite começou, mas suas palavras se perderam no ar, incapazes de expressar toda a complexidade de seus sentimentos.

— Já disse que não quero te ouvir. — Manuel esbravejou.

Anahí respirou fundo. A raiva havia tomado conta do seu corpo.

— E eu já falei para você não falar assim com ela. E quer saber? Se "não está tudo bem" pra você pouco me importa. Hoje a Maite vai dormir aqui e ponto final.

— Não vai. Aqui é a minha casa e ela não vai entrar.

Anahí deu uma risada debochada.

— Ah, era o que me faltava. Aqui é a minha casa também.

— Anahí, eu aguentei sua traição sem falar nada, aguentei essa ideia ridícula de relacionamento aberto e revezamento, mas não vou tolerar que você traga sua amante e a filha dela para viver aqui em casa.

— Namorada. — Anahí corrigiu. — Ah, ok. Mas a traição do Andrés você tolera e até acoberta? — disse com desdém.

— Acoberto e com razão. Ele já estava sendo traído, o que tem demais fazer igual? — falou rispidamente. — Eu que sou bonzinho. Deveria ter feito o mesmo.

— Aposto que ninguém te quis... — Anahí levantou uma sobrancelha falando com sarcasmo.

Manuel ia argumentar, mas Anahí colocou a mão na frente, o impedindo.

— Não quero mais ouvir nada também. Quem cansou fui eu. Não quero ficar nessa casa. — ela se virou para Maite. — Vamos, amor, vamos pegar nossos filhos. Vou fazer uma mala e vamos para um hotel. É a melhor coisa!

— Você não vai levar os meus filhos.

— Infelizmente "nossos". Foi a única parte boa desse relacionamento. — suspirou. — Mas vou levá-los sim. Depois acertamos visitas e tudo mais. Não estou a fim de conversar agora. A Maite e a Lia não merece ficar ouvindo isso aqui!

Maite observava a cena com um misto de tristeza e desconforto, desejando que as coisas não tivessem chegado a esse ponto.

O casamento da minha melhor Amiga - PortirroniOnde histórias criam vida. Descubra agora