Capítulo 23

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***ANAHÍ***

Não era nada bom ver Maite andar de mãos dadas com o Andrés e saber que iam passar a noite juntos. Ok, eu estava vivenciando isso até então, mas a angústia era inevitável.

Acompanhei eles até o quarto e a minha vontade era entrar, deitar naquela cama e não sair de jeito nenhum, até que o Andrés se cansasse e deixasse a Maite dormir comigo.

A babá estava no quarto e Andrés pegou a criança em seus braços e deu um beijo em sua testa.

— eu te amo, meu amor. Agora você vai ficar com a TIA Anahí.

— Mamãe Anahí. — corrigi imediatamente. — Não gosto de ser chamada de madrasta, prefiro ser uma segunda mãe.

Andrés revirou os olhos e aproximou Lia de Maite que ela pudesse se despedir.

— Boa noite, meu amor. — ela deu um beijo em seu rosto. — Dorme bem!

Andrés entregou Lia em meus braços e eu olhei para Maite, esperando que ela se aproximasse. Ela ficou sem graça, mas entendeu o recado. Foi até mim e então se inclinou para dar um selinho. Com um braço segurei a Lia e com a outra mão segurei em sua nuca para beijá-la com toda meu desejo e vontade, sem me importar que Andrés estava nos olhando. Ela retribuiu, porém logo já fez esforço para se afastar

— Dorme bem, Any. Cuida da minha princesinha pra mim. — disse entregando a bolsa de Lia.

— Nossa! — corrigi, pegando a bolsa e colocando no ombro.

Logo que me virei, Andrés fechou a porta. Dei um suspiro e olhei para Lia.

— Vamos, filha? Vamos passar a noite junto com o seus irmãos!

Quando cheguei no quarto com Lia nos braços, meus filhos olharam animados. . Manu e Emiliano vieram ao nosso encontro fixando o olhar na pequena visitante com curiosidade e surpresa.

Manu sorriu.

— A Lia vai ficar aqui com a gente, mamãe?

Sorri de volta e fui até a cama, colocando Lia ali deitada e eles ficaram ao lado dela.

— Sim. Ela vai dormir aqui esta noite. E quero dizer para vocês que agora ela será sua irmãzinha.

— Irmãzinha? — Manu perguntou confuso.

— Sim! — falei sem explicar. Era melhor eu falar com Velasco antes de qualquer coisa.

Os olhos de Emiliano brilharam com fascínio enquanto ele observava a pequena Lia, e Manu, após um breve momento de surpresa, acenou em aceitação antes de se aconchegar novamente no travesseiro.

— Ela é tão pequenininha! — Emiliano disse.

Ri suavemente, acomodando Lia no meio dos dois irmãos mais velhos.

— Sim, ela é. Agora, temos que dormir. Vai ser uma noite tranquila.

Os pequenos, ainda envoltos pela sonolência, fecharam os olhos novamente, aceitando a presença da sua nova irmã. Tomei banho e depois de me arrumar, liberei a babá para passar um tempo sozinha com meus filhos.

Olhei para os meus filhos e me senti realizada. Lia, estava cercada pelo aconchego de sua nova família e eu estava feliz em vê-los ali comigo. Só faltava a Maite para nossa família ficar completa.



***MAITE***

Depois de uma noite intensa fazendo amor com Andrés, ele se deitou ao meu lado e me conduziu para que eu me aconchegasse em seus braços.

Dei um suspiro e sentei na cama.

— Vou buscar a Lia. — eu disse.

— Não, não. — ele disse imediatamente, sentando na cama. — Pode deixar que eu vou buscá-la. Você fica aqui descansando.

Quando ele disse a última palavra, logo me veio a mente sobre o que havia acontecido entre ele e a Anahí. Por vingança ou inocência, eu tinha a certeza que ele falaria que eu estava "cansada" e isso com certeza magoaria a Any.

Andrés olhou para mim e ficou decepcionado em ver que eu queria ir, mesmo assim, não fez menção de desistir.

Ele se levantou e começou a colocar a roupa. Dei mais um suspiro e me levantei também.

— Pode deixar que eu vou lá. Quero ver o Manu e e o Emiliano.

— você pode vê-los amanhã. — Andrés me disse.

— Melhor eu ver hoje....

Mais uma vez Andrés me olhou decepcionado enquanto me observava colocar a roupa. Saí de lá com peso na consciência. Eu tinha que resolver logo tudo isso. Não dava para ficar desse jeito.

Cheguei no quarto e bati na porta. Em poucos segundos, Anahí abriu e ao me ver, abriu um lindo sorriso que me deixou encantada. Seus olhos até brilhavam.

— Você que veio!

Ela segurou a minha cintura e me deu um beijo apaixonado. Eu segurei seu rosto e retribuí na mesma intensidade.

— Eu tinha certeza que viria o Andrés... — ela falou com a testa colada na minha.

— Ele estava vindo, mas eu achei melhor vir. Eu sabia que você não iria gostar...

— Não. — ela sorriu ao ver que me preocupei com ela. — E, além disso, eu estava morrendo de saudade.

Olhei para cama e vi "nossos" três bebês ali deitadinhos, juntinhos. Eu me derreti ao olhá-los.

— Que lindos esses três juntos.

— Sim! — Anahí olhou derretida também. — Estou aqui o tempo todo babando de amor.

Ela me abraçou e me deu um beijo no rosto.

— Vamos dormir juntinhas com os nossos filhos?

— Amanhã. — falei acariciando seus cabelos. — Hoje estou com o Andrés.

— Infelizmente. — ela suspirou e foi mais perto do meu pescoço, fazendo com que sua respiração arrepiasse cada parte do meu corpo e imediatamente sentisse uma excitação sexual incontrolável por ela.

— Infelizmente. — concordei por instinto já que meu corpo naturalmente já estava desejado estar com ela.

— Infelizmente? — ouvi uma voz masculina na porta, que estava aberta.

Nós duas nos viramos em um susto. Era o Andrés.

O casamento da minha melhor Amiga - PortirroniOnde histórias criam vida. Descubra agora