Ri descaradamente quando vejo Vicente passando a mão nos cabelos castanhos na parte de trás de sua cabeça para limpar uma bolinha grudenta feita com um pedacinho de papel e saliva.
Ele torceu o nariz quando a bolinha estava na sua mão, sentindo-a úmida. Vicente jogou a bolinha no ar e foi logo se virando para mim, praticamente ficando de costas para a professora que explica algo chato no quadro.
— Vou contar pra mamãe — ameaçou ele. — E para suas duas mães também — completou a ameaça, me fazendo estremecer na cadeira.
Minha mãe Samantha vai me deixar de castigo e minha mãe Gabriela não irá me deixar brincar no parquinho. Ambas já falaram que na hora da explicação é para prestar atenção e não conversar ou brincar. Mas eu não consigo ficar quieto por muito tempo, me dá agonia e sinto-me sufocado. Anseio em fazer algo.
Vicente é o meu melhor amigo desde o berço, já que formos criados juntos devido sua mãe Lys ser melhor amiga e protetora da minha mãe Samantha, um cargo de alto patamar para um de nossa espécie: Syton. Somos a raça mais poderosa entre as espécies que habitam o C/E/F/F, a mesma coisa de chamar onde vivemos de planeta terra ou mundo, mas batizada assim devido aos territórios divididos, e cada um com suas peculiaridades.
Não sei de muita coisa, já que minhas mães não me deixam saber de coisas de adultos tão cedo. Sempre usam a desculpa que tenho apenas 10 anos. Mas eu, mesmo não prestando atenção em tudo, sei mais coisas que as outras crianças, até porque um dia serei eu a governar tudo que governam. Sou descendente direto do Supremo syton, o qual me dá dons especiais mais do que outros. Antigamente, sou chamado facilmente de príncipe, o próprio herdeiro, já que sou filho único. Mas hoje, meu título é Suprinz, o futuro Supremo. É muito legal ser bajulado, mas é chato ter responsabilidades.
Moro no C.E.N.T.R.O, o lugar onde todos querem morar e dominar. Fica na parte superior do C/E/F/F, sendo o C que compõe o nome. Cada letra do C.E.N.T.R.O é uma sigla.
Conhecimento.
Esperança.
Nação.
Tratados.
Raças.
Ordem.
O C.E.N.T.R.O é o lugar que possui mais conhecimento, onde todas as raças são bem-vindas a ter uma vida boa e cheia de prosperidade, sendo protegidas pelas minhas duas mães, as Supremas. Aqui foi a esperança de muitos que viveram tempos de guerra no passado, a qual foi responsável pela divisória tão drástica do mundo. Meus antepassados e outras espécies venceram a guerra, e entre si criaram tratados de paz, para deixar nossa nova casa em ordem. Hoje somos uma nação dominadora e superior as outras.
Uma nação que devo cuidar quando for mais velho. Será muito legal. Não vejo a hora de deixar de ser um suprinz e me tornar o Supremo. Ninguém vai me pôr de castigo e Vicente será meu protetor, vai bater em quem eu quiser, como Lys obedece às ordens de minha mãe.
Levo o canudo feito da caneta para boca, armando-a com uma bolinha de papel. Encho minhas bochechas de ar e me preparo para...
— Henrique, se não está prestando atenção, então creio eu que já sabe de tudo — repreendeu a professora antes que eu atirasse mais uma bolinha na cabeça de Vicente, o mesmo que rir convencido ao saber que sou chamado atenção mais uma vez.
Tento esconder o canudo debaixo da carteira, mas todas as crianças na sala já olhavam para mim, sendo testemunhas. Eu queria ter o poder de ordenar que parassem de olhar, mas essas são as crianças que tomarão o lugar de seus pais no parlamento, serão ministros e ministras, as mesmas descendentes das espécies que apertaram a mão do Supremo, no fim da guerra, e governam trechos do C.E.N.T.R.O.
— Sei, sim... — minha voz falhou, já que estou mentindo e não lembro o que ela explicava.
— Ótimo! — A professora colocou uma mecha do cabelo loiro atrás da orelha e sentou na cadeira perto do quadro, cruzando as pernas. — Então você pode explicar para turma os acontecimentos da Guerra Sanguinária.
Engoli em seco, já entrelaçando os dedos nervosamente, mas mantenho o olhar firme e a expressão neutra. Eu sei mediamente sobre ambos.
Tentei explicar para a professora e para a turma que esperam uma resposta:
— A Guerra Sanguinária foi o fim do mundo antigo e início do novo, dada tal nome devido aos inimigos chamados de sanguinários, os predadores.
Minha explicação foi breve, mas firme e palavras certas. Tenho 10 anos, mas preciso mostrar aqueles que um dia serão meus aliados que posso governar e mandar neles.
Só posso ser uma criança com meu círculo íntimo: minhas mães, Lys, Fábio e Vicente, ainda sim dentro de casa ou quando estamos sozinhos. Fora do meu lugar de conforto, não sou Henrique, e sim, o suprinz.
A professora pigarreou, pois eu sei exatamente do que ela falava, mas não o suficiente. Meus colegas também sabem do que falo por seus pais contarem as histórias que hoje são canções de terror e motivos de comermos a sopa de legumes para que nenhum sanguinário venha sugar nosso sangue. Ou que os monstros que lutaram ao lado inimigo saiam daquele buraco profundo e escuro que é chamado de F.O.S.S.O. Já basta termos que lidar com o F.U.N.D.O e o Ex.Te.R.N.O, as letras iniciais que compõem o C/E/F/F.
— Sempre existiu monstros para lutarmos, desde que o mundo era mundo. A raça responsável pela criação de espécies é a humana. Sem poderes, sem dons, sem nada. Essa é a raça que cria e destrói. Sobreviveram ao caos que os próprios criaram, já que destruíram o mundo que viviam. Quando a superfície já não era habitável, cavaram para baixo, e alguns se foram para cima, além desse mundo, para o espaço. Os que ficaram vivendo em um plano baixo, desenvolveram mutantes, uma raça mais poderosa para que conseguissem sobreviver lá embaixo. — A professora se levantou e desenhou no quadro um grande círculo. Ela dividiu esse círculo em três linhas horizontais. — Como já sabem, vivemos aqui. — Escreveu o nome do lugar que vivemos em cima de todas as linhas. — E foi aqui que os humanos habitaram por milênios e criaram raças. — Ela escreveu F.U.N.D.O na linha abaixo do C.E.N.T.R.O.
Eu sei o significado de cada letra.
Facções.
Ultrapassado.
Necessidade.
Desordem.
Omitir.
Lá embaixo vivem as espécies miseráveis, descendentes dos nossos inimigos do passado — uma herança trágica de lugar a se viver. Há tubos de ventilação que o C.E.N.T.R.O deixou para que tenham oxigênio para respirarem, já que os criadores o fizeram exatamente para jogar ar de cima para baixo, passando por etapas para que seja um oxigênio puro — isso mantém as espécies vivas. O que o F.U.N.D.O não possui e nunca terá é a luz solar em sua cabeça, apenas usam lâmpadas para enxergarem. Ao menos, foi o que Lys relatava para minha mãe enquanto eu brincava no tapete com Vicente. Minha audição é boa.
Era para ser uma prisão, mas hoje é um lugar de desordem, onde não há governantes. Eles se juntam em grupos chamados de facções e sobrevivem na miséria sem um pingo de consciência, já que cometem crimes e são omitidos, e não presos. Se não há regras, não há bloqueio. Mas com isso vem os desafios de lá, o qual impulsiona os desejos das espécies de subirem. Como são muitas, os soldados daqui de cima protege a entrada do F.U.N.D.O, os impedindo de subirem.
Enquanto o C.E.N.T.R.O é cheio de tecnologias, o F.U.N.D.O é um lugar ultrapassado. Vivem... Como Lys disse mesmo? Lembro de ela falar que o povo de lá não vivem, apenas sobrevivem. Há outras coisas que não entendi quando ela falava. Acho que era sobre problemas de invasão ou algo do tipo. Não me preocupo com isso, já que sempre serei protegido pelas minhas mães que juraram nunca me abandonar e estarão aqui para quando eu precisar.
A professora explicou com detalhes sobre o F.U.N.D.O ser um lugar miserável, a fome e os desafios. Lá, pelo que explica agora, é um como um mundo de favelas e guetos: as casas feitas desorganizadas e as espécies lutando para sobreviveram diariamente.
— Mas tudo evolui com o tempo. Até mesmo os mutantes que os humanos criaram. Essa foi a era da e evolução. O escuro criou seres obscuros, com tantos experimentos errados que os humanos desenvolveram. Enquanto o F.U.N.D.O era dominado pelas espécies novas, uns acasalando com outros, dando mutantes, o tempo aqui em cima evoluía. A radiação e a destruição estavam indo embora, mas os de baixo estavam ocupados demais batalhando por dominação que esqueceram que existia um cima. — A professora escreveu na última linha as letras de siglas: F.O.S.S.O.
Vi o giz tremer em seus dedos, até mesmo as crianças se encolheram nas cadeiras. Me mantive atento, a minha essência querendo quebrar esse quadro devido a entender o que ela explicará a seguir, a espécie que tudo de mim nasceu para batalhar e odiar, que é o motivo de mim um dia governar outras espécies, de eu ser um suprinz, de todos os meus antepassados existirem.
— A Guerra Escura foi o que aconteceu no F.U.N.D.O. Os vencedores expulsando os inimigos mais para baixo. Os humanos já não eram apenas os únicos criadores, existia outros. Esses outros eram mais poderosos e com poderes de destruição — continuou a professora. — A espécie syton desenvolveu mais habilidades para lidar com esses monstros.
As crianças viraram-se para mim e Vicente, já que somos os únicos sytons da sala, e eu tendo o mesmo sangue que circulava no primeiro syton nas veias. Minha mãe Samantha me contou a história da criação.
Nascemos para a guerrear e vencer, dominar e ter títulos. Meus poderes são incertos, já que venho desenvolvendo surtos de criação, o que acontece quando uma espécie nova nasce, uma evolução que passarei para meus futuros descendentes. Sou um syton mais evoluído do que minha mãe Samantha, a Suprema, e do homem syton que não sei quem seja, mas me deu característica.
Nunca entendi o porquê desse homem ser citado em poucas vezes que há discussão sobre meu nascimento. Minha mãe Gabriela já sentou comigo e explicou que não possuo genética dela, mas que sou o verdadeiro filho dela. É claro que eu sou. Ela que me cria e me protege. É casada com minha mãe Samantha e me faz rir. Mas ambas já me falaram que quando eu for mais velho, explicarão sobre como os bebês são feitos e o motivo de tanta confusão no parlamento sobre quem seria o homem a me dá genética, chamado de pai biológico.
Minha espécie há características físicas que nos denunciam como syton. Temos as orelhas pontudas, a pele mais morena, e uns chegam a serem acinzentados, como a pele da minha mãe Samantha — a cor das cinzas depois que termina de queimar o carvão. Agradeço que a minha seja morena, mesmo que minha mãe fique linda com a cor da pele, apenas não acho que combinaria comigo. Temos asas lisas com pontas afiadas, já que antes minha espécie vivia no escuro de cavernas, então os humanos ao nos criar, tomaram as asas de morcegos como uma bela característica.
Há mais poderes em nós, mas não sei de tudo. Como falei: minha mãe me priva de muita coisa por causa da minha idade. Mas parece que chorar de dor de cabeça e ouvir vozes não é uma característica syton, já que o médico relatou ser crise de criação, uma evolução. Sou o suprinz a ser orgulhar. O primeiro depois de muito tempo a passar uma nova genética aos filhos. Mal sabem eles que nunca vou casar ou ter filhos. Prefiro viver sozinho jogando videogame.
— Os sytons venceram e expulsaram os inimigos. Se reproduziram, é claro. Idolatraram o primeiro syton como um rei, o que mais mostrou esforços. As espécies o escutavam, e o seguiram. Esse mesmo syton que resolveu subir para a superfície e ver com os próprios olhos a destruição. Mas ao chegar aqui, viu apenas vegetação. O mundo era rodeado por grama, árvores grandes entrando em prédios destruídos, carros com musgos e destroços abraçados por vigas. O ar estava mais puro de se respirar, sem precisar de máquinas para filtrar. — A professora sentou na cadeira. — Construíram um mundo aqui em cima novamente, mas os de baixo subiram. Não quiseram mais o F.U.N.D.O, já que foram oferecidos a eles. Quiseram a destruição. De lá saiu o primeiro sanguinário, a espécie predadora. Nascido para matar, sendo apenas o sangue como alimento. O sangue syton como a fonte de poder principal. Criaram necessidades primitivas de duelarem e se odiarem, inimigos declarados de essência. Aí iniciou-se a Guerra Sanguinária.
Fatal.
Obsceno.
Sofrimento.
Sanidade.
Oposto.
O F.O.S.S.O é onde faz todos estremecerem. É lá onde vive os monstros que se alimentam da desgraça. Dizem que a entrada é no centro do F.U.N.D.O, lacrado com uma tampa tão pesada que nada sai ou entra, nem bombas são capazes de quebrar. Esse é um trato de todos, cada espécie, seja amigos ou inimigos, de sempre manter aquilo fechado. Uma única faísca de união, um inimigo comum de cada ser vivo.
A Guerra Sanguinária que deu origem ao mundo que vivemos hoje. Essa guerra que todos contemplavam os syton por serem tão predadores quanto os sanguinários. Essa mesma guerra que durou anos.
Os Sanguinários são horríveis. Nunca se deve falar muito deles. Como eles são? Ninguém sabe. Foram extintos depois da vitória dos sytons e as espécies que duelaram. Apagaram registros e tudo em relação a eles. É a espécie não falada. A esquecida. Hoje foi falado deles para nunca mais, só para sabermos como nossa civilização foi criada.
— Professora, e a proteção do C.E.N.T.R.O? — perguntou Beatriz, a filha do ministro Delgado. Ela tomará o lugar do pai e cuidará de relações diplomáticas, estabelecendo acordos.
Eu e ela estamos namorando. Eu mandei ontem uma cartinha escrita se ela queria namorar comigo, e dois quadradinhos, um escrito sim e o outro, não. Ela marcou o sim. Então hoje somos namorados.
Beatriz é a menina mais bonita da sala. Os cabelos rosados brilham quando ela treina seus dons de cura, a pele branca fica facilmente vermelha muito tempo exposta ao sol, e seus olhos rosados são lindos. Suas características denunciam sua origem.
É da espécie tyfon, a que consegue acelerar o tempo em pequenas circunstâncias, como deixar uma semente em um ramo de árvore, ou apodrecer uma maçã boa para o consumo. Os mais fortes, treinados e especializados, trabalham como médicos. Eles aceleram o tempo de cicatrização.
— Uma boa pergunta, Beatriz — elogiou a professora, relaxando os ombros. Sua aflição de contar sobre a Guerra Sanguinária se esvazia e consegue prosseguir com a aula. — A espécie furtruck é a espécie exilada. Ninguém dessa espécie vive dentro das proteções. Os sytons são fortes, mas os furtruck possuem poder tanto quanto. São inimigos declarados desde que a Guerra Sanguinária se foi. E aqui, dentro do C.E.N.T.R.O, aconteceu a Batalha Dominadora. Vitória novamente dos sytons. Os furtruck até hoje tentam invadir para conseguirem dominar todos.
— Por que não mandam eles para o F.U.N.D.O como prisão? — perguntou Vicente, a mesma dúvida que tenho. Seria mais fácil prendê-los lá embaixo e não os deixar soltos fora das proteções.
— São fortes, Vicente — explicou a professora, a voz baixa de lamentação, já que ela ficou de licença por um mês por seu marido ter sido morto por um furtruck. Ele era soldado de campo, mas nunca voltou de lá de fora. — As proteções são feitas para deixá-los lá fora, proteger as espécies aqui dentro. Sou professora, mas não sei de tudo. Minha Suprema mantém a proteção, e sou grata por tal coisa. — Sorri ao ver a admiração de minha professora ao falar da minha mãe. — O Ex.Te.R.N.O é criação das espécies rebeladas que nunca tiveram lugar entre nós. Nunca fracos o bastante para prendê-los. Nunca poderosos ao bastante para entrarem. Vivem lá fora. O resto do mundo é deles.
Exclusos.
Terríveis.
Ruína.
Ninhadas.
Ousadia.
As espécies lá fora são exclusas do C.E.N.T.R.O, e aprendem a viver em um mundo destruído, já que os antepassados apenas pegaram um pequeno continente para transformar em casa. O resto é tudo destruição. As espécies vivem nas ruínas de um mundo devastado. Há várias ninhadas que obedecem a pequenas civilizações, essas aceitam serem governados por alguém, não um lugar sem nada, como o F.U.N.D.O.
Lys relatou ter lugares chamadas de tribos, como bem antigamente os humanos batizavam um território que seu povo viviam. Ela os elogiou pela ousadia de sobreviverem, mesmo não concordando com algumas regras de convivência. Os soldados de campo vão lá fora e poucos voltam. Não sei o que querem fora das proteções, já que tem tudo aqui dentro. Os furtruck e tantos nos odeiam.
— Queria que fossem mais velhos e explicar todas as complexidades do C/E/F/F, mas creio que futuramente saberão mais coisas do que eu. Terão acesso a informações confidenciais, e tantas outras coisas que não consigo imaginar. — A professora parecia querer saber de assuntos que nunca terá acesso, e se entristece quando sabe que nunca saberá.
A sala ficou silenciosa enquanto digerimos a aula de história de hoje. Apenas espero que na prova caia coisas fáceis. Essa professora tem mania de falar e falar e na hora de fazer a prova, cai coisas nunca faladas.
O melhor barulho do mundo soa no ar e quase pulo de felicidade ao ouvi-lo: o sinal de encerramento da aula. E como essa foi a última de hoje, tudo indica que Lys está me esperando no carro para me levar pra casa.
Antes que eu saísse da sala, a professora segurou meu ombro. Quis soltar uma palavra feia que sou proibido de dizer. Fui chamado a atenção e agora levarei bronca.
— Entendo sua inquietação, Henrique. — Pisquei quando ouvi sua voz suave e tranquila, alguém compreensiva. — Eu sei que não é teimosia, como suas mães falam que é. Vejo com meus próprios olhos que capta mais que as crianças e se distrai mais do que elas.
— Vai contar para minhas mães que fui malcriado? — Esse é meu medo. Não quero ficar de castigo.
A professora sorri de lado, como se já soubesse que não tomaria suas palavras como algo grandioso, apenas intrigado em saber se vai me denunciar as minhas mães.
— Pode ir, meu suprinz — autorizou ela, ainda sorrindo cumplice. Por isso que amo essa professora. — Na próxima, eu contarei.
Assenti alegremente com a cabeça antes de sair pela porta da sala com Vicente, lhe contando que hoje posso jogar com ele.
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Supremo Syton
FantasyHenrique tinha apenas 10 anos quando sua casa foi tomada e obrigado a ser o que ele nunca quis ser. Tornou-se o homem mais perigoso e temido pelos seus inimigos. Destinado a torturas e obediência ao seu pai, o Magnata, um sádico que o tortura se fi...