Capítulo 7

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***ANAHÍ***


Eu não estava arrependida do beijo, estava arrependida de outra coisa.

Estava arrependida por ter deixado com que ela casasse com outra pessoa e não eu.

   A Maite me olhava com aqueles olhos castanhos que me fascinavam. Que sorte tem o Andres que pode acordar com aqueles olhos lhe admirando. Confesso que já tive a chance de ter essa sorte. Durante anos tive a oportunidade de acordar com aqueles olhos me mirando com tanta ternura enquanto meus cabelos eram acariciados.

    Ela me dava um beijo, afundando a minha cabeça no travesseiro e deixando seu corpo pesar sobre o meu. Sempre me questionei se ela não percebia a malícia que aquele gesto tinha. 

     Como eu torcia para o Guido "liberar" a Mai para que ela pudesse dormir comigo. Pena que não acontecia com q frequência que eu gostaria. E agora, não aconteceria mais.


     Senti ela segurar o meu rosto com mais delicadeza e me conduzir para mais um beijo.  Aquele beijo não podia para nunca! Eu não queria.  Sua língua suave, seus lábios delicados e seu toque estremecedor. Eu estava me apaixonando ainda mais por ela. 

    Segurei as laterais de seu rosto apenas com as pontas dos dedos e olhei para ela. 

    - Podemos ir lá fora e dizer que o seu casamento foi anulado e que agora você vai se casar comigo? - sorri ao dizer isso e ouvi a sua risada. Vi a Maite fechar os olhinhos e mostrar sua covinha. Como aquilo me fascinava. 

     -  Se você não fosse casada, talvez até daria certo... - Maite disse. 

     - Se você quiser, eu me separo!

     Ela deu um suspiro e olhou para mim. Sua covinha ainda aparecia mesmo que o sorriso não estivesse mais ali. 

     - Todos esses anos você nunca me procurou! - Maite falou em um tom melancólico. - Por que você me diz isso só agora?

     - Eu.... - suspirei e não consegui terminar a frase. 

     Por que eu não a procurei? boa pergunta!

     Por que eu me permiti sofrer em silêncio todos esses anos?

    Ficamos em silêncio e ela não parecia disposta a ceder. Esperava alguma resposta minha. 

     - Porque eu sou uma idiota! - finalizei. Era a única conclusão que eu eu podia dar. 

    Ela segurou o meu rosto e deu um selinho demorado. 

    - Eu te amo! - ela disse. - Nunca se esqueça disso!




O casamento da minha melhor Amiga - PortirroniOnde histórias criam vida. Descubra agora