SEM TEMPO PARA VADIAS

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Eu estava a um passo de ser promovida ao cardo de diretora da unidade hospitalar que trabalhava. Meu chefe estava em transição para chefiar outra unidade em Brasília e com isso o posto ficaria livre.

Mas Márcia — à época — estava se mostrando uma verdadeira pedra no meu caminho. E não que eu não gostasse dela, porém, se continuasse insinuando para a comissão de auditoria que eu era a principal suspeita pelos sumiços de quetamiana, eu não apenas perderia minha chnace de promoção, como enfrentaria um processo ético no conselho de medicina.

Acredito que todo o bicarbnato de sódioque que Márcia tomou demorou a fazer efeito e eu nem tive como saber se de fato foi o bicarbonato que enchera o pulmão dela de água, casuando edema, ou se a dieta de porca velha que Márcia mantinnha fora a responsável por fazê-la morrer afogada nos próprios fluidos.

Ela era pior que Júlio. Porque meu marido ainda admitia que era algo limitado. Mas márcia insistia em soar esperta e rasteira, quando não passava de uma verdadeira coitada.

Eu monitorava a pressão arterial dela sempre, e a acalmava dizendo que levaria um tempo para adaptar. Às vezes eu entregava os antihipertensivos corretos, apenas para corroborar o que dizia, mas outras vezes eu praticamente só colocava bicarbonato nos frascos.

E foi exatamente nessa semana que Márcia ficou no meu consutlrio, gemendo feito um peixe fora dagua e acabou falecendo.

No momento em qe fui entubá-la, eu admito que avistei perfeitamente as pregas vocais e poderia ter passado o bendito tubo. Mas esperei que acumulasse fluido regurgitado dos pulmões até não ver mais nada, de modo que se outro medico se tentasse tentasse a entubação, também nao conseguiria.

Verdadeiramente era um plano quase perfeito. Nao creio em crimes perfeitos, mas aposto muito em quem faz as coisas de maneira meticulosa. Não deixa rastros idiotas.

O restante eu contava com a sorte.

Aí só foi esperar Márcia entrar em parada crdíaca por hipoxigenação e pronto.

Quem iria investigar a morte de uma qualquer feito Márcia? Ela nem amigos devia ter: rabugenta e desagradável. Eu fazia era amuito a aturando.

Bem, alguém até poderia dosar a quantidade de bicarbonato na corrente sanguinea dela e isso apontaria um caso de morte suspeita. Mas eu não deixei rastros óbvios, afinal de contas, todos no hospital conheciam Márcia por ser uma hipertensa que não era adepta sonhos correto da medicação e que sofria de libação alimentar semana sim e outra também. Suas consultas no pronto socorro adulto eram vastas — em grande parte por disglicemias e pressão elevada.

Era o típico perfil do paciente que chegava com edema agudo de pulmão na emergência. Ninguém investigaria um caso tão banal quanto esse.

Isso foi a metade do plano. Ainda precisava me livrar das acusações que Márcia fazia e afastar as suspeitas que comissão poderia criar.

Com ajuda de Lourdes, a técnica de enfermagem, peguei várias ampolas de quetamina vazias e as depositei todas dentro do armário de Márcia.

Levou umas duas ou três semanas após o obtio, para que arebentassem o armário no vestiário e encontrassem as ampolas lá dentro. Foi instantâneo culparem a falecida Márcia pelos furtos de medicamentos da farmácia. E finalmente eu me sentia totalmente livre.

A comissão de auditoria deu o caso encerrado e ainda pediu desculpas a todo o corpo médico por colocarem nossa idoneidade em cheque.

— Talvez tenha sido até por causa disso que Márcia tenha morrido, sabem? Eu não duvido que ela usasse um monte dessas coisas... Nunca achei Márcia normal! — Eu ouvia essa conversa entre as técnicas enquanto preeenchia uma prescrição no posto de enfermagem.

APENAS UM TRAIDOR - ALERTA! Onde histórias criam vida. Descubra agora